Questões - testes de múltipla escolha
Questões sobre a Revolução Francesa (respostas no final da página)
1. Podemos apontar como uma das principais causas da Revolução Francesa:
A - As guerras de conquistas promovidas e comandadas por Napoleão Bonaparte.
B - A grande influência da burguesia e dos trabalhadores urbanos no sistema político da França.
C - As fraudes eleitorais que existiam na França durante as eleições para monarca e ministros.
D - A revolta de grande parte da população francesa (burguesia, camponeses e trabalhadores urbanos) gerada pelas injustiças sociais promovidas pela monarquia absolutista.
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2. Sobre o contexto histórico da França pré-revolução, é verdadeiro afirmar que:
A - O clero e a nobreza possuíam muitos privilégios, entre eles a isenção tributária (não pagavam impostos).
B - A estrutura social da população francesa não era estratificada.
C - Havia igualdade de direitos, sendo que não havia camadas sociais privilegiadas.
D - Não havia pobreza, nem miséria, pois existia uma justa distribuição de renda.
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3. Um dos fatos históricos mais importantes da Revolução Francesa foi:
A - A decretação de leis que garantiam igualdade de direitos na França em 1789.
B - A união do clero e da burguesia em prol da derrubada da monarquia e implantação da República.
C - A Queda da Bastilha (principal prisão política da monarquia francesa) em 14 de julho de 1789.
D - O apoio de Napoleão Bonaparte ao governo do monarca Luís XVI.
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4. Durante o processo revolucionário quem eram os girondinos e o que defendiam?
A - Eram representantes da monarquia que queriam reestabelecer o regime monárquico na França.
B - Era um grupo político que representava a alta burguesia e queria evitar uma participação maior dos trabalhadores urbanos e rurais na política.
C - Eram representantes da baixa burguesia e defendiam uma maior participação popular no governo.
D - Eram integrantes do clero e defendiam maior participação da Igreja na política francesa.
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5. Qual era o lema dos revolucionários franceses, que resumia muito bem os anseios do Terceiro Estado?
A - "Liberdade, Paz e Justiça".
B - "Paz, Pão e Terra".
C - "Liberdade, Igualdade e Fraternidade".
D - "Liberdade ainda que tardia".
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6. Qual das alternativas abaixo apresenta características da última fase da Revolução Francesa, conhecida como Diretório
(1795-1799)?
A - Volta ao poder da alta burguesia e aumento do prestígio do exército.
B - Formação de um governo compostos por líderes camponeses e diminuição do prestígio do exército.
C - Formação de um governo composto por militares e religiosos e retorno da monarquia.
D - Instalação de um governo parlamentarista e aumento do poder da baixa burguesia.
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7. A imagem abaixo mostra um importante personagem
histórico do período subsequente à Revolução Francesa. Qual personagem é esse e quais ideais ele defendia?
A - Luís XVI, que defendia os ideais da nobreza e a volta da monarquia na França.
B - Napoleão Bonaparte, que defendia os ideais e interesses burgueses.
C - Robespierre, que defendia os interesses dos integrantes do clero católico.
D - Napoleão Bonaparte, que defendia os interesses da nobreza e do Terceiro Estado.
Respostas das questões:
1. D | 2. A | 3. C | 4. B | 5. C | 6. A | 7. B
Mestra em História (UFRJ, 2018)
Graduada em História (UFRJ, 2016)
Ouça este artigo:
O termo Diretório costuma ser utilizado, no contexto da Revolução Francesa, para designar um período de governo mais conservador, liderado pela alta burguesia, que sucedeu à Convenção Nacional jacobina e durou até a ascensão de Napoleão Bonaparte.
Após a radicalização política ocorrida durante o Período do Terror, o governo jacobino liderado por Maximilien Robespierre se enfraqueceu, ficando vulnerável a um golpe ocorrido em 27 de julho de 1794 (9 Termidor de acordo com o calendário da Revolução). Após a rápida execução dos principais líderes jacobinos, o partido conhecido como Pântano ou Planície tomou o controle da Convenção, executando uma série de medidas de caráter moderador, como a revogação da lei que limitava os preços de artigos de primeira necessidade e a libertação de presos políticos.
Em 1795, uma nova Constituição foi promulgada. O documento defendia a importância da propriedade para a manutenção da ordem social, definindo que o voto seria universal a todos os homens adultos alfabetizados. Entretanto, estes eleitores apenas votariam para eleger “super eleitores” que escolheriam os membros do Corpo Legislativo, que deveriam necessariamente ter fortuna considerável. Logo, a participação popular na política francesa foi severamente reduzida. Além disso, o Corpo Legislativo em si era dividido em duas câmaras: o Conselho dos Quinhentos e o Conselho dos Anciões (ou Antigos). O Poder Executivo em si, conhecido como Diretório, seria exercido por cinco homens escolhidos pelos Anciões.
Embora o governo do Diretório enfrentasse oposição tanto dos monarquistas quanto dos jacobinos, ainda conseguiu estabelecer certa estabilidade à França por meio do desenvolvimento econômico das indústrias têxteis e metalúrgicas, beneficiadas pela inflação decorrente da revogação da Lei do Máximo. Um aliado fundamental para manter a nação em ordem era o Exército, que não apenas continha as eventuais revoltas internas, mas também liderava as ofensivas das guerras contra as potências absolutistas. Neste sentido, um nome fundamental era o do jovem general Napoleão Bonaparte, que comandou a vitória contra a Áustria. Em outubro de 1797, foi assinada a paz de Campofórmio, que estendeu os domínios de França e, na prática, desfez a Primeira Coligação que lutava contra a França desde 1792.
Napoleão Bonaparte, detalhe de retrato pintado por Jacques-Louis David, 1812.
Ainda assim, todas essas vitórias no campo internacional não poderiam compensar os desafios que o Diretório enfrentava internamente em sua busca pela consolidação de uma República francesa conservadora liderada pela burguesia. Em 4 de setembro de 1797 (18 Fructidor de acordo com o calendário da Revolução), ocorreu novo golpe liderado pelos conservadores: desta vez, os monarquistas que haviam ganhado a maioria nas eleições para o Corpo Legislativo foram o alvo. Mais de 50 deles foram enviados para o exílio na Guiana. Além disso, a imprensa foi colocada em vigilância e mecanismos repressores foram colocados em ação sobre pessoas relacionadas aos exilados. Assim, os membros do Diretório mantiveram-se no poder pela força, o que fortaleceu ainda mais o descontentamento político de uma população cansada da inflação crescente e da corrupção do governo.
Temendo a queda do modelo revolucionário burguês, empresários e banqueiros apoiaram outro golpe político que objetivava a instalação de um nome forte no governo para preservar a República francesa. Assim, em 9 de novembro de 1799 (18 Brumário de acordo com o calendário da Revolução), o popular general Napoleão Bonaparte liderou a derrubada do Diretório, instalando o Consulado. Tratava-se do início de uma trajetória que culminaria em uma ditadura por parte de Bonaparte e, depois, à sua ascensão como imperador dos franceses em 1804. Como um todo, o período é conhecido como Era Napoleônica, e marca a solidificação dos ideais burgueses no governo francês.
Bibliografia
FERNANDES, Luiz Estevam de Oliveira; FERREIRA, João Paulo Mesquita Hidalgo. “Revolução Francesa”. In: Nova História Integrada – Ensino Médio Volume Único. Campinas: Companhia da Escola, 2005. pp. 266-267.
LIMA, Lizânias de Souza; PEDRO, Antonio. “Da revolução iluminista à Revolução Francesa”. In: História da civilização ocidental. São Paulo: FTD, 2005. pp. 258-259.
//operamundi.uol.com.br/politica-e-economia/7192/hoje-na-historia-1795-na-franca-constituicao-do-ano-iii-instaura-o-diretorio
//conferencias.fflch.usp.br/sdpscp/VIIsemDCP/paper/view/1866
Texto originalmente publicado em //www.infoescola.com/historia/diretorio-revolucao-francesa/