Escreva o nome das construções importantes na cidade de São Paulo, que o café favoreceu

Tomadas entre os anos de 1862 e 1863, as primeiras fotos paulistanas de autoria de Militão Augusto de Azevedo são sempre evocadas por documentarem a vetustez, a precariedade e a letargia da cidade de São Paulo dos meados do século XIX. Nossa interpretação, no entanto, baseada na leitura de fontes primárias da época, propõe um sentido substancialmente oposto a esse. Entre os anos de 1850 e 1860, a arquitetura e os espaços urbanos de São Paulo já apresentavam significativas modernizações, que aparecem nas fotografias de Militão de Azevedo, hoje pertencentes ao acervo do Museu Paulista e também da Divisão de Iconografia e Museus, do Departamento do Patrimônio Histórico paulistano.

São Paulo; Militão Augusto de Azevedo; Arquitetura; Neoclassicismo; Fotografia; Espaço urbano


The first photographs of São Paulo, taken by Militão Augusto de Azevedo between 1862 and 1863, are always cited as documentary evidence of the city's backwardness, deterioration, and lethargy in the mid 19th century. However, our view is that things were quite different, based on a reading of prime sources dating back to that period. In fact, the architecture and urban spaces of São Paulo already showed clear signs of modernization between the years 1850 and 1860, as depicted in Azevedo's photographs, which belong to the collection of Paulista Museum and also of the Iconography and Museums Division of the São Paulo Heritage Department.

São Paulo; Militão Augusto de Azevedo; Architecture; Neoclassicism; Photography; Urban Space


ESTUDOS DE CULTURA MATERIAL

A cidade de São Paulo e a era dos melhoramentos materiaes1 1 O presente estudo foi concebido como uma forma de comemorar o centenário do Arquivo Histórico Washington Luís, da Prefeitura do Município de São Paulo. Essa celebração se dá neste ano de 2007, de maneira simbólica, a partir da Lei nº 1.051, de 17 de outubro de 1907, que determinou a criação de um arquivo dentro da Prefeitura (3 Seção da Secretaria Geral) e a transferência para o órgão executivo municipal da antiga documentação pertencente à Câmara e à ex-Intendência de Obras. Os antigos papéis camarários - compostos basicamente de Atas da Câmara, dos Registros Gerais da Câmara e das Cartas de Datas de Terra -, relativos ao período que vai do século XVI ao XIX, constitui hoje o cerne, a parte mais essencial do acervo do AHMWL, e o estudo que ora apresentamos não seria possível sem a leitura dessa preciosa documentação. 2 Arquiteto. Doutor pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo. Pesquisadordo Arquivo Histórico Municipal 3 Consultem-se, a esse respeito, Azevedo (1991); Lago (2001); São Paulo (Estado) (1982);Taunay([ 1953-1955?], v.3). 4 Neste trabalho, ver a epígrafe em: Militão de Azevedo e as fotos paulistanas de 1862, p. 27. 5 Variavam muito as opiniões acerca de São Paulo nessa época. As fontes oficiais vêem-na como uma cidade em transformação, enquanto os cronistas e os viajantes só reconhecem estagnação. Ferreira de Rezende, que deixara a cidade em 1853, ao voltar, em 1868, chegou ao cúmulo de afirmar que São Paulo de 'novo' só tinha a recém-construída ferrovia de Santos aJundiaí. Zaluar,em 1860,viu comércio e indústrias, mas também monotonia. E fez prognósticos errôneos a respeito do futuro da Capital: su-pervalorizou aAcademia como fator de desenvolvimento da cidade e minimizou o papel de centro financeiro, que deteria depois da inauguração da ferrovia de Santos aJundiaí e da decorrente expansão daeconomiado café. Engano em que incorreram outros, como Codman e Godói.Ver Bruno (1954, v. 2, p.451 e 452). 6 Já em 1852, a Câmara, ao representar à Assembléia Provincial acerca da necessidade de criação de mais um cargo de fiscal para a Capital, fundamentava essa solicitação no notório aumento das obras públicas que a cidade vinha tendo e no crescimento da população "e com ella a necessidade de se velar mais pela salubridade publica, e de se prover de medidas policiaes por meio de posturas". Em 1858, a Câmara reivindicava o restabelecimento do direito de conceder parceladamente os terrenos devolu-tos da cidade, direito esse suspenso por aviso imperial de 1854.O efeito de tal suspensão era prejudicial ao progresso e engrandecimento da Capital, porque era incalculável o número de edifícios que poderiam ter sido construídos em seus arrabaldes se a edilidade não houvesse sido privada dele. Em breve se estabeleceria a estrada de ferro na Província, argumentavam os vereadores, e era preciso ceder ao povo os terrenos do patrimônio público (rossio) reclamados para edificações, pois, com a ferrovia, haveria afluência muito maior de gente. Anos depois, em 1861, ao dar seu parecer sobre a proposta de Francisco de Siqueira Queirós para a construção do mercado municipal,a Comissão Permanente afirmava: "A praça do Mercado é uma obra de summa urgencia para esta Capital, e presentemente mais da que nunca, porquanto, tendendo a engrandecer-se sua população pelo facto da construcção da estrada de ferro, torna-se indispensavel um centro para a compra e venda de comestiveis, impedindo-se assim que o monopolio tire partido das primeiras necessidades do povo[...]". Ver: Registro Geral da Camara Municipal de São Paulo, 1917-1946 (1852, v. 35, p. 88); Actas da Camara Municipal de São Paulo, 1914-1951 (1858, v. 44, p. 198 e 199); Atas... (1861, v. 47, p. 132). 7 Muito embora, tão logo sancionado o Regimento das Câmaras, em 1828, a idéia de realizar essas melhorias urbanas passe a freqüentar o texto das Atas, a concretização das obras municipais só se dará muito tempo depois, ao longo dos anos de 1850, mediante significativo auxílio provincial. Ver Atas... (1829-1830, v.25; 1848-1849, v. 37, p. 69; 1853-1854, v 40, p. 172,202 e 219). 8 Cf.Taunay (1949-1977, v. 5,p. 72; v. 6,p. 163 e 290); Oliveira (1856); e, também, os Annaes da Assembléa Legislativa Provincial de São Paulo, 1923-1930. 9 A respeito dos orçamentos municipais paulistanos refe-rentesàdécadade 1850,consultar as leis que marcam as receitas e fixam as despesas das Câmaras Municipais, publicadas nos Anais da Assembléia Legislativa Provincial relativos àqueles anos. Quanto ao aumento progressivo de investimentos provinciais em obras da cidade, isso se torna mais evidente nos últimos anos de 1850. Em 1858, por exemplo, naAssembléia, o deputado R. de Andrada afirmava não ser da opinião daqueles que julgavam que São Paulo devesse viver sempre às custas dos cofres provinciais. Opinião contrária à que esposava o deputado R. da Silva no ano seguinte, ao defender a aplicação de recursos provinciais na Capital. Já em 1860, o deputado Pinto Júnior queixava-se do fato de a Capital andar monopolizando os recursos da Província. Cf. Annaes... (1858, p. 430; 1859, p. 312; 1860, p. 127 e 128). 10 Na Planta do Município da Capital de São Paulo, executada por Gomes Cardim em 1897, há um destaque na escalade 1:300 000.Aí,entre outras coisas,nota-se um quadrado feito de linhas ponti-lhadas, representando o Perimetro antigo, com 6 600 metros de lado.Trata-se do rossio da Capital, concedido em 1724 pelo governador Rodrigo César de Meneses. No século XIX, havia o rossio correspondente à área urbanizada da cidade, abrangendo as três freguesias centrais (Sé, Brás e Santa Ifigênia),e os rossios, com áreas reduzidas à metade, correspondentes às freguesias distantes (Penha, Freguesiado Ó,Pinheiros,Cotia etc.). Numa época em que estava em vigor o sistema de propriedade comunal da terra urbana, cabia à Câmara administrar os terrenos integrantes do patrimônio municipal, reservando áreas de servidão pública destinadas a pasto de animais, cata de gravetos etc., áreas para a abertura de ruas, e áreas para a distribuição gratuita (no caso de São Paulo), entre os munícipes, de datas de terra para habitação e cultivo. Durante quase toda a época imperial - de fato desde a promulgação do Regimento das Câmaras Municipais, em 1828 -, a municipalidade de São Paulo sonhou com a possibilidade de aforar as terras do rossio como meio de aumentar as rendas municipais, o que, no entanto, nunca ocorreu. 11 De fato, o plano de arruamento da várzea e o padrão apresentado à Câmara eram propostas da comissão do melhoramento de edificações da cidade, porém,uma vez que o engenheiro Porfírio de Lima fazia parte dessa comissão, é razoável apontá-lo como responsável senão pela totalidade, pelo menos por grande parte dos trabalhos então executados. Ver Atas... (1859, v 45, p. 78 e 79). 12 Foram várias as fontes consultadas referentes à origem dos engenheiros: Annaes... (1842-1843,p. 102 e 121 [sobre Monteiro e Ourique]; 1856, p. 37,266 e 267 [sobre Elliot e Cameron]; 1857, p. 563 [sobre Bastide e Martin d'Estadens]). E também Blake (1883-1902, v. 3, p. 213 a 215 [sobre Beaurepaire-Rohan]; v. 5, p. 141 e 142 [sobre Porfírio de Lima]); Campos (2004, v. 2,p. 206 [sobre Bresser]); Ribeiro (1899-1901, v. 2, parte 1, p. 87 [sobre Rath]);Taunay (1949-1977, v. 6, p. 240, 278 e 313 [sobre Gerard]). E, ainda, um manuscrito que cita Gomide, Morais,Vaz e Vilalva (SÃO PAULO (Estado). Apesp. Obras Públicas. Lista dos alumnos do 1°-anno do Gabinete Topographico com todas as notas e materias que cursarão. 11 set. 1844 (assinado pelo 1º ten. engenheiro José Jacques da Costa Ourique, diretor; ordem 5144). 13 É o caso, por exemplo, do pedreiro e mestre-de-obras Frederico Riedel, mencionado no Almanak Administrativo, Mercantil e Industrial da Provincia de São Paulo para o anno de 1858 (editado em 1857,p. 122), e que,nas Atas de 1857, aparece como tendo fugido da estrada de Santos.Agora trabalhava para a Câmara de São Paulo, em-preitando consertos na rua do Comércio.Talvez fosse o caso também de Cristiano Siegrist, que aparece no mesmo almanaque e que trabalhava para o governo provincial na construção do muro de fecho do quintal do Palácio do Governo na rua Municipal (ATAS, 1857, p. 166). No ano seguinte surgem na cidade os empreiteiros Valentino Kanz,que atuara na estrada de Santos em 1856, João Roos e Cristiano Enderess (ATAS, 1856, p. 60; 1858, p. 44 e 45). Há ainda o caso do mestre calcetei-ro alemão Conrad (Konrad?) Thomas,que,em 1856,não se adaptou aos trabalhos provinciais e tentou voltar para a sua terra. Quatro anos depois, trabalhava como empreiteiro de obras públicas municipais em São Paulo (BASTOS, 2001, p. 275 a 279). 14 Acerca das obras públicas, consultem-se as seguintes fontes: sobre o matadouro, Atas... (1848-1849, v. 37, p. 122 e 178; 1853-1854, v. 40, p. 71); sobre a Ponte do Acu e Beaurepaire-Rohan, Atas... (1850-1851, v. 38, p. 104 e 161); sobre a Ponte do Acu e Bastide,Atas... (1853-1854, v. 40, p. 59); sobre o teatro provincial e Beaurepaire-Rohan, Annaes... (1852-1853, p. 182); sobre o teatro provincial e Porfírio de Lima, Annaes... (1855, p. 250 a 252, 375); sobre o projeto definitivo, Annaes... (1858, p. 429 e 431); sobre a caixa d'água e Elliot,Martins (1973,p. 18 e 19). Já sobre prováveis projetistas, ver Jorge (1988, p. 76), acerca de Benedito Morato, mestre carpinteiro do Seminário da Luz; e Pupo (1969, p. 157),sobre frei Eu-gène de Rumilly. 15 Ver o manuscrito Posturas de 14 de maio de 1855, aprovadas pela Assembléia Provincial em 13 de maio do mesmo ano (SÃO PAULO (Cidade), AHM WL, artigo 1', Livro CM-1-39). 16 Ver Mendonça (1862, p. 48; 1868). 17 Ver o manuscrito Posturas confeccionadas em 9 de abril de 1850 e publicada por editaes em 16 de abril de 1853 (SÃO PAULO (Cidade) ,AHMWL, artigo 6º, livro CM-1-39); e, também, Atas... (1850-1851, v. 38, p. 28 e 29; 1852, v. 35, p. 94 e 95); além de Campos (1997, v. 3, cap. 6). 18 Acerca de posturas sobre circulação de carros e animais, ver A tas... (1857, v. 43, p.95, 96 e 102; 1861, v. 47, p. 75); e Registro Geral... (1857-1863, v. 47, p. 113). Para posturas sobre ambulantes, verAtas... (1857,v. 43, p. 115, 116 e 123).A respeito de posturas sobre a disposição de mercadorias expostas na parte externa das lojas, Atas... (1857, v. 43, p. 96 e 151; 1858, v. 44, p. 203; 1861, v. 47, p. 75). No que toca a posturas sobre calhas e condutores, cf. Atas... (1855, v.41,p.85; 1860,v.46,p. 19); e o manuscrito Postura aprovada pela Assembléa Provincial em 6 de abril de 1861 (SÃO PAULO (Cidade), AHMWL,Artigo único, livro CM-1-39). 19 As posturas que regulavam o sentido de abertura das rótulas, por exemplo, foram propostas em 1855 e, de novo, em 1860. O mesmo aconteceu com as posturas que exigiam calhas e condutores nos edifícios: primeiramente em 1857 e,depois,em 1860. A verdade é que os arquivos camarários não estavam em ordem. Nem o delegado de polícia, responsável pelo cumprimento das determinações municipais, possuía cópia de todas as posturas vigentes. Ver: sobre rótulas, Atas... (1855, v 41, p. 85; 1860, v 46, p. 19); sobre calhas e condutores, Atas... (1857, v 43, p. 173; 1860, v. 46,p. 19 e 20);e, também,a proposta de revisão de posturas, de um vereador, em Atas... (1858, v 46, p. 130 e 131). 20 Porfírio de Lima foi exonerado pelo governo provincial em virtude da lei orçamentária referente ao ano financeiro de 1863-1864 (nº711,de 21 de abril de 1863, artigo 13). Por esse dispositivo legal, ficavam extintos os cargos de engenheiro da Província. O governo deveria contratar outros engenheiros tão logo fosse sancionada a lei. No final da década, Porfírio voltaria a trabalhar para a Província, desta feita sob contrato; mais tarde, na década de 1870,foi por algum tempo o engenheiro municipal da Capital. 21 No início dos anos de 1850,o encarregado pelo encanamento das águas potáveis da cidade e pela instalação de novos chafarizes de ferro era o francês Afonso Milliet. Mais tarde, foi substituído pelo engenheiro Elliot, contratado especialmente em Londres para trabalhar na Província. Elliot desempenhou mal a tarefa. Em 1858, chegou a confessar a Fernan-desTorres,Presidente da Província, que a tubulação encomendada em Ponta de Areia fora subdimensionada, o que deixava os chafarizes secos e fazia transbordar as águas do Tanque Municipal. A seguir, foi contratado pela Câmara para refazer o encanamento. Ao analisar, em 1861, a sua proposta para a canalização das águas da Cantareira, a Comissão Permanente levantou sérias dúvidas sobre a integridade e a competência deste engenheiro inglês. Cf.: Atas... (1850-1851, v 38, p. 233; 1855,v. 41,p. 40; 1859, v. 45, p. 101 e 102; 1860, v 46, p. 34); e Annaes... (1852-1853, p. 183; 1857, p. 559 e 560; 1858, p. 530 e 531). 22 A idéia de transformar o morro do Carmo num belvedere fora, sem dúvida, inspirada pelo regimento de 1828.O seu artigo 66 declarava ser um encargo municipal a construção de muros de arrimo. Em 1830, o engenheiro militar Daniel Pedro Müller chegou a desenvolver um projeto para o local. 23 Nem os operários imigra-dos em 1837 nem os chegados em 1855 se deram bem nos trabalhos provinciais.No Almanak Administrativo, Mercantil e Industrial da Provincia de São Paulo para o anno de 1857 (editado em 1856, p. 152) vemos, entre os nomes de pedreiros e mestres-de-obras: Carlos Zapp, Cristino Siegrist,João Beck e Cristiano Franck.Talvez este último fosse um dos imigrantes de 1837, pois trabalhava na reconstrução do chafariz do Piques, em 1844, como veremos oportunamente. 24 Na sessão de 26 de agosto de 1851 é feita menção aos tijolos espalhados pelo largo do Carmo,destinados à"cimalha em que se deve collocar as grades de ferro no paredão da ladra, do Carmo". 25 Esta passagem das Atas é muito importante, porque deixa claro que, nos meados do século XIX, a saída da cidade em direção oeste ainda se dava pelo Piques e pela rua da Palha, futura Sete de Abril, caminho em uso desde meados da centúria ante-rior.A rua São João parece ter sido aberta com a construção da primeira ponte do Acu, entre 1786 e 1788. Em 1808, foi prolongada, ao ser arruada a Cidade Nova pelo Mare chalArouche.Terminava, então,na rua que,mais tarde (1865), receberia o nome de Vitória. Maria Pais de Bar-ros, quando menina, chegando à Capital vinda do interior com sua família, por volta de 1860, entrou na cidade pelo largo do Arouche, depois de percorrer o trecho da estrada de Jundiaí correspondente à futura Sebastião Pereira. Como morava na rua São João, não tomou à direita em direção à rua do Arouche, trecho do antigo caminho, tomou à esquerda, entrando na futura rua Vitória e logo em seguida na São João, em direção ao ribeiro Anhangabaú. Reafirmamos que as ruas Vitória e São João não compunham trechos do antigo caminho de Jundiaí: eram vias públicas abertas ou prolongadas em 1808 e, decerto, usadas apenas para encurtar o percurso de quem morava naquela parte da cidade. Só no século XX, depois de estendida até a rua Lopes de Oliveira, onde se entroncaria com a rua das Palmeiras e com a construção do viaduto General Olímpio da Silveira, é que a avenida São João se tornaria a saída mais usada por aqueles que, a partir do centro da cidade, dirigiam-se a Jundiaí e Campinas. 26 Cf. o manuscrito Ofício do engenheiro Daniel Pedro Müller ao governo trino, acompanhado de planta explicativa (SÃO PAULO (Estado), Apesp, Obras Públicas, 17 out. 1814, ordem 241). 27 Cf. PAPÉIS avulsos (1808); e Revista do Arquivo Municipal, São Paulo, v. 19, p. 119, jan. 1936 (doc. 9 e 15). 28 Idem à nota 26. 29 Ver os manuscritos: Relatório do Inspetor de Obras Públicas José Porfírio de Lima ao presidente da Província dando conta das obras sob seu encargo até o dia 10 de setembro de 1844 (SÃO PAULO (Estado), Apesp, Obras Públicas, 11 set. 1844) e Relatório de Luís José Monteiro ao presidente da Província dando conta das obras sob seu encargo (Id. ,27 set. 1844; ordem 5144). 2 de dezembro de 1 844 - Ao Bem publico - edificado por ordem do Ilmo. Exmo. Snr. Presidente Manoel da Fonseca Lima e Silva 32. 30 Cf. o manuscrito: Ofício de José Porfírio de Lima, inspetor interino de Obras Públicas, ao presidente da Província, 19 jun. 1844 (SÃO PAULO (Estado), Apesp, Obras Públicas; ordem 5144). 31 Cf. os manuscritos: Relatório de Luís José Monteiro ao presidente da Província, 27 set. 1844; e Declaração, de Cristiano Frank, anexa ao relatório (SÃO PAULO (Estado),Apesp, Obras Públicas; ordem 5144). 32 Cf.os manuscritos:Férias dos trabalhadores empregados nas obras do chafariz do Piques referentes às semanas de 11 a 16 de novembro, de 18 a 29 de novembro, de 25 de novembro a 1º de dezembro, de 2 a 7 de dezembro, de 9 a 15 de dezembro, de 16 a 22 de dezembro de 1844; e Relatório de Luís José Monteiro dando conta do andamento da obra do chafariz do Piques relativo ao período de 19 a 30 de setembro de 1844,3 out. 1844 (SÃO PAULO (Estado), Apesp, Obras Públicas, ordem 5144). 33 Cf. manuscrito Ofício de Antônio Pádua Lisboa ao Coronel Peréia, 24 maio 1845 (SÃO PAULO (Estado), Apesp, Obras Públicas, ordem 5146). 34 Ver o artigo Festa de S. Pedro, em Correio Paulistano, São Paulo, p.2, 29 jun. 1860; e, também, Atas...(1861, v.47, p. 227) [S. Gonçalo] ; Atas... (1863, v.49, p. 116) [Santa Ifigênia] ;Atas... (1858, v. 44, p. 112) [Rosário]. 35 Ver o manuscrito Ofício de Antônio Pádua Lisboa ao Coronel Peréia, de 4 maio 1845 (SÃO PAULO (Estado), Apesp, Obras Públicas, ordem 5146); e Atas... (1844-1845, v. 35, p. 204). 36 Ver Barros (1998, p. 91).Contra a prática de pendurar objetos a serem comercializados nas partes externas das lojas posicionou-se o vereador Porfírio de Lima, que, na sessão de 1 ° de agosto de 1857, apresentou indicação de várias posturas. Entre elas, uma que regulava tal hábito (ATAS, 1857, p. 95 e 96), postura essa aprovada pelos edis na sessão de 3 dezembro do ano seguinte (ATAS, 1858, p. 203). Porém, pelas fotos de Militão, observa-se que essa postura não vingou. 37 Ver o manuscrito Ofício do Ten. Cel. Luís José Monteiro ao vice-presidente da Província António Roberto de Almeida, de 17 de janeiro de 1856 (SÃO PAULO (Estado),Apesp,Obras Públicas, ordem 904). 38 Já em 1836, uma loja de ourives no centro da cidade protegia-se com uma"tolda". Ver Registro Geral (1836, v. 25, p. 54 e 55). 39 O recuo observado pelo imóvel do alferes Ribeiro dos Santos foi reproduzido com muita clareza numa planta executada por Carlos Daniel Rath, filho do engenheiro Carlos Rath, planta essa referente ao largo de Palácio e confeccionada para ilustrar um ofício do inspetor da Tesouraria de Fazenda da Província, datado de 2 de janeiro de 1883 (SÃO PAULO (Estado) Apesp, ordem 1669). 40 Ver o artigo Festa de S. Pedro, em Correio Paulistano, São Paulo, p. 2, 29 jun. 1860. 41 Ver a legenda da figura na Revista do Arquivo Municipal de São Paulo. São Paulo, n. 5, p. 15,1934. 42 Ver, à fl. 208 do manuscrito Livro de lançamento dos autos de alinhamento, 1832-1863, um lançamento, feito em 14 de agosto de 1858, em que é mencionado o nome do empreiteiro da obra (SÃO PAULO (Cidade), AHMWL). 43 Verfigs.dap.88e 95 (SÃO PAULO (Cidade), 1979). Segundo fotos antigas, o estabelecimento chamava-se Padaria e Confeitaria de Santa Teresa, cujo endereço era rua de Santa Teresa, 9 (cf. JUNIUS, 1978, p.42 ,n.54). 44 Essa rua de Santa Teresa era às vezes denominada travessa de Santa Teresa para não ser confundida com a rua de SantaTeresa, também chamada rua do Carmo, hoje Roberto Simonsen. 45 Ver o anúncio: Confeitaria e Padaria do Leão, em Correio Paulistano, São Paulo, p. 4, 27 set. 1862. 46 Cf. o manuscrito Risco do páteo de S. Francisco e al-guas ruas que lhe são con-fluentes, datado de 11 de novembro de 1851 e assinado pelo engenheiro civil (municipal) João José Soares (SÃO PAULO (Cidade) AHMWL,O. Pu. Praças, Largos, Jardins e Parques. VIII, H8. Mapoteca 5, Gaveta 5). 47 ANNUNCIOS. Correio Paulistano, São Paulo, p. 4, 8 mar. 1856. 48 CASA de Sotéa. Correio Paulistano, São Paulo, p. 4, 13 ago. 1857. 49 Ver o manuscrito Ofício de Henrique Hinrichsen à Câmara da cidade de São Paulo, solicitando nesga de terra para acertar o alinhamento de seu terreno, pois pretendia reconstruir sua casa destruída na enchente de 1850 (SÃO PAULO (cidade), AHMWL;CMSP, Conselho de Vereadores, Solicitações de Datas [s. l.], [s. d.]);Também em Sant’anna (1937-1944, v. 1, p. 168 e 169) 50 Após a expulsão dos capuchinhos do Seminário em 1879, o edifício foi reformado, reabrindo suas portas no dia 20 de abril desse mesmo ano (cf. [BOURROUL], 1879, p. 59). 51 Ver o artigo Falla, de l º de maio de 1852 (ANNAES, 1852-1853, p. 182). 52 Ver o artigo O-Y ao -Z, II. Correio Paulistano, São Paulo, p. 1, 19 jul. 1854. 53 O THEATRO em construcção. O Publicador Paulistano, São Paulo, p. 4, 8 jun. 1859. 54 Ver Mendonça (1868). 55 RAPOSO; ALMEIDA, 1874.. 56 Nuto Sant'Anna transcreveu interessantes documentos relativos à questão de divisas surgida entre os proprietários da Chácara das Palmeiras, localizada na "rua que por detrás do Mosteiro de São Bento seguia para o convento da Luz" (futura rua da Constituição), e seu vizinho, o Brigadeiro Pinto. Essa documentação nos dá pistas a respeito dos limites das terras pertencentes a este último personagem.A Chácara das Palmeiras ficava à direita da futura Constituição, devendo atingiroTamanduateí. Em 1784, os proprietários da Chácara das Palmeiras desmembraram uma gleba que daria origem à Chácara de Miguel Carlos (cf. SANT'ANNA, 1937-1944, v.1,p. 284). 57 Ver Annaes da Assem-bléa Legislativa Provincial de S. Paulo (1874, p. 320). 58 Ver o artigo Campinas. Correio Paulistano, São Paulo, p. 4,9 fev. 1867. 59 Cf. a declaração de Francisco Taques Alvim em: Correio Paulistano, São Paulo, p. 4,12 out. 1854. 60 IMPORTANTISSIMO leilão... Correio Paulistano, São Paulo, p. 4, 1º jan. 1867. 61 Cf. anúncios em Diabo Coxo (São Paulo,p. [4],6 out. [1865]) e Cabrião (1982, p. 213).

Quais as construções importantes na cidade de São Paulo que o café favoreceu?

Resposta. Resposta: Uma das obras mais importantes foi a construção da ferrovia responsável pelo escoamento do produto, que aí já era o principal item exportado pelo Brasil e sustentava a economia paulistana.

Qual a importância do café no Estado de São Paulo?

Foi o café responsável pela introdução da ferrovia no estado de São Paulo, construída para escoar o principal produto de exportação brasileiro. Trouxe também aproximadamente 4 milhões de imigrantes entre o final do século XIX e início do XX, vindos especialmente da Europa.

Porque São Paulo se tornou o centro da produção de café no Brasil e no mundo?

A posição estratégica de porta de entrada do Planalto e comunicação direta com o litoral fez de São Paulo rota obrigatória da produção e, agora, ponto de concentração da riqueza do café. Os escritórios dos principais bancos, empresas de seguros, serviços de exportação e toda a burocracia se instalaram na capital.

Como ocorreu a modernização e a urbanização da cidade de São Paulo a partir de 1900?

Mas a partir de 1900 muitos se mudaram para os centros urbanos afastando-se da exploração de fazendeiros que impunham regime de semiescravidão. São Paulo uma cidade em expansão abrigou estes imigrantes e tantos outros nas mesmas condições, aproveitando-os para mão de obra.