Confederação dos Tamoios é a denominação dada à revolta liderada pela nação indígena Tupinambá, que ocupava o litoral do Brasil entre Bertioga e Cabo Frio, envolvendo, também, tribos situadas ao longo do Vale do Paraíba, contra os colonizadores portugueses, entre 1554 e 1567, na época colonial.
Quando os europeus vieram ao Brasil, eles buscavam formas de conquistar a aliança e garantir a confiança dos povos originários. Uma das formas de criar laços e se infiltrar nas aldeias para garantir a mão de obra era através do casamento ou cunhadismo, pela qual um homem, ao se casar com uma mulher de uma determinada tribo, passava a ser membro dessa mesma tribo.
Assim, João Ramalho, amigo do governador da Capitania de São Vicente, Brás Cubas, se casou com uma filha da tribo dos Guaianases na intenção de escravizar o povo indígena para extrair o pau brasil. Foi através dessa aliança/casamento que os portugueses comandaram um ataque contra os tupinambás para escravizá-los. Acabando por capturar o chefe da tribo Caiçuru que acabou morrendo por maus-tratos.
Seu filho chamado Aimberê assumiu o comando de sua tribo, declarando, em seguida, guerra aos portugueses e aos guaianases. Aimberê se reuniu com os chefes de outras tribos, a fim de fortalecer a batalha. Assim, foi formado a Confederação dos Tamoios ou a Confederação dos Tamuya, cujo significado é “o mais antigo”.
Nessa mesma época, os franceses de Villegaignon estavam chegando ao Rio de Janeiro para colonizar e, para conseguir combater os portugueses, se uniram aos Tamoios oferecendo armas. Mas houve uma grande doença pandêmica que matou inclusive o chefe da Confederação, Cunhambebe, e enfraqueceu a revolta. Aimberê, que havia se tornado chefe com a morte de Cunhambebe, deu continuidade ao conflito e conseguiu mais uma aliança com o líder Tibiriçá. Mas este acabou se mostrando fiel aos portugueses e dizimou boa parte da tribo dos guaianases. Foi somente em 1567, quando Estácio de Sá chegou, que pôs fim ao conflito com a expulsão dos franceses e dos tamoios.
"O último Tamoio", óleo sobre tela de Rodolfo Amoedo (1883) - Acervo: Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro
Este conflito envolveu portugueses, franceses e as tribos tupinambá, guaianazes, aimorés e temiminós. De um lado, tribos tupinambás reunidas sob o nome “Tamoyos” e seus aliados franceses, que chegaram ao Rio em 1555 e, de outro, portugueses aliados aos temiminós.
As lutas e conflitos se estenderam por mais de uma década até que, com a chegada de reforços com o capitão-mor Estácio de Sá, teve início a expulsão dos franceses e a dizimação dos seus aliados tamoios.
Números da Revolta
Aproximadamente 10 anos de duração.
Outras designações
Guerra dos Tamoios
Grupos sociais
Lideranças
- Oficial Militar Gosset Se posiciona como rebelde
Ações de protesto não-violentas
- Não informadas
Ações de protesto violentas
- Batalhas e combates
- Expulsão de adversários
Repressão
Bibliografia Básica
BELCHIOR, Elysio. Estácio de Sá e a fundação do Rio de Janeiro. História (São Paulo), vol. 27, n. 1, 2008.
PERRONE-MOISÉS, Beatriz; SZTUTMAN, Renato. Notícias de uma certa Confederação Tamoio. Mana, vol.16, n. 2, Rio de Janeiro, 2010.
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