Por que é fundamental que a escola se liberte do preconceito linguístico?

APRESENTAÇÃO

O projeto demostra a importância de compreender e aceitar as diferenças lingüística dentro de sala de aula, como um ponto de partida para uma nova era de ensino-aprendizagem que vise a inclusão real dessa cultura, e não mais concepções arraigadas de preconceitos sobre ela.

Lidar com a grande variedade lingüística é uma das maiores dificuldades do ser humano. Ao se descobrir as diversidades, em muitas ocasiões, manifestam-se a tensão, a intolerância e, principalmente, o preconceito que define diferenças como uma porta negativa sem fundamentos para com as diferenças manifestadas nas várias dimensões da vida humana. A falta de valorização das diversidades lingüísticas contribui para a confirmação do preconceito lingüístico.

Participarão diretamente desse projeto todos os alunos da escola e os professores, o corpo administrativo escolar e os pais e a comunidade, serão feitas reuniões tratando das variedades lingüísticas presentes na nossa sociedade, propondo ações para serem trabalhas e conscientizadas.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

O estudo aqui desenvolvido a luz de pesquisas bibliografias é fundamentado em opiniões e ponto de vista de teóricos como: Marcos Bagno, Willian Labov, Michael Stubbs, estes tem se dedicado à discussão e ao estudo do preconceito em relação as diversidades lingüísticas.

JUSTIFICATIVA

Existe hoje, dentro da escola um grande preconceito lingüístico por parte de alunos e professores para com aqueles que utilizam outras variedades lingüísticas que não a padrão. Esse preconceito leva à discriminação, gerando problemas de interação entre os alunos e entre alunos e professores, fazendo com que a sala de aula venha a tornar-se local de exclusão social. Pensando nesse problema este projeto será realizado na tentativa de resgatar os valores das diferentes culturas, sobretudo, no que se refere à linguagem oral e escrita, pois dessa forma o preconceito lingüístico será superado, e a valorização cultural, assim como o respeito as diferenças será uma prática no ambiente escolar.

OBJETIVOS

  • Objetivos geral: Proporcionar ao educando a oportunidade de conhecer culturas e tradições diferentes, propiciando a estes a oportunidade de conhecer as variedades da língua materna, valorizando cada uma delas e combatendo o preconceito que existe contra as formas populares em oposição às formas utilizadas por grupos socialmente prestigiados.

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Objetivos Específicos

  • Desenvolver o respeito mútuo, a solidariedade, o espírito crítico, o diálogo e compreensão entre as diferentes culturas;

  • Compreender que a língua é constituída por variações lingüísticas, e que estas devem ser respeitadas de acordo com as situações de produção;

  • Superar a discriminação relacionada as diferentes formas de falar do povo brasileiro por meio de atividades de interação prazerosa.

  • Discutir os reflexos do preconceito lingüístico na sociedade brasileira;

  • Informar os educando a respeito da existência do preconceito lingüístico dentro e fora da sala de aula;

  • Despertar no educando a consciência crítica a respeito da necessidade de combater o preconceito lingüístico.

METODOLOGIA

A metodologia aplicada durante o processo de construção do projeto será diversificada, buscando a conscientização do tema abordado, a criatividade e a motivação, garantindo um maior envolvimento de professores e alunos nas ações propostas, como a apresentação de temáticas e suas discussão com os alunos fazendo levantamento de conhecimentos prévio que eles tem sobre o assunto, pesquisas sobre o tema, exibição de slides, filmes etc.

RECURSOS

HUMANOS: Professores e alunos

DIDÁTICOS: Lousa, giz e apagador, papel, cartolina, fita adesiva, pincel e tesoura, livros, revistas, jornais e vídeo, TV e aparelho de som etc.

RESULTADOS ESPERADOS

Pelos objetivos propostos nesse projeto esperamos em seu resultado final oportunizar aos envolvidos um olhar mais atento e cauteloso sobre as diversidades da nossa comunidade e que adquiram de forma proveitosos nossos ensinamentos, valorizando e respeitando a sua comunidade, sua cultura, e que isso seja uma condição para que a escola possa fazer parte do contexto sócio-cultural dos seus alunos, procurando, assim, desenvolver habilidades que irão ao encontro da pluralidade cultural do país, promovendo a interação entre educador-alunos-aluno-aluno, a escola, amenizando e (se possível eliminando) o preconceito lingüístico existente na escola observada.

REFERÊNCIAS

BAGNO, Marcos. Preconceito lingüístico: o que é, como se faz. 51. Ed. São Paulo: Loyola, 2009

LABOV, William. Modelos Sociolinguisticos, Madrid: Ediciones Catedral. 1983. Traducíon de José Minguel Herraras.

O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. O Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor. Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: http://www.brasilescola.com.

Qual o papel da escola em relação ao preconceito linguístico?

É dever da escola, como uma ferramenta de formação científica, humana e social conscientizar os alunos sobre a formação da linguagem, pois a maneira de falar, muitas vezes tem intrínseca relação com a cultura de cada região.

Como a escola pode contribuir para a diminuição do preconceito linguístico?

O assunto pode fazer parte de aulas e atividades específicas. É interessante criar debates e rodas de conversa, além de estimular a produção de textos a respeito do preconceito linguístico. Para isso, é preciso tomar cuidado para promover uma conversa saudável e que não cause nenhum constrangimento aos estudantes.

Qual a importância do preconceito linguístico?

A causa principal do preconceito linguístico é a ideia de que só existe uma forma certa de expressão. Isso acontece porque a gramática normativa (que organiza as regras do idioma) é usada como única referência da linguagem correta.

Como a escola deve atuar diante do preconceito linguístico decorrente das diversas variações da língua?

A escola deve reconhecer que os alunos agregam características profundas da sua cultura, principalmente quando se trata da língua falada, e que isso não implica em classificá-la como feia ou errônea.