Por
estar em período de transformação e adaptação, o intestino do bebê é mais frágil e requer muito mais atenção que o de um adulto. Problemas como intestino preso, fezes ressecadas e gases são muito mais frequentes. “É importante que pais e médicos observem como costuma ser o funcionamento do intestino, pois cada criança tem o seu próprio ritmo”, explica a nutricionista Fernanda Granja, especialista em nutrição materno-infantil, de São Paulo.
Se o seu bebê apresentar problemas intestinais ou
alteração no número e no aspecto das evacuações, especialistas recomendam alterar a alimentação para que a digestão seja novamente regulada. Confira essa e outras dicas de profissionais da saúde para que o seu filho fique livre de desconfortos.
Observe seu bebê
“O recém-nascido evacua cerca de oito vezes por dia e, com o tempo, esse número diminui para duas ou três evacuações diárias”, explica Andréia de Avelar, nutricionista especialista do Minha Vida, de São Paulo.
“As fezes do bebê que recebe leite materno geralmente são mais claras e pastosas”.
Se o seu bebê estiver com o abdômen distendido, fizer muita força para evacuar ou chorar muito com as cólicas, ele pode estar com o intestino preso. Número de evacuações maior do que o normal e fezes amolecidas indicam desarranjo intestinal.
Alimentos que ajudam a regular o intestino preso
Alguns alimentos, ricos em fibras naturais, melhoram a obstipação. Frutas laxativas (mamão,
laranja com bagaço, ameixa preta, mexerica e banana-nanica), vegetais de folha cozidos (escarola, almeirão, brócolis e couve), quiabo, vagens, feijão, lentilha, aveia e farelo de trigo, são alguns exemplos que ajudam a soltar o intestino preso.
Se o bebê já tiver com quatro meses de idade, a mãe pode oferecer sucos laxativos. A nutricionista Andréia de Avelar dá a receita: laranja lima, mamão, ameixa preta e farinha de linhaça. Bata tudo no liquidificador e ofereça ao bebê quando ele estiver
obstipado. Para os bebês que tomam leite em pó ou de fórmula, a mãe pode ferver água filtrada com duas ou três ameixas, coar e depois preparar o leite com essa água.
Alimentos reguladores do intestino solto
Para regular o intestino solto, pode-se oferecer sucos coados de maçã, pera ou goiaba. Também vale fazer sopas com batata, mandioquinha, mandioca, macarrão, cará ou inhame.
A nutricionista Simone Freire, doutoranda em comportamento do consumidor pela Unifesp,
lembra que o creme de arroz, administrado junto com o leite, pode minimizar os efeitos da diarreia.
Evite a flatulência
Se o bebê estiver com muitos gases, evite oferecer leguminosas – como feijão, ervilha, lentilha e grão de bico. “O açúcar também deve ser diminuído ou retirado da dieta, pois ele causa fermentação e distende o abdômen”, explica Simone Freire.
Cólicas
O choro é o principal sinal de que o bebê está com cólica. A nutricionista Fernanda Granja orienta observar em que horário surgiu a cólica e qual foi o último alimento ingerido. Evite refrigerante, café, alho e, em alguns casos, a retirada de leite e derivados também ajuda. Mesmo assim, alguns bebês podem continuar a apresentar cólicas até os quatro ou cinco meses de vida. “Isso se deve ao amadurecimento do sistema digestivo da criança, é normal”, afirma a nutricionista Andréia de Avelar.
Atenção ao leite
Com o fim da licença
maternidade no trabalho, muitas mães começam a introduzir outros tipos de leite na dieta do bebê por facilidade. “Mas essa mudança deve ser feita com muito cuidado, pois é importante observar a reação a cada tipo de fórmula”, explica Simone.
Reações alérgicas são comuns nessa fase. O leite, quando inadequado à criança, pode causar muita flatulência, obstipação ou diarreia. É importante observar a diluição destas fórmulas industrializadas. “Muitas mães tendem a fazer um leite mais forte, mas
isso diminui a ingestão de água e as fezes ficam ressecadas”, explica Simone.
Outras técnicas
“Deixar o bebê solto, se movimentando livremente, ajuda na regulação do intestino”, conta Fernanda Granja. Massagens na região abdominal e movimentação das perninhas também podem ajudar a eliminar os gases. Por fim, um banho com água morna pode ajudar a criança a relaxar.
Fonte: Minha Vida
Publicidade Publicidade Se chegou um novo integrante na família a pouco tempo, os pais já devem ter notado que o pequeno pode apresentar uma crise de choro que parece não ter um motivo específico. Nesses casos, se os cuidadores já descartaram causas como frio, desconforto e até fome, mas o bebê continua a se
queixar através dos chorinhos, está na hora de considerar a possibilidade de a criança estar passando por uma crise de cólica. “As cólicas do recém-nascido geralmente começam no final do primeiro mês de
vida e terminam por volta do terceiro mês, mas alguns bebês têm esse período mais prolongado”, explica Adriana Monteiro de Barros Pires, presidente do Departamento Científico de Pediatria Ambulatorial e Cuidados Primários da Sociedade de Pediatria de São Paulo (SPSP) Essas dorzinhas na barriga frequentemente ocorrem no final da tarde e no início da noite,
na chamada hora da bruxa, e podem ter uma duração bem variável. Adriana ainda complementa que não se sabe exatamente as causas das cólicas nos pequenos, mas acredita-se que estejam associadas à imaturidade do sistema digestivo do bebê,
ainda em desenvolvimento. Também por conta disso, a pediatra revela que os recém-nascidos que recebem fórmulas tendem a ter mais problemas com cólicas, enquanto o aleitamento materno apresenta uma espécie de “papel protetor” em relação ao desconforto. De qualquer forma, a especialista reforça que as cólicas são benignas e não atrapalham o crescimento do bebê. Até podemos ficar aliviados em saber que estas dorzinhas não são nocivas para o pequeno, ainda assim, sabemos como é difícil
presenciar o desconforto do bebê quando ele está passando por uma crise dessas. Mas para aliviar o sofrimento, existem massagens bem simples para aplicar no nenezinho a fim de amenizar toda a turbulência intestinal comum nesta fase. Para acalmar a pequena ou o pequeno, Adriana explica que o ideal é que as massagens sejam feitas com a ajuda de um óleo de amêndoas. Já o uso de roupas fica a critério dos pais, podendo massagear o
bebê com ou sem nenhum tecido sob a pele da criança. É interessante também dar um banho bem gostoso no bebê próximo ao horário em que ele costuma sofrer com as cólicas e depois do uso do óleo de amêndoas. E, papais, quando a crise de cólicas vem, o mais importante é que os cuidadores se mantenham calmos e consigam também
tranquilizar a criança. Dessa forma, usar uma bolsinha de água quente na barriga – tomando todos os cuidados com a temperatura e sem colocar diretamente na pele do bebê – costuma ajudar a lidar mais rapidamente com a situação. “Quanto mais sossegados estiverem os pais, mais rápido a crise vai passar”, completa Adriana. Com tudo isto pontuado, podemos partir para as técnicas de massagem!Como massagear a criança para aliviar as cólicas
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- Massagem no sentido horário:
Esta massagem deve ser feita na barriguinha no sentido horário, que é a direção que o intestino funciona. “Cuidado para não colocar muita força e irritar mais o bebê. O toque deve ser suave, mas com um pouco de pressão”, esclarece Adriana.
A técnica vai ajudar no funcionamento do intestino e, principalmente, acalmar o pequeno. Além disso, também faz com que ele elimine gases, que podem estar contribuindo para a dor. A pediatra, no entanto, pede atenção: não faça a massagem por muito tempo, pois a fricção pode machucar a pele de bebê.
- Dobrando as perninhas:
Outra opção para auxiliar a criança a soltar os gases presos, que podem estar associados às cólicas, é a técnica de mexer as perninhas do pequeno. “Com o bebê deitado, os pais podem dobrar as pernas dele e empurrá-las um pouco em direção à barriguinha”, ensina a pediatra.
- Massagem de bruços:
A massagem de bruços também é indicada para tranquilizar o bebê, mas é um pouquinho mais difícil de fazer. “O ideal é deixar a criança de bruços sobre a barriga dos pais. Os cuidadores também podem posicionar uma das mãos na barriga do pequeno, para esquentar e fazer uma leve pressão”, instrui Adriana.
- Carinho suave:
Para finalizar a sessão de massagens, é interessante saber que qualquer toque no corpo do bebê, em um ambiente tranquilo, pode acalmá-lo, seja nas mãozinhas, pernas ou barriga. Para isso, deve-se utilizar o óleo de amêndoas (sempre antes do banho), que vai facilitar bastante o trabalho de deslizar as mãos.
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