A incursão dos ingleses no processo de colonização do continente americano conta com determinadas particularidades que o difere sensivelmente da experiência colonial promovida por portugueses e espanhóis. Entre outras razões, podemos apontar o processo tardio de colonização, a natureza espontânea da ocupação dos territórios e as características do litoral norte-americano como pontos fundamentais na compreensão da colonização inglesa.
No governo da rainhaElizabeth I (1558 – 1603), a Inglaterra ingressou na economia mercantilista ao investir na construção de novas embarcações e no comércio marítimo. Nesse contexto, a pirataria se tornou uma importante fonte de lucros sustentada no assalto de navios espanhóis que saíam do Caribe com destino à Europa. Nesse mesmo período tentaram empreender a colonização de região norte-americana com a organização de três expedições comandadas por Walter Raleigh.
O insucesso dessas primeiras expedições só foi revertido com a criação da colônia de Virgínia, em 1607. Depois disso, o processo de colonização britânico ganhou força com a política de cerceamentos, que expulsou os pequenos agricultores de suas propriedades, forçando-os a buscar outras possibilidades no Novo Mundo. Concomitantemente, os conflitos religiosos que tomaram conta da Inglaterra após a reforma anglicana também motivaram a imigração dos puritanos ingleses para a América.
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Mapa Mental: Colonização Inglesa
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No ano de 1620, o navio Mayflower saiu da Inglaterra com um grupo de artesãos, pequenos burgueses, comerciantes, camponeses e pequenos proprietários interessados em habitar uma terra onde poderiam prosperar e praticar o protestantismo livremente. Chegando à América do Norte naquele mesmo ano, os colonos fundaram a colônia de Plymouth – atual estado de Massachusetts – que logo se transformou em ponto original da chamada Nova Inglaterra.
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Com o passar do tempo, esse processo de colonização estabelecida por meio da ação autônoma de determinados indivíduos passou a ganhar características mais diversas. Na região norte, a colonização de povoamento teve que suplantar grandes dificuldades que com a posterior consolidação de pequenas propriedades e o uso de mão de obra livre permitiram a formação de um comércio diversificado sustentado pela introdução da manufatura e o surgimento de um mercado consumidor.
Na região sul, as especificidades geográficas e climáticas propiciaram um modelo de colonização distinto. O clima subtropical, o solo fértil e as planícies cortadas por rios navegáveis consolidaram um modelo de colonização semelhante aos padrões ibéricos. Dessa forma, o sistema de plantations estabeleceu o surgimento de grandes fazendas monocultoras produtoras de tabaco, arroz, índigo e algodão. Com isso, a grande demanda por força de trabalho favoreceu a adoção da mão de obra escrava vinda da África.
Compondo um processo de ocupação tardio, a região central ficou marcada por uma economia que mesclava a produção agropecuarista com o desenvolvimento de centros comerciais manufatureiros. As primeiras colônias centrais apareceram por volta de 1681, com a fundação das colônias do Delaware e da Pensilvânia. Durante a independência das colônias, esta região teve grande importância na organização das ações que deram fim à dominação britânica.
Por Rainer Sousa
Graduado em
História
*Mapa Mental por Daniel Neves
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
As Colônias do Sul da América Britânica, consistiam na colônia da Virgínia, e nas províncias da Carolina (em 1712 divididas nas Carolina do Norte e do Sul), da Geórgia e de Maryland.[1] Em 1763, as recém-criadas colônias do oriental e ocidental da Flórida seriam adicionadas às colônias do sul pela Grã-Bretanha até 1783, quando o Império Espanhol retomaria a Flórida. Essas colônias se tornariam o núcleo histórico do que se tornaria o Sul dos Estados Unidos, ou "Dixie".
Esse grupo de colônias desenvolveram economias prósperas baseadas no cultivo de culturas comerciais, como tabaco,[2] índigo (matéria-prima para o anil),[3] e arroz.[4] Um efeito colateral do cultivo dessas culturas foi a presença de escravidão em proporções significativamente mais altas do que em outras partes da América Britânica.
Ver também[editar | editar código-fonte]
- Médio Atlântico
- Colônias Centrais
- Colônias do Tabaco
- Colônias de Chesapeake
- Colônias da Nova Inglaterra
- Período colonial dos Estados Unidos
Referências[editar | editar código-fonte]
- ↑ «Treaty of Paris (1763)» (em inglês). United States History. Consultado em 16 de outubro de 2019
- ↑ Boyer (2004), p. 64.
- ↑ Jean M. West (14 de junho de 2012). «The Devil's Blue Dye: Indigo and Slavery» (em inglês). Slavery in America. Consultado em 16 de outubro de 2019. Arquivado do original em 21 de dezembro de 2015
- ↑ Boyer (2004), p. 77.
Bibliografia[editar | editar código-fonte]
- Boyer, Paul S.; et al. (2003). The enduring vision: a history of the American people (em inglês). Boston: Houghton Mifflin. ISBN 978-06-183-3334-9. Consultado em 16 de outubro de 2019
Ligações externas[editar | editar código-fonte]
- Southern Colonies
- The Southern Colonies (let.rug.nl)
- The Southern Colonies (ushistory.org)
- The Southern Colonies no YouTube Vídeo (em inglês)