Em resumo, as metrópoles concentram a maior parte do desenvolvimento financeiro, político, cultural e social de uma região ou país, ou seja, destacam-se de outras localidades e as influenciam.
Então, se uma metrópole significa tudo isso, o que seria uma megalópole?
O conceito de megalópole surgiu de um estudo do geógrafo francês Jean Gottmann (1915-1994), na década de 1960, sobre a costa nordeste dos EUA, de Boston a Washington. Saiba mais na sequência deste artigo.
De forma simplificada, a megalópole é a conurbação (isso é, junção) de duas ou mais metrópoles e regiões metropolitanas, que se encontram devido à expansão dessas cidades, o que vai além do território geoespacial e inclui também uma complexidade social.
As megalópoles, por se derivarem desses grandes centros, concentram uma grande parte da população do país, assim como os centros de investimentos e as principais atividades industriais.
Um dos primeiros exemplos que se têm desse contexto de crescimento urbano acelerado que deu origem a uma megalópole foi na costa nordeste dos EUA, de Boston a Washington, que recebeu o nome de Bos-Wash. Essa megalópole inclui, ainda, as metrópoles Nova York, Filadélfia e Baltimore.
Qual a diferença entre metrópole e megalópole?
A metrópole pode ser considerada uma cidade que exerce poder econômico, político, cultural e social em uma região ou país. As demais cidades do entorno e que recebem influência direta dessa matriz formam uma região metropolitana.
Já a megalópole é a junção de duas ou mais metrópoles, além dessa região metropolitana, como resultado de um fenômeno.
Enquanto uma metrópole pode ser de suma importância apenas para a região em que se encontra, a megalópole influencia todo o país e, muitas vezes, até outros países.
Qual a diferença entre Metrópole e megacidade?
São consideradas megacidades aquelas que possuem pelo menos 10 milhões de habitantes. Diferentemente do conceito de metrópole, esse está ligado a números populacionais, não à relevância de influência sócio-econômica numa região.
No entanto, é comum que megacidades sejam, também, metrópoles, como é o caso da primeira cidade a receber esse título, que foi Nova York.
Vale ressaltar que Nova York, além de ser uma megacidade e uma metrópole, forma uma megalópole. E mais: é, ainda, considerada uma cidade global, fundamental para o sistema econômico mundial, um centro para o comércio de serviços e bens do planeta.
Características das megalópoles
Podem ser destacadas como as principais características das megalópoles:
- Alto nível de integração econômica entre as cidades;
- Forte desenvolvimento urbano;
- Poucas áreas rurais em seu território;
- Intensa circulação de mercadorias e serviços entre as cidades componentes da megalópole;
- Sistemas de transporte que integram as regiões da megalópole;
- Formação de pólos industriais, comerciais e residenciais, que são responsáveis por atrair a população e os investidores.
Exemplos de megalópoles mundiais
- Londres-Birmingham-Manchester: localizada na Inglaterra.
- Tokkaido: no Japão, composta pelas metrópoles Tóquio, Kawasaki, Nagoya, Quioto, Kobe, Nagasaki e Osaka.
- Chipitts: no norte dos Estados Unidos, é formada por Cleveland, Detroit, Chicago e Pittsburgh.
E no Brasil?
As duas principais cidades brasileiras, São Paulo e Rio de Janeiro, já são consideradas por algumas fontes como megalópoles, enquanto outras sinalizam que elas caminham para isso.
A união dessas duas metrópoles e cidades próximas representa aproximadamente 23% do total da população brasileira, com 42 milhões de pessoas. Veja a composição:
- São Paulo;
- Rio de Janeiro;
- Campinas;
- Jundiaí;
- Piracicaba;
- Santos;
- São José dos Campos;
- Sorocaba;
- Duque de Caxias;
- Volta Redonda;
- Petrópolis;
- Niterói.
Megacidade futurista no deserto
Recentemente, o príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohamed Bin Salman, anunciou o projeto de uma megacidade futurista chamada Neom. A ideia é que ela se estenda, de forma linear, por 170 quilômetros e abrigue dois arranha-céus paralelos, cobertos por espelhos, com 500 metros de altura cada um.
O centro da cidade estará às margens do Mar Vermelho, e o projeto envolve carros voadores e, até mesmo, a criação de uma estação de ski no deserto.
O príncipe herdeiro estabeleceu um limite de 1,2 milhão de habitantes em 2030 e de 9 milhões, em 2045, apostando em um boom demográfico necessário, segundo ele, para tornar a Arábia Saudita uma potência econômica capaz de competir em todos os setores.