O líquido amniótico está presente na placenta e protege o bebê contra infecções, além de ser importante para a formação de seus órgãos. Por isso, o líquido amniótico baixo na gravidez pode causar sérios problemas ao desenvolvimento da criança.
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Ao tomar o líquido –composto de nutrientes, hormônios e citocinas–, o feto vai completando o desenvolvimento dos pulmões e do sistema digestório. É ele também que permite a movimentação no ventre materno, o que faz com que o bebê desenvolva ossos e músculos.
Baixo líquido amniótico: oligoidrâmnio
O nome do quadro em que a mãe apresenta nível reduzido de líquido amniótico é oligoidrâmnio.
O quadro costuma ocorrer a partir de 13, 14 semanas de gestação, podendo acontecer até o final dela, mas é mais frequente no último trimestre. A perda de líquido amniótico não apresenta sintomas específicos, por isso a melhor forma de diagnosticar é por meio dos ultrassons realizados nas consultas de pré-natal.
Causas
Como o líquido é composto 99% da urina do feto, quando seu nível está reduzido, pode ser um indício de alguma má-formação renal do bebê.
Outra possibilidade é que a mãe sofra de hipertensão arterial. Quando a mulher tem pressão alta, é menor o volume de sangue que chega à placenta, e consequentemente de oxigênio. Nessa situação, o bebê prioriza o envio de oxigênio para áreas como o cérebro e o cordão umbilical. Ao mandar menos oxigênio para os rins, a produção de urina cai e, por consequência, a de líquido amniótico.
Com a pressão arterial regularizada, a tendência é que a produção de líquido amniótico se regularize. Vale dizer ainda que, à medida que a gravidez se encaminha para o fim, é natural que o volume de líquido vá diminuindo gradualmente.
“Uma indicação para tentar contornar o problema –dependendo da sua causa– é aumentar a hidratação da mãe”, explica o ginecologista e obstetra Ricardo Tedesco, membro da Comissão Nacional Especializada de Assistência ao Parto, Puerpério e Aborto da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) e professor da Faculdade de Medicina de Jundiaí (FMJ).
*O especialista consultado nesta matéria foi ouvido como fonte jornalística, não se utilizando do espaço para a promoção de qualquer produto ou marca.
O que fazer se estiver a perder líquido amniótico?
O líquido amniótico tem um papel muito importante no desenvolvimento fetal. Protege o bebé contra choques e movimentos bruscos, mantém a temperatura constante dentro do útero, protegendo-o da perda de calor, contribui para a formação do sistema digestivo e respiratório, entre outras funções.
A perda de líquido amniótico, de forma ligeira ou abundante, pode dever-se a rutura da bolsa de águas ou das membranas que envolvem o feto. Por vezes, a perda de urina pode ser confundida com a perda de líquido amniótico sendo recomendada a observação pelo obstetra para garantir que não há complicações.
O que fazer se estiver a perder líquido amniótico?
A perda de líquido amniótico antes do terceiro trimestre da gestação levanta duas grandes preocupações: o adequado desenvolvimento dos pulmões do bebé e o parto prematuro. Nestes casos, será observada mais vezes pelo obstetra sendo aconselhável beber muita água, para se manter bem hidratada e repousar.
Quando a perda se dá ao longo do terceiro trimestre, será observada regularmente para avaliação do bem-estar fetal. A partir das 34-36 semanas, o bebé ganha peso, ocupa mais espaço no útero e a quantidade de líquido amniótico começa a diminuir gradualmente, até ao nascimento. Se lhe parecer que o seu bebé se mexe menos, consulte de imediato o obstetra.
O que pode causar a perda de líquido amniótico?
As causas da redução do volume de líquido amniótico nem sempre são conhecidas, mas existem alguns fatores que podem estar na sua origem:
- Desidratação materna;
- Ruptura da bolsa de águas;
- Menor produção de urina pelo bebé provocada por complicações da placenta que deixa de fornecer os nutrientes e sangue em quantidades adequadas;
- Malformações fetais que interfiram na regular produção de urina;
- Síndrome da transfusão fetal em gravidez de gémeos, quando um bebé recebe menos sangue e nutrientes que o outro, ficando, também, com menos líquido amniótico;
- Medicamentos que interfiram na produção normal de líquido amniótico.
Como saber se está a perder líquido amniótico?