Joana afirmou que não e apenas o sol que nasce e se põe diariamente

Parece que elas sempre estiveram ali, mas não. Não é porque estão no céu que as estrelas são imortais. Até mesmo as estrelas nascem e morrem.

Se a maneira em que se dá a formação destes astros luminosos é uma só, o ciclo de vida delas pode variar em bilhões de anos. E a morte, de três maneiras diferentes, são desfechos dignos de finais de filme de ficção científica —com explosões, mutações e buracos negros.

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O nascimento das estrelas ocorre quando uma gigantesca nuvem de gás e poeira começa a se concentrar no espaço, em uma região chamada de "berçário estelar".

Conforme ela vai se condensando e esquentando, as partes externas desta nuvem começam a cair.

Cada uma destas partes densas desprendidas da nuvem ganha, então, mais densidade e calor e, ao começar a girar em torno de si mesma, vira uma espécie de disco.

Joana afirmou que não e apenas o sol que nasce e se põe diariamente

A nuvem de gás e poeira cósmica Gum 15, na constelação da Vela, é o local de nascimento e moradia de estrelas jovens massivas

Imagem: ESO

Com a elevação da temperatura e da densidade deste "disco", os núcleos de hidrogênio se fundem, formando hélio e liberando energia. Tem início aí, então, a fusão nuclear, que completa o nascimento da estrela.

"O Sol e o sistema planetário solar tiveram origem desta maneira. Se originaram desse disco de gás original", afirmou a Tilt o astrofísico João Steiner, professor titular do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP, em 2017.

A partir daí o astro começa a "queimar o combustível" que o "alimenta" por todo o seu ciclo de vida. É o hidrogênio —e depois o hélio— que sustenta este enorme "reator nuclear", verdadeira fábrica de luz natural.

O ciclo de vida das estrelas varia de acordo com seu tamanho. E quanto maior a massa de uma estrela, menor tende a ser o seu tempo de vida. Isso acontece porque, quanto maior a massa, maior é a força gravitacional. Assim, o astro precisa gerar mais energia para compensar essa força e não entrar em colapso, consumindo hidrogênio muito mais rapidamente.

Uma estrela com massa de cem vezes a do Sol pode gastar seu combustível em "apenas" um milhão de anos. Já estrelas dez vezes menores que o Sol chegam a "viver" trilhões de anos.

"Quando o combustível exaure, o núcleo se contrai e a estrela acaba explodindo", explicou Steiner.

Uma vida, três mortes diferentes

Quando acaba o combustível —e a fusão chega a queimar elementos mais pesados como o ferro— e o reator nuclear é desligado, a estrela não pode mais suportar o peso das camadas que estão próximas ao núcleo dela.

Ela então explode, em um fenômeno chamado de supernova.

Porém, dependendo da massa estelar, essa "morte" acaba ocorrendo de maneiras diferentes.

"Se a estrela tiver entre oito e vinte vezes a massa do Sol, o núcleo se transforma em uma nuvem de nêutrons. Se tiver uma massa inicial 20 vezes maior que a massa do Sol, esse núcleo se transforma em um buraco negro", disse o astrofísico.

Quando a estrela tem uma massa pequena, menor do que oito massas solares, no entanto, a explosão não pode ser chamada de supernova. "Se a estrela tem pouca massa, ela também joga grande parte de sua camada externa, mas sob forma de uma brisa mais suave".

Joana afirmou que não e apenas o sol que nasce e se põe diariamente

Estrelas massivas à beira da morte também podem ser fotogênicas. Classificada como uma nebulosa planetária, a NGC 2392 é uma estrela como o nosso Sol em uma fase avançada, já que está se transformando em uma gigante vermelha

Imagem: X-ray: Nasa/CXC/IAA-CSIC/N.Ruiz et al, Optical: Nasa/STScI

Essas diferenças ocorridas no momento final do ciclo de vida dos astros podem ser explicadas pelo "tamanho do tombo" das partes externas da estrela sobre o núcleo delas.

Nas estrelas leves estas camadas são expulsas de forma suave, virando uma nebulosa planetária com uma estrela central em seu interior.

Esta, depois transforma-se em uma anã branca, uma estrela densa e quente, uma espécie de "cadáver", feita de carbono e oxigênio, que esfria por bilhões de anos, sem se apagar.

Nas estrelas maiores, quando há a supernova, a queda das partes externas da estrela são mais violentas. Violentíssimas no caso das estrelas com massas superior a 20 vezes a massa solar, quando ela se contrai em um buraco negro.

Do que resta das supernovas, existem duas possibilidades: ou sobra uma estrela de nêutrons ou sobra um buraco negro.

"A primeira é uma coisa muito mais densa que uma anã branca, onde o equilíbrio é mantido por pressão de um material muito mais compacto, uma sopa de nêutrons. A segunda é aquela configuração sem qualquer pressão capaz de sustentar a massa em torno do centro dessa região. É uma configuração tal que nem a luz consegue escapar dele", explica Francisco José Jablonski, pesquisador do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).

E Sol? Também vai morrer?

Vai, mas ainda vai demorar alguns bilhões de anos, quando todo o hidrogênio —e o hélio— for queimado por sua fusão nuclear.

Neste processo, durante a queima do hélio, ele irá se expandir.

Neste momento, "o Sol vai atingir uma dimensão, um raio, que vai engolir a Terra", diz Jablonski. "Ele virará uma [estrela] gigante vermelha. Algumas gigantes vermelhas têm dimensões que chegariam até a órbita de Marte."

Seu fim não será glorioso. Depois de virar uma gigante vermelha, o que vai sobrar, após ser expelido o que se expandiu em torno da região quente central, será "um caroço quente, uma anã branca, que depois vai pouco a pouco se esfriar".

Como nasce e morre uma estrela?

Resumindo, cara, as estrelas nascem de uma nebulosa, em um processo de milhões de anos. Quando elas tem calor o suficiente pra gerar fusão nuclear, elas viram estrelas, pois é partir dali que ela vai ter o ”combustível” pra viver. Ela morre quando esse combustível acaba.

Por que existe o movimento diário do Sol e das demais estrelas no céu?

Resposta: Este movimento aparente ocorre devido à translação da Terra ao redor do Sol e é chamado de movimento anual das estrelas . O Sol na Esfera Celeste. Observando a posição do Sol na Esfera Celeste, nós podemos perceber o caminho que sua projeção percorre devido à translação da Terra.

Como você acha que o Sol e as estrelas nascem?

As estrelas "nascem" a partir de nebulosas constituídas, em grande parte, por gases, poeira e partículas sólidas. Os cientistas explicam que existe uma atração recíproca entre as partículas de matéria que compõe a grande nuvem - a nebulosa. Essa atração é denominada força de gravidade.

Como vivem as estrelas?

A estrela vive nesse estágio cerca de um bilhão de anos. No núcleo, o hidrogênio está no fim e a temperatura é tão alta que o hélio começa a se “fundir” em elementos mais pesados. A estrela fica uma “gigante amarela” por mais um bilhão de anos até que o hélio do núcleo começa também a escassear.