É possível estabelecer alguma relação entre os mapas explique sua resposta?

No processo de constituição e transformação do espaço geográfico ao longo da história, um dos fatores que exerceram uma maior influência foi a industrialização, que se manifestou em diferentes ritmos e períodos entre os diversos países. Nesse sentido, podemos dizer que um desses efeitos foram as transformações relacionadas com o processo de urbanização das sociedades.

A relação entre industrialização e urbanização encontra-se no fato de que é o processo industrial que dinamiza as sociedades e atua no sentido de modernizá-las, embora esse não seja o único fator responsável por isso. Assim, ampliam-se os chamados fatores atrativos das cidades, ou seja, o conjunto de características do meio urbano que atrai os migrantes advindos do campo.

Além disso, entre os efeitos da industrialização na urbanização, temos a transformação do meio rural e, por extensão, dos fatores repulsivos do campo, ou seja, os elementos do meio rural responsáveis por enviar de maneira relativamente forçada a população rural para as cidades. Nesse caso, podemos citar a mecanização das atividades agrícolas, que geram a substituição de uma grande quantidade de trabalhadores por maquinários e do tipo de agrossistema adotado. Essa mecanização é intensificada pelas inovações técnicas produzidas pela industrialização. Portanto, a industrialização intensifica a urbanização das sociedades no sentido de propiciar a formação do êxodo rural, que é a migração em massa da população do campo para as cidades, além de atrair essa migração justamente para as áreas mais industrializadas, onde há mais empregos direta e indiretamente produzidos pelas indústrias.

Vale lembrar que não é só a atividade industrial em si que gera uma maior atratividade demográfica para as cidades, mas a dinâmica econômica por ela produzida, que provoca o surgimento de maiores oportunidades em outros ramos da economia, principalmente no setor terciário (comércio e serviços). Não por coincidência, os países que mais avançaram no processo de industrialização e modernização das sociedades são aqueles que mais apresentam um setor terciário como composição predominante na produção de riquezas em suas respectivas economias.

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No caso da industrialização e urbanização do Brasil, podemos perceber que as áreas que historicamente mais se industrializaram são aquelas que mais concentram um grande contingente populacional e, assim, encontram-se mais urbanizadas. As regiões Sudeste e Sul, principalmente as regiões metropolitanas de São Paulo e Rio de Janeiro, formam as maiores aglomerações urbanas do país, uma vez que essas áreas detêm a maior porção do parque industrial, mesmo com a tendência atual de dispersão de boa parte da produção fabril para o interior do território brasileiro.

Além de atrair um maior volume demográfico e intensificar a urbanização, os efeitos da industrialização nas cidades também podem ser sentidos na composição hierárquica da divisão territorial do espaço geográfico. Em sociedades predominantemente agrárias, o campo exerce uma relação preponderante sobre as cidades, uma vez que elas dependem do meio rural para a geração de alimentos, matérias-primas e movimentação de capital. Com a industrialização, as cidades modernizam-se e passam a subordinar o campo, que se torna dependente do meio urbano para o recebimento de máquinas, aparatos tecnológicos, mão de obra qualificada, conhecimentos científicos aplicados à produção, entre outros elementos.

Portanto, em resumo, podemos dizer que os efeitos da industrialização na urbanização são: intensificação do crescimento das cidades; concentração populacional; crescimento do setor terciário e a inversão da relação de subordinação entre campo e cidade. Esses aspectos são indicativos gerais e precisam ser devidamente adaptados para o entendimento de cada ocorrência ao longo do espaço geográfico mundial.


Por Me. Rodolfo Alves Pena

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[ver mapa ao lado]. A divisão, contudo, não foi feita de uma só vez. Se pen- sarmos em termos amplos, em tempos longos, em pro- cessos que passaram por muitas etapas, a ocupação da África por alguns países europeus teve as sementes lança- das desde o início do comércio atlântico. Os acordos diplo- máticos entre os países que participaram da Conferência e decidiram nas mesas de negociação europeias quem fica- ria com que áreas estabeleceram que estas seriam defini- das pelos pontos de ocupação já existentes na vasta costa africana. Assim, foi a partir desses pontos, nos quais atua- vam há séculos, que os países europeus começaram a to- mar conta do continente. Além das relações diplomáticas e comerciais que exis- tiam entre chefes e comerciantes africanos e os euro- peus desde o século XVI, outros fatores foram decisivos na ocupação colonial do continente africano. O primei- ro deles foi a exploração do seu interior pelos europeus, que conheciam bem a costa, mas quase nada além dela. Os mapas anteriores ao século XIX mostram a geografia imaginária que eles construíram, feita de relatos fragmen- tados e de induções a partir do que conheciam na costa. O aumento de interesse pelas matérias-primas que o conti- nente poderia oferecer para alimentar as novas necessida- des das indústrias levou os empresários da época de olho nos recursos naturais a investir em expedições de explo- ração que uniam seus interesses à curiosidade de alguns cientistas e aventureiros. Os percursos dos principais rios da África, como o Ni- lo, o Senegal, o Níger e o Congo, só foram revelados aos europeus no século XIX, depois de várias expedições de exploração. Na maior parte das vezes elas eram bancadas por sociedades de geografia sediadas em Londres, Lisboa e Paris e a partir das quais se buscava ampliar o conheci- mento sobre as regiões até então desconhecidas dos ho- mens do Ocidente. Nessa época o exotismo, ou seja, a maneira de viver e as expressões de outras culturas, era valorizado na Europa, onde os estudiosos criavam mu- seus para abrigar objetos que exploradores e conquistado- res coletavam em terras longínquas. Além do interesse por matérias-primas e mercados, do maior conhecimento do interior do continente e suas rotas de penetração, da descoberta de que o quinino aju- dava na cura da malária, um fator decisivo para a ocupa- ção da África foi a invenção do rifle. [...] Esse conjunto de fatores pouco a pouco venceu a resistência africana, e os exércitos europeus abriram caminho à força para a pene- tração dos comerciantes e dos administradores coloniais, agentes de poderes distantes que iam subjugando as so- ciedades locais e impondo a sua dominação. [...] 1. Quais fatores levaram à partilha da África? 2. Além da conquista pelas armas, os colonizadores utilizaram-se da estratégia de ensinar a sua língua e a religião cristã aos africanos. O que se pretendia com isso? Explique. pArA DISCUTIr Mello e Souza, Marina de. África e Brasil africano. São Paulo: Ática, 2007. p. 153-155. Fonte de pesquisa: Philip’ s atlas of world history – concise edition. 2. ed. London: Philip’ s, 2007. p. 206. A partilha da África (1885) Jo ão M ig ue l A . M or ei ra /ID /B R 17 SP_GEO1_LA_PNLD18_U1_C01_016A019.indd 17 29/04/16 18:57 Atividades Não escreva no livro. a) Que conjunto formam os países destacados? b) Quais são as características comuns a esses países? c) Dê um título ao mapa. 12. Analise a tabela e responda às questões. IDH dos 10 maiores PIBs mundiais (2014) País PIB (bilhões de dólares) IDH Estados Unidos 17 419 0,915 (Desenvolvimento humano muito elevado) China 10 354 0,727 (Desenvolvimento humano elevado) Japão 4 601 0,891 (Desenvolvimento humano muito elevado) Alemanha 3 868 0,916 (Desenvolvimento humano muito elevado) Reino Unido 2 988 0,907 (Desenvolvimento humano muito elevado) França 2 829 0,888 (Desenvolvimento humano muito elevado) Brasil 2 346 0,755 (Desenvolvimento humano elevado) Itália 2 141 0,873 (Desenvolvimento humano muito elevado) Índia 2 048 0,609 (Desenvolvimento humano médio) Rússia 1 860 0,798 (Desenvolvimento humano elevado) Fontes de pesquisa: Banco Mundial. Disponível em: <//data.worldbank. org/indicator/NY.GDP.MKTP.CD/countries/1W-IN?display=default>; Pnud. Relatório do Desenvolvimento Humano 2015. Disponível em: <//hdr.undp. org/sites/default/files/hdr_2015_report_pt.pdf>. Acessos em: 8 abr. 2016. a) Classifique os países de acordo com a proposta apresentada na página 16. 11. Compare o mapa abaixo com o da página 16 e res- ponda às questões. Revendo conceitos 1. Qual é a relação entre o desenvolvimento técnico e a transformação da natureza? 2. O que é espaço geográfico? 3. Que fatores e inovações tecnológicas favoreceram a expansão marítima dos europeus? 4. De que forma a exploração das colônias esteve rela- cionada ao desenvolvimento do capitalismo? 5. O que caracteriza a fase do capitalismo financeiro? 6. Selecione e explique duas características do siste- ma capitalista. 7. Como estão divididas as classes sociais no sistema capitalista? 8. Quais são as principais características das chama- das economias desenvolvidas? 9. Por que quase todas as antigas economias socialis- tas podem ser classificadas atualmente como eco- nomias em transição? Lendo mapas e tabelas 10. Observe os dois mapas a seguir. Eles representam o mundo conhecido pelos europeus, respectivamen- te, por volta de 1450 e 1550. Com um colega, compa- rem os mapas e discutam sobre as causas de sua am- pliação. Fonte de pesquisa: Atlas geográfico escolar. Rio de Janeiro: IBGE, 2012. p. 32. 1550 Fonte de pesquisa: BendjeBBar, André; Besnier, Martine. Multilivre. Paris: Hachette, 1996. p. 53. Reprodução de planisférios de 1450 e 1550 1450 C ar lo s H en riq ue /ID /B R Círculo Polar Ártico 180°135°L90°L45°L0°45°O90°O135°O180° 45°N 0° 45°S OCEANO ATLÂNTICO OCEANO PACÍFICO OCEANO PACÍFICO OCEANO ÍNDICO OCEANO GLACIAL ÁRTICO OCEANO GLACIAL ANTÁRTICO Círculo Polar Ártico Círculo Polar Antártico Trópico de Câncer Trópico de Capricórnio Equador M er id ia n o d e G re en w ic h Limite internacional 0 5 090 10 180 km NENO SESO Jo ão M ig ue l A . M or ei ra /ID /B R 18 Para incluir esta página no sumário, clicar + shift + command na caixa com texto transparente abaixo SP_GEO1_LA_PNLD18_U1_C01_016A019.indd 18 04/05/16 16:04 15. Analise, na paisagem retratada a seguir, a relação entre técnica e transformação da natureza. b) Comparando o PIB e o IDH de cada país, reflita por que a riqueza econômica não significa ne- cessariamente desenvolvimento humano muito elevado. Interpretando textos e imagens 13. Compare as duas fotografias da Ponte Boa Vista em Recife e comente os fatores que diferenciam a orga- nização do espaço geo gráfico retratado. 14. Observe a charge. É possível estabelecer alguma re- lação entre essa imagem e o conteúdo do capítulo? Justifique sua resposta. 16. Leia o texto a seguir e responda às questões. A Europa entra em seu sétimo ano de crise e, se o Pro- duto Interno Bruto (PIB) deixou de sofrer uma forte contração, o continente substituiu a recessão por uma longa estagnação, sem data para terminar. No ritmo atual, as próprias projeções da União Europeia indicam que o bloco apenas voltará a ter os índices econômicos de 2007 em 2020. Em sete anos, o que era uma crise dos bancos virou uma crise social, com políticas de austeridade tendo um impacto profundo numa sociedade que há décadas não sabia o que era uma crise. Com as projeções de que a estagnação vai continuar, o que se observa é um novo rosto da Europa, redefinida ao longo dos anos pela crise. [...] Para a Unicef, as famílias europeias deram “um grande salto para trás” desde 2008. Hoje, a renda média das famílias no Reino Unido regrediu em seis anos. Na Gré- cia, as famílias voltaram ao que ganhavam há 14 anos. Na Espanha e na Irlanda, a perda foi de dez anos,

É possível estabelecer algumas relações entre os mapas?

Resposta: Sim é possível estabelecer alguma relação entre os dois mapas.

Que relação podemos estabelecer entre o mapa acima e os mapas da produção de milho e de soja?

Resposta. A relação que pode ser estabelecida entre a produção de milho e soja e a produção dos derivados da pecuária ocorre na maior parte dos casos nos mesmos estados que são o Mato Grosso, Minas Gerais, São Paulo, Paraná e Santa Catarina.

É possível estabelecer alguma relação entre a construção de ferrovias e o desenvolvimento urbano?

Resposta: Claro! Devido a Primeira Revolução Industrial os trens tinham suma importância, além de levarem mercadorias aos seus destinos eles serviam de transporte de operários e pessoas comuns também. As cidades se desenvolveram ao redor das estações de trem.

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