O linfoma é um tipo de câncer raro que afeta os linfócitos — células de defesa que identificam infecções e até mesmo outros tumores no organismo. Dessa maneira, ele surge a partir de mutações dessas células e começa a crescer desordenadamente. Contudo, o problema pode ser classificado em dois tipos: linfoma de Hodgkin e linfoma não-Hodgkin.
De acordo com dados da Coalizão Linfoma, rede mundial de pacientes com linfoma, mais de 1 milhão de pessoas no mundo vivem com a doença. No Brasil, por exemplo, a taxa é de 150 mil casos por ano.
Linfoma de Hodgkin
O linfoma de Hodgkin é marcado pela presença de células de Reed-Sternberg, que podem ser identificadas por microscópios. Elas são gigantes, multinucleadas e mergulhadas em um infiltrado inflamatório característico.
Geralmente, esse tipo de linfoma é diagnosticado em estágio inicial e, portanto, é considerado um dos cânceres mais tratáveis e curáveis. Além disso, costuma ser mais comum em pessoas de 15 a 40 anos.
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Sintomas
Um dos principais sintomas do linfoma de Hodgkin é o inchaço dos gânglios linfáticos — localizados no pescoço, na virilha ou nas axilas. No entanto, também existem outros sinais que ajudam a identificar a condição, que incluem:
- Perda de peso sem causa aparente;
- Diminuição do apetite;
- Febre;
- Suor noturno;
- Além disso, fadiga ou perda de energia;
- Tosse e dificuldade para respirar, ou desconforto no peito;
- Coceira ou ressecamento da pele;
- Por fim, aumento do abdômen devido ao aumento do baço.
Linfoma não-Hodgkin
Por outro lado, no linfoma não-Hodgkin, as células Reed-Sternberg não estão presentes. Ademais, esse tipo de câncer pode surgir em qualquer parte do corpo.
Dessa forma, a incidência do linfoma não-Hodgkin também é diferente: duplicou nos últimos 25 anos, especialmente entre as pessoas com mais de 60 anos.
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Sintomas
Os sintomas podem variar de pessoa para pessoa. Entretanto, os mais comuns são:
- Aumento dos gânglios linfáticos;
- Anemia;
- Fadiga excessiva;
- Febre;
- Falta de energia para realizar as atividades do dia a dia;
- Sudorese;
- Náuseas e vômitos;
- Coceira na pele;
- Inchaço no rosto ou no corpo;
- Perda de peso sem causa aparente;
- Confusão mental;
- Sangramento fácil;
- Aparecimento de hematomas no corpo;
- Ademais, inchaço e desconforto abdominal.
Sobre o autor
Julia Moraes
Jornalista e repórter da Vitat. Especialista em fitness, saúde mental e emocional.
Linfoma: palavra que assusta e traz muitas dúvidas. A primeira das dúvidas é: linfoma é uma coisa só? Um único tipo de câncer?
E a resposta é que não. Linfoma é conjunto de cânceres que é subdividido em diversos tipos da doença. Nesta categorização encontramos o Linfoma de Hodgkin e Linfoma não-Hodgkin, o tema do nosso conteúdo de hoje.
Você conhece as diferentes entre as duas doenças? Então vem comigo que vou te explicar 😉
Antes, vamos lembrar que o linfoma é um câncer que surge no linfonodo. Os linfonodos são nossos gânglios linfáticos e fazem parte da defesa do nosso corpo. Presentes no sistema linfático, estão distribuídos por todo nosso corpo.
Quando uma célula do sistema linfático se transforma, começando a reproduzir-se doente, temos o início da doença.
Linfoma de Hodgkin:
Menos frequente do que os linfomas não Hodgkin, ele é frequentemente diagnosticado no estágio inicial nos países desenvolvidos (infelizmente não é a realidade do Brasil) e o consideramos uma doença com excelentes taxas de cura, mesmo em estágios avançados.
O linfoma de Hodgkin se espalha de forma ordenada pelo corpo, por meio dos vasos linfáticos. A doença surge quando um linfócito do tipo B, se transforma em uma célula maligna.
Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), em 2018 foram 2.530 novos casos diagnosticados, sendo 1.480 homens e 1.050 mulheres.
Uma característica importante é que o linfoma de Hodgkin é marcado pela presença de células de Reed-Sternberg, na patologia para o diagnóstico.
Linfoma não-Hodgkin:
Mais comum, também é mais agressivo e atinge, na maioria dos casos, pacientes acima dos 55 anos. Os linfomas não-Hodgkin são divididos em indolentes e agressivos e existem mais de 40 tipos, podendo aparecer em várias partes do corpo, assim como o linfoma de Hodgkin. O mais comum é aumento dos linfonodos que podem ser no pescoço, axilas, virilhas ou até mesmo infiltrar outros órgãos como ossos, etc.
Os sintomas das duas doenças são bastante parecidos:
Os principais sinais e sintomas são:
- Aumento dos gânglios, com ou sem dor, no pescoço, virilha, axila
- Febre
- Suor noturno
- Cansaço
- Perda de peso
- Coceira na pele.
O paciente pode também apresentar aumento no volume do tórax e abdômen.
O diagnóstico tanto do linfoma de Hodgkin, quanto do linfoma não Hodgkin é feito por um conjunto de exames. Primeiro, o exame físico feito pelo médico na maioria das vezes, que irá identificar por exemplo a presença de gânglios aumentados. Também serão solicitados exames de sangue e de imagem (Ex: tomografia, PET scan) e em alguns casos é necessário também avaliar a medula óssea.
O tratamento vai depender do tipo de linfoma e do estágio em que a doença está, podendo incluir quimioterapia, imunoterapia e/ou radioterapia.
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