Por que as pteridófitas é briófitas precisam da água para reprodução?

O ciclo de vida das pteridófitas, às vezes chamado de “ciclo de vida das samambaias”, é marcado por uma fase assexuada (dominante) e uma fase transitória sexuada.

O ciclo se inicia a partir de uma pteridófita adulta diplóide (2n) que, quando atinge a maturidade, desenvolve os soros na parte inferior da planta. Presentes nos soros estão os esporângios, estruturas responsáveis pela formação e maturação dos esporos através de divisões meióticas.

Os soros são, então, dispersados no ambiente. Quando encontram condições favoráveis, geralmente em solo úmido ou com quantidade adequada de água, dos esporos se origina uma planta menor, semelhante a um coração, chamada de protalo. Este é o gametófito haplóide (n) das pteridófitas.

No interior do protalo estão presentes as estruturas reprodutivas masculina (anterídio) e feminina (arquegônio).

A água presente no protalo, geralmente oriunda da chuva, é fundamental para o gameta masculino (anterozóide) se locomover e fecundar o gameta feminino (oosfera), formando um zigoto (2n).

O zigoto (2n) se transforma no embrião (2n), que se desenvolve até formar uma pteridófita adulta diplóide (2n).

Dessa forma, fica evidente as diferenças de reprodução entre as pteridófitas e as briófitas: Nas briófitas, a fase dominante é o gametófito haplóide (n), enquanto que nas pteridófitas, a fase dominante é o esporófito diplóide (2n).

Ainda assim, ambos os grupos dependem de água na reprodução, para o encontro dos gametas.

Abaixo temos o ciclo de vida de uma samambaia. É possível ver a planta adulta diplóide (2n) contendo os soros na parte inferior das folhas, onde está presente o esporângio. Este produz o esporo haplóide (n) que, quando entra em contato com o solo, gera o gametófito haplóide (n). Na presença de água, ocorre o encontro dos gametas haplóides (n) masculino (anterozóide) e feminino (oosfera), gerando um zigoto diplóide (2n).

Você pode achar o nome "pteridófita" um pouco estranho e complicado. Mas, com certeza, ao menos uma pteridófita certamente você conhece bem: são as samambaias. Outros exemplos, bem menos conhecidos, são as espécies pertencentes ao grupo dos Equisetum e dos Psilotum.

Os registros fósseis indicam que essas plantas já eram comuns desde o período Carbonífero, há cerca de 360 milhões de anos. No Carbonífero superior, a vegetação da Terra era em grande parte dominada por pteridófitas de grande porte. Estas chegavam a medir cerca de 8 metros de altura, assemelhando-se a árvores.

Atualmente, existem cerca de 11.000 espécies de pteridófitas; a grande maioria ocorre em regiões tropicais. Porém, existem algumas espécies que habitam regiões temperadas ou semidesérticas. Muitas espécies são epífitas, ou seja, crescem sobre outras plantas, porém, não se alimentam dos tecidos ou da seiva de seu hospedeiro. Existem desde espécies muito pequenas até algumas que chegam a atingir mais de 20 metros de comprimento, cujas folhas possuem mais de 5 metros!

As pteridófitas são as primeiras plantas a apresentar tecidos especializados na condução de água e nutrientes. Ou seja, diferentemente das briófitas, as pteridófitas são plantas vasculares. Existem vasos especializados em conduzir a água e os sais minerais, chamados de xilema (ou lenho), e outros que conduzem a seiva elaborada, o floema (ou líber). A presença de vasos condutores permite que a água e os nutrientes sejam transportados de maneira eficiente por longas distâncias. Esta característica permite que elas atinjam tamanhos muito maiores do que os musgos.

O corpo das pteridófitas já apresenta a diferenciação em raiz, caule e folhas. As raízes formam o sistema radicular, responsável por fixar a planta ao substrato e pela absorção de água e nutrientes.

O caule sustenta o corpo vegetal e realiza o transporte de substâncias entre raízes e folhas e vice-versa. Em muitas espécies, o caule cresce abaixo da superfície do solo, ou seja, é um tipo de caule subterrâneo chamado de rizoma. Em outras espécies, o caule é aéreo e pode atingir vários metros de altura.

As folhas muitas vezes são divididas em pequenas partes, chamadas de folíolos. As pteridófitas não possuem flores, frutos ou sementes.

Reprodução das pteridófitas

Algumas espécies de pteridófitas apresentam reprodução assexuada através do brotamento. O novo broto surge a partir do caule da planta mãe e, após se desprender desta, origina um novo indivíduo.

Assim como nos demais vegetais, na reprodução sexuada das pteridófitas ocorre a alternância entre dois tipos de gerações, uma haplóide (n) e outra diplóide (2n). Por isso o ciclo é chamado de haplodiplobionte. A geração haplóide é o gametófito, estrutura que produz gametas através da mitose. A geração diplóide é o esporófito, que produz esporos através da meiose.

Se você ainda se lembra, nas briófitas o gametófito é a geração dominante. O esporófito é ligado ao gametófito e é dependente deste. Já nas pteridófitas, o esporófito é a geração dominante e de vida livre. Esta característica se mantém em todas as demais plantas vasculares. O gametófito das pteridófitas é chamado de protalo. Ele possui a forma de um coração, é bem menor que o esporófito e é de curta duração.

Quando os esporófitos amadurecem, eles produzem esporos haplóides (n) através de meiose, no interior de estruturas chamadas de esporângios. Os esporângios encontram-se reunidos ao longo dos folíolos. Os conjuntos de esporângios formam os soros, que são aqueles pequenos pontos pretos que podemos observar ao longo das folhas das pteridófitas. Os esporângios se rompem e liberam os esporos no ambiente. Quando estes encontram um substrato com condições adequadas de umidade e luminosidade, germinam e dão origem ao gametófito haplóide (n).

O gametófito (ou protalo) é hermafrodita, e, através de divisões mitóticas, produz os gametas masculinos, chamados anterozóides (n), e os femininos, as oosferas (n). Quando maduros, e na presença de água, os anterozóides são liberados e fecundam as oosferas. Pode ocorrer tanto a autofecundação quanto a fecundação cruzada, entre gametófitos que estejam próximos um do outro. Em seguida, o gametófito se degenera.

A fecundação, ou seja, a união dos anterozóides com as oosferas, origina um zigoto diplóide (2n). O zigoto se desenvolve originando um novo esporófito (2n), que corresponde à planta adulta.

Porque as briófitas e as pteridófitas precisam de água para se reproduzir?

Nessas plantas observa-se a necessidade de água para que a fecundação ocorra. Isso deve-se ao fato de que os gametas masculinos são flagelados e precisam nadar até o gametófito feminino para fecundarem a oosfera (gameta feminino).

Por que as briófitas dependem da água para a reprodução?

As briófitas necessitam de água para a reprodução, pois só na presença de água é possível a germinação da semente. As briófitas necessitam de água para a reprodução, pois os anterozoides necessitam de água para se deslocarem até a oosfera.

Como é a reprodução das Pteridofitas?

Reprodução assexuada Diversas espécies de pteridófitas se reproduzem assexuadamente por brotamento. Nesse caso, durante o desenvolvimento do rizoma vão brotando pontos vegetativos que dão origem a folhas e raízes. A desfragmentação do rizoma nos locais entre esses pontos vegetativos isola o nascimento de novas plantas.

Como ocorre a fecundação das briófitas e pteridófitas?

A reprodução sexuada das briófitas é caracterizada pela união do gameta masculino com o gameta feminino utilizando a água como meio para se transportar. Após a fecundação (encontro desses gametas) é formado um zigoto (2n) que, após divisões meióticas gera esporos (n).