Engravidar tomando pílula anticoncepcional é raro. Entretanto, pode acontecer. Nesse caso, há algum risco para o bebê e para a gravidez? Saiba mais! As pílulas anticoncepcionais foram criadas na década de 1960 e têm uma importância muito grande na realização de um planejamento familiar adequado. A partir da sua criação e distribuição em massa, as mulheres puderam definir em qual momento gostariam de engravidar e quantos filhos gostariam de ter, o que contribuiu e ainda contribui de forma importante para a emancipação feminina. Hoje em dia, cerca de 23% das mulheres no mundo optam pela pílula anticoncepcional como forma de evitar uma gravidez.
Apesar da grande eficácia que possuem, a pílula anticoncepcional não é um método perfeito, e sua escolha deve ser feita baseado em uma série de questões, que precisam ser discutidas com o ginecologista da mulher. Uma das questões que devem ser levantadas é a possibilidade de falha da pílula e como consequência, uma gestação.
O que pode levar à falha do anticoncepcional?
Entre os motivos que podem explicar a ocorrência de uma gestação durante o uso da pílula anticoncepcional estão a falha do método (que é pouco frequente) ou quando a mulher esquece de tomar a pílula ou não toma todo dia no mesmo horário. Outro motivo é a ocorrência de uma gastroenterite grave que gere muitos vômitos e diarreia, que podem alterar o processo de absorção intestinal da pílula. Esse cuidado também deve ser tomado por mulheres que já foram submetidas à cirurgias bariátricas, pois nelas uma parte do estômago é retirado e isso pode influenciar a absorção de medicamentos como um todo. Além disso, algumas medicações podem alterar o metabolismo e consequente ação dos contraceptivos orais. Entre elas, a Rifampicina (antibiótico usado no tratamento da tuberculose e alguns casos de prevenção à meningite) e os medicamentos anticonvulsivantes (como Fenobarbital, Fenitoína e Carbamazepina).
Mas e aí… Tomar anticoncepcional na gravidez faz mal para o bebê?
Não! Os anticoncepcionais são feitos à base de hormônios, o estrogênio e a progesterona. Mesmo que sintéticos, eles são semelhantes aos produzidos pelo organismo. Por isso, o uso de anticoncepcionais não prejudicam o bebê nem a gravidez. Também não há um aumento do risco de abortamento espontâneo, principalmente se usados em um curto espaço de tempo. Contudo, não se aconselha que a mulher mantenha o uso do anticoncepcional por longos períodos durante a gravidez. Isso porque a formação dos órgãos reprodutores do embrião, que costuma ocorrer entre o segundo e o terceiro mês da gravidez, depende da genética e dos hormônios. Dessa forma, se uma dessas partes estiver desregulada, pode haver problemas nesse processo de formação, principalmente no caso dos meninos.
Quando desconfiar de gravidez mesmo tomando anticoncepcional?
Mulheres que tomam a pílula anticoncepcional de forma inadequada tem maior risco de ovular, e consequentemente, engravidar. Por isso, se frequentemente a mulher não toma algum comprimido da cartela por mais de 12h, o risco aumenta. É importante saber que as relações de maior risco são as que acontecem 5 dias após o esquecimento. Portanto, se você esqueceu de tomar o anticoncepcional oral e se começou a apresentar sintomas típicos de uma gravidez, vale a pena realizar um teste de farmácia ou um exame de sangue para definir se está grávida ou não. Entre os sinais e sintomas do início da gestação estão a menstruação atrasada, os enjoos frequentes, principalmente pela manhã, os seios doloridos e a sonolência excessiva.
Estar usando anticoncepcional pode alterar o resultado de um teste de gravidez?
Não! Se você está em uso de algum anticoncepcional oral e desconfia que está grávida, pode fazer o teste que o uso da pílula não altera o resultado do exame. Nesse caso, deve-se fazer esse teste o mais rápido possível, pois se a gravidez estiver mesmo acontecido, recomenda-se que a paciente pare o uso do anticoncepcional e de outras substâncias, como o álcool e o cigarro. Além disso, é importante iniciar o pré-natal assim que possível, com o objetivo de garantir uma saúde adequada de mãe e bebê.
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