O que Robert Hooke em 1665 viu quando observou a cortiça no microscópio?

Uma característica comum a todos o seres vivos é a presença de pelo menos uma célula. Com o desenvolvimento da ciência e do microscópio, várias descobertas possibilitaram a construção de uma teoria celular.

A descoberta das células possibilitou o desenvolvimento e crescimento de várias ciências, entre elas a biologia. Além disso, possibilitou aperfeiçoar os métodos de classificação dos seres vivos. Veremos antes um vídeo e depois continuamos com a leitura.

A teoria celular diz que todos os seres vivos são compostos por células, que são as unidades funcionais e estruturais dos seres vivos. Diz também, que uma célula só pode ser originada a partir de outra célula. A teoria celular é uma área fundamental das ciências biológicas.

História da descoberta das células

A maioria das células não pode ser vista sem o uso de instrumentos. Sua descoberta está diretamente associada ao desenvolvimento dos microscópios, instrumentos formados por lentes que permitem a ampliação de imagens.

O microscópio, inventado no século XVI, foi utilizado pela primeira vez para observar seres vivos no século XV, pelo holandês Antony van Leeuwenhoek (1632-1723).

Em suas análises, ele observou, entre outros organismos, seres em forma de pequenos bastonetes. Foi assim que descobriu as bactérias. Em grego, a palavra bakteria significa “bastão pequeno”, daí o nome desses seres microscópicos.

O que Robert Hooke em 1665 viu quando observou a cortiça no microscópio?

O inglês Robert Hooke (1635-1703) fez aprimoramentos ao microscópio de Leeuwenhoek, acrescentando mais uma lente, e com ele observou diferentes materiais, entre eles, pedaços de cortiça.

Hooke percebeu que a cortiça era formada por inúmeros compartimentos vazios, como se fossem buracos, que ele chamou de células (do latim cella = cômodo fechado).

O que Robert Hooke em 1665 viu quando observou a cortiça no microscópio?

Como nasceu a teoria celular

Nos séculos XVIII e XIX, com o auxílio do microscópio, cientistas identificaram células em todos os seres vivos observados. Por volta de 1850, a grande quantidade de evidências da existência de células levou à criação de uma teoria, a teoria celular, que admite que todos os seres vivos são constituídos de células e que toda célula é originada de outra célula.

Ao longo do tempo, os microscópios evoluíram muito, possibilitando a observação de estruturas e seres vivos cada vez menores.

Os microscópios são instrumentos que apresentam um sistema de lentes e de iluminação. Eles são excelentes ferramentas para pesquisa, porque ampliam as imagens e permitem enxergar e estudar estruturas extremamente pequenas.

Microscópios ópticos podem produzir imagens com aumentos de 20 a 1500 vezes, dependendo das lentes. As fotografias que são resultados de imagens produzidas por esses microscópios recebem o nome de fotomicrografia.

Microscópios eletrônicos podem produzir imagens com aumentos de 5 mil a 400 mil vezes. As fotografias que são imagens produzidas por esse tipo de microscópio recebem o nome de eletromicrografia.

Fotomicrografias e eletromicrografias serão encontradas com frequência nos livros desta coleção. Quando as imagens receberam algum tipo de tratamento de coloração, a legenda indicará que as imagens têm cores artificiais.

Veja a aula organização celular do seres vivos.

Microscópios – uma viagem pela célula

No século XX, com a evolução dos microscópios e das técnicas de preparo dos materiais para a observação, foi possível visualizar com mais detalhes o interior das células e constatar que elas são formadas por diversas estruturas, chamadas organelas. Vamos estudar as células animais, as células vegetais, as células procariontes e algumas de suas organelas a seguir.

A célula animal

A ilustração abaixo representa uma célula animal. Nela estão indicadas as principais estruturas que podem ser observadas com o auxílio de um microscópio. Cada estrutura desempenha um papel importante no funcionamento da célula.


O que Robert Hooke em 1665 viu quando observou a cortiça no microscópio?

As células animais apresentam três componentes básicos: membrana plasmática, citoplasma núcleo.

A célula vegetal

Se compararmos uma célula vegetal com uma célula animal, podemos perceber que elas apresentam uma estrutura bastante semelhante.

Ambas são formadas por membrana plasmática, citoplasma com diversas organelas e núcleo. Porém, somente as células vegetais têm uma estrutura mais espessa e rígida, formada principalmente por celulose, que envolve a membrana plasmática. Essa estrutura tem a função de proteger e dar forma à célula e é denominada parede celular.

O que Robert Hooke em 1665 viu quando observou a cortiça no microscópio?

Outra característica das células vegetais é a presença de plastos no citoplasma. Os plastos são organelas que acumulam substâncias nutritivas e pigmentos fotossintetizantes. Os plastos mais conhecidos são os cloroplastosque acumulam principalmente clorofila, substância que participa do processo de fotossíntese.

As células procarionte e eucarionte

As células animais e vegetais têm núcleo, estrutura onde se localiza o material genético. Por esse motivo são chamadas de células eucarióticas ou eucariontes (do grego eu= verdadeiro; karyon = núcleo; onthos = ser).

Há também alguns seres unicelulares que têm um tipo diferente de célula: nela, o material genético apresenta-se livre no citoplasma, ou seja, não apresentam núcleo. Essas células são chamadas procarióticas ou procariontes (do grego pro =anterior; karyon = núcleo; onthos = ser).

 A classificação do seres vivos em constante mudança

Até o início da década de 1960, a maioria dos cientistas dividia os seres vivos em dois grandes reinos: o reino Animal e o reino Vegetal.

Agrupar todos os seres vivos apenas nessas duas categorias era bastante lógico, afinal as diferenças entre animais e plantas pareciam bem evidentes.

Com o avanço da tecnologia, pôde-se observar e descobrir características mais específicas nos seres vivos. Com o auxílio do microscópio óptico, por exemplo, foi possível verificar a existência de microrganismos.

Em meados do século XX, já com microscópios eletrônicos, foi possível observar que os microrganismos apresentavam características diferentes das encontradas nos animais e nas plantas. Essas e outras descobertas exigiram uma nova classificação dos seres vivos.

Resumo da aula Teoria Celular – A descoberta das células

  • As células e sua relação com os seres vivos.
  • A teoria celular
  • A importância do microscópio para o estudo das células e dos microrganismos.
  • Alguns dos principais componentes celulares e suas funções.
  • As células vegetais, as células animais e as células procariontes.

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Referências

  • Amabis, José Mariano; Martho, Gilberto Rodrigues (1996). Biologia das células. 1. origem da vida, citologia, histologia, embriologia 1a ed. São Paulo: Editora Moderna. pp. 9846–9947
  • http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1676-24442009000200001
  • http://www.ucmp.berkeley.edu/history/hooke.html

O que Robert Hooke visualizou em 1665?

As células foram descobertas pelo biólogo Robert Hooke, em 1665, que observava cortes de cortiça (material de origem vegetal utilizado para fazer rolhas).

Quando o cientista Robert Hooke observou cortes de cortiça no microscópio o que ele de fato Visualizou?

Hooke observou cortes finos de cortiça que se apre- sentavam, ao microscópio, com um aspecto similar a pequenos favos de mel empilhados. O que o cientista efetivamente viu foi a estrutura da cortiça formada pelas membranas dos alvéolos.

Qual foi a descoberta de Robert Hook?

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Qual estrutura Hooke conseguiu observar com seu microscópio?

Em 1665, o cientista Hooke escreveu um livro com desenhos detalhados de suas descobertas microscópicas, denominado Micrographia. Suas observações mais significativas foram feitas em pulgas e cortiça. Ele observou as pulgas ao microscópio e conseguiu observar pêlos em seu corpo.