O Keynesianismo foi uma escola econômica muito famosa no início do século XX, principalmente da época da crise de 29.
O estudo do keynesianismo foi extremamente relevante para a teoria da macroeconomia e sua obra é até hoje muito estudada por diversos economistas.
O que é Keynesianismo?
O keynesianismo é uma corrente econômica que tem como principal expoente o economista britânico John Keynes. Esta corrente se estabeleceu com o lançamento do livro “A teoria geral do emprego, dos juros e da moeda” por Keynes.
Entre seus principais conceitos, estão a intervenção do Estado na economia de um país através de benefícios sociais e políticas fiscais.
O que Keynes defendia ?
Como a obra de Keynes foi muito revisitada, muitas vezes são atribuídas à teoria keynesiana ideias que não são originalmente de Keynes.
Entre elas a de que o economista britânico seria um defensor de um estado absoluto e altamente atuante na economia.
Entretanto, Keynes era um capitalista a favor da iniciativa privada, a sua principal divergência em relação aos economistas clássicos era em relação ao mercado de trabalho e em relação ao papel do estado para que a economia superasse recessões.
Dessa forma, Keynes elaborou o Keynesianismo tendo como base que os empresários definiam a sua produção levando em conta a demanda efetiva.
Quando surgiu o Keynesianismo?
No início do século XX, o pensamento prevalente era o de que a economia seria capaz de se recuperar sozinha em períodos de crise, algo conhecido como Laissez-faire.
Os economistas da época acreditavam que crescimento da época era totalmente sustentável. O entendimento da economia era de que “a oferta cria a sua própria demanda”. Ou seja, toda a produção da economia seria acomodada.
Porem, com a quebra da Bolsa de Nova York no ano de 1929, o Keynesianismo se apresentou como uma teoria que entendia as limitações inerentes ao livre mercado.
Desse modo, a base da teoria keynesiana foi desenvolvida na década de 30 quando ocorreu a maior crise financeira do mundo. Logo, Keynes observou principalmente os acontecimento relacionados à grande depressão americana de 1929.
Ainda, de acordo com a economia clássica, para curar o desemprego bastava que os salários se reduzissem. No entanto, mesmo com a redução dos salários o desemprego seguia aumentando.
Os especialistas apontam como principais causas da crise o superaquecimento da economia era a saturação da demanda. Uma das consequências dessa crise foi um grande aumento do índice de desemprego.
Como a economia passava por uma recessão, com desemprego e falta de confiança, os empresários não investiam. Isto, por sua vez, gerava mais recessão e desemprego, em um ciclo vicioso.
Quais eram as características do Keynesianismo?
A economia keynesiana passa a argumentar, então, que é necessário criar uma demanda artificial para romper ciclo vicioso que ocorreu na década de 30.
Assim, as bases keynesianismo podem ser consideradas:
- Maior atenção para a demanda em relação à oferta
- Ação anticíclica do estado para vencer crises
- Criação de mecanismo de bem estar social
O economia John Keynes buscava entender o motivo dos trabalhadores de seu país, a Inglaterra, perderem seus empregos durante períodos de crise, ainda que topassem receber menos dinheiro para manter sua posição.
De forma geral, os produtos e serviços diminuem seus preços durante uma crise, enquanto os salários não, o que aumenta o desemprego. Para compensar isso, Keynes defendia o papel do Estado de forma ativa para alcançar o Pleno Emprego, onde o único desemprego presente é aquele no nível de normalidade.
Sendo assim, sua teoria foi a base para o New Deal, programa do governo dos Estados Unidos para estimular a economia após a crise de 29.
Quais são as diferenças entre Keynesianismo e Liberalismo?
Em primeiro lugar, é preciso saber que o liberalismo defende que o estado inferfira o mínimo possível na economia, deixando o livre mercado se autorregular através da mão invisível.
No entanto, a principal característica do Keynesianismo era a atuação do Estado na economia de forma a influenciá-la. Sendo assim, essa distinção de pensamentos causou oposição entre representantes de ambas as escolas.
Entretanto, a ideia de Keynes pareceu vencedora, uma vez que diversos países as colocaram em prática depois dos Estados Unidos, especialmente após a Segunda Guerra Mundial.
Ou seja, diversos países passaram a ter atuação mais forte do governo, com criação de estatais e o aumento do tamanho do funcionalismo público, buscando evitar crises econômicas através dessas medidas.
Por fim, entre as décadas de 70 e 80, o liberalismo voltou a tomar força, pois via-se que a atuação forte do Estado gerava problemas, como gastos públicos elevados e falta de concorrência.
Quais são as críticas à teoria do Keynesianismo?
São diversas as críticas à literatura de economia keynesiana. Entre as principais se destaca a inviabilidade de manter esta demanda artificial por um longo período de tempo, pois isso causa déficits no orçamento do governo.
Além disso, críticos apontam que Keynes subestimou o papel da inflação na confiança geral da economia.
Ainda, considera-se que assim como a década de 30 legitima boa parte do keynesianismo, o momento econômico de 1970, caracterizado pelo estagflação, pode ser considerado como um contraponto factual às teoria de Keynes.
Portanto, Keynes continua sendo um autor bastante lido e estudo por todas as pessoas que trabalham com economia, apesar de todas as críticas ao seu pensamento.
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