Marcos Nogueira e Cláudia de Castro Lima Estamos livres de uma série de desgraças como terremotos, vulcões e furacões por causa de fatores geológicos e climáticos. Catástrofes como sismos, vulcanismo e ondas gigantes estão ligadas aos movimentos na crosta da Terra. A gente nem percebe, mas sua superfície anda: ela está dividida em placas, que deslizam sobre o magma (rochas derretidas pelo calor) entre 1 e 20 centímetros por ano. Nos encontros
dessas placas é que ocorre a maior parte dos terremotos e vulcões (veja infográfico). “No Brasil não há limite de placas ativas: estamos em cima de uma grande placa”, afirma o geólogo Edson Farias Mello, da UFRJ. No entanto, alguns abalos sísmicos de baixa intensidade podem ser sentidos por aqui. “Eles são reflexo de terremotos ocorridos nos Andes ou de pequenos movimentos que nossa estrutura geológica ainda provoca. Estamos sobre zonas que já foram ativas entre 600 milhões e 800 milhões
de anos atrás”, diz o geólogo Caetano Juliani, da USP. A pouca ocorrência de ventos devastadores como furacões, tufões e ciclones é devida à baixa temperatura do mar – nossos mares dificilmente atingem os 26,5 graus necessários para a formação das piores tempestades. Furacões e tufões são a mesma coisa, só com nomes diferentes. Ciclones são diferentes nas condições de formação e, geralmente, são mais brandos. “Um furacão deve ter ventos superiores a 118 quilômetros por hora, mas há
ciclones com ventos muito intensos”, diz a meteorologista Rosmeri da Rocha, da USP. O Catarina, por exemplo, que passou em março pelo sul do Brasil, tinha características tanto de ciclone quanto de furacão, segundo o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). Ele é uma prova de que sempre pode dar zebra em nossa terra abençoada. 1a. Tremor profundo Os deslocamentos de
placas tectônicas, quando ocorrem sob os oceanos, geram vibrações que agitam a água 1b. Surfe letal As vibrações do tremor dão origem a ondas. São as chamadas tsunamis, palavra japonesa que significa “marés de terremoto” 1c. Maré godzillaA terra em fúria
Movimento de placas causa maremotos, tremores e vulcões
À medida que o mar fica mais raso, a parte emersa da onda se torna mais alta. Há tsunamis que chegam a atingir 30 metros
Continua após a publicidade
2a. Terra quebrada
O tipo mais destrutivo de terremoto ocorre quando placas vizinhas se movem lateralmente, esbarrando uma na outra
2b. Poço do inferno
Esses movimentos literalmente abrem o chão ao meio e provocam o surgimento de fendas com milhares de metros de comprimento
3a. Buraco quente
Nos vulcões, uma placa bate em outra e mergulha para o fundo da Terra, onde as altas temperaturas transformam a rocha em magma
3b. Nasce uma montanha
Menos denso que a rocha sólida, o magma tende a subir para a superfície. Solidificado, ele forma a elevação do vulcão
3c. Esguicho de fogo
Uma vez formados, os vulcões permanecem ativos enquanto ocorrer o movimento das placas. Depois que é expelido da cratera, o magma passa a ser chamado de lava
Continua após a publicidade
- Como funciona
- Desastres naturais
- Sustentabilidade
Por que o Brasil tem poucos desastres naturais?
Marcos Nogueira e Cláudia de Castro Lima Estamos livres de uma série de desgraças como terremotos, vulcões e furacões por causa de fatores geológicos e climáticos. Catástrofes como sismos, vulcanismo e ondas gigantes estão ligadas aos movimentos na crosta da Terra. A gente nem percebe, mas sua superfície anda: ela está dividida em placas, que […]