Quais as funções entre a interação dos filamentos de actina e a miosina?

Quais as funções entre a interação dos filamentos de actina e a miosina?
Manual de Fisiologia 2002

Daniel Damiani. Acad�mico de Biomedicina (3�ano) da Universidade de Santo Amaro - UNISA.
E-mail do autor:


CAP�TULO VI - CONTRA��O DO M�SCULO ESQUEL�TICO

Anatomia Funcional do M�sculo Esquel�tico

  • Fibra muscular esquel�tica: 
    • Numerosas fibras
    • No "meio" da fibra h� uma �nica inerva��o
  • Sarcolema = membrana celular da fibra muscular.
  • Miofibrilas: s�o unidades formadoras das fibras musculares, compostas por actina e miosina (prote�nas contr�teis).
  • Faixa (banda) I – s� cont�m actina – s�o claras por serem isotr�picas.
  • Faixa (banda) A – actina + miosina – s�o onisotr�picas.
  • Pontes cruzadas – proje��es dos filamentos de miosina – fundamentais para a contra��o do m�sculo, interagem com a actina.
  • Disco Z – final das actinas (transversais).
  • Estas estruturas citadas anteriormente d�o a este m�sculo a caracter�stica estriada!!

Mecanismo Geral da Contra��o Muscular – 

  1. Potencial da placa motora (�ons s�dio);
  2. Propaga��o do potencial pelas fibras musculares;
  3. Maior permeabilidade do ret�culo sarcoplasm�tico liberando c�lcio;
  4. �ons c�lcio provocam grande atra��o entre miosinas e actinas (deslizamento);
  5. Remo��o do �on c�lcio pela bomba de c�lcio p�e fim ao processo contr�til.
Mecanismo Molecular da Contra��o Muscular – 
  • Filamentos de actina diminuem seus espa�os sobrepondo-se (espa�os entre sarc�meros diminuem). H� utiliza��o das pontes cruzadas para contra��o.
  • Miosina: 
    • Filamento grosso
    • Possui uma cabe�a (ATPasica) – consumidora de ATP.
  • Actina:
    • Filamento fino
    • Composta por tr�s por��es prot�icas: 
      • Actina
      • Troponina (C,T e I)
      • Tropomiosina

Acredita-se que em repouso as tropomiosinas fiquem sobre os s�tios ativos (de liga��o) da actina, evitando a contra��o.

Intera��o dos Filamentos – na presen�a dos �ons c�lcio, o efeito inibit�rio da troponina-tropomiosina � inibido. Quando o c�lcio combina-se com a troponina C, ocorre uma altera��o conformacional que traciona a tropomiosina "descobrindo" os s�tios de liga��es da actina (binding). 

"Sempre em Frente" – cabe�as de miosina fazem um movimento em �nico sentido.

Obs. Quanto mais forem as pontes cruzadas em contato com a actina, maior ser� a for�a da contra��o. 

Fonte de Energia para a Contra��o Muscular – 

  • ATP clivado na cabe�a da miosina, ainda quando a fibra esta em repouso.
  • A quebra deste ATP "engatilha" a cabe�a da miosina.
  • Ap�s a cabe�a ter se soltado da actina (realizada sua fun��o), nova mol�cula de ATP � clivada, iniciando um novo ciclo. A "busca" de novo ATP pela cabe�a de miosina faz com que ela se desligue da actina provocando um relaxamento muscular.
  • A tens�o desenvolvida pelo m�sculo aumenta quanto menor for o sarc�mero – at� 2,0 micr�metros. 

Obs. Num m�sculo onde � posto carga (peso), a velocidade de contra��o diminui.

Energ�tica da Contra��o Muscular – 

  • Necess�ria para que se realize um trabalho.
  • Recarga do ATP: 
    • Fonte prim�ria: fosfocreatina (CP) – sua quebra fornece 1 ATP. A reserva de fosfocreatina � muito pequena: 5s a 8s de contra��o no m�ximo.
    • Fonte secund�ria: glicog�nio (armazenado nos m�sculos).
      • Com oxig�nio: glic�lise aer�bica – 38 ATP
      • Sem oxig�nio: glic�lise anaer�bica – 2 ATP (com forma��o de �cido l�ctico)
Os produtos da glic�lise acumulam-se nas c�lulas musculares alterando o pH do organismo, podendo assim, ser usado por cerca de 1minuto (m�ximo). 
    • A fonte final de energia � o metabolismo oxidativo – utiliza��o de nutrientes (carboidratos, gorduras e prote�nas), combinado com oxig�nio. 
Obs. O condicionamento f�sico faz com que a via lipol�tica seja ativada aos 3min. (aproximadamente), n�o utilizando outras vias. Logo podemos concluir que os exerc�cios f�sicos aer�bicos s�o muito mais saud�veis do que os anaer�bicos.

Caracter�sticas da contra��o do m�sculo como um todo – 

  • Contra��o isot�nica: h� encurtamento da fibra muscular enquanto houver contra��o mais freq�ente).
  • Contra��o Isom�trica: n�o h� encurtamento da fibra muscular durante a contra��o. (Exemplo: s�lio, gastrocn�mio, ocular)
  • Fibras musculares r�pidas – 
    • exercem atividades r�pidas;
    • exerc�cios anaer�bicos;
    • fibras maiores;
    • ret�culo sarcoplasm�tico extenso; 
    • poucas mitoc�ndrias;
    • pouca vasculariza��o;
    • possuem colora��o esbranqui�ada devida a menor quantidade de mioglobina.
  • Fibras musculares lentas – 
    • exercem atividades lentas;
    • fibras menores;
    • exerc�cios aer�bicos;
    • muita vasculariza��o;
    • muita mitoc�ndria;
    • abundante mioglobina, logo possuem aspecto avermelhado (ferro da mioglobina).
Unidade Motora – s�o uni�es das placas motoras. Fibras musculares inervadas por um mesmo ax�nio.

Soma��o – conjunto de contra��es. Apresenta 2 tipos:

  1. Soma��o por fibras m�ltiplas: diferentes intensidades de contra��o dependem das diferentes intensidades do est�mulo.
  2. Soma��o por freq�encia e tetaniza��o: est�mulos somando-se para atingir uma contra��o at� que a pr�pria ocorra de fato = tetaniza��o.

T�nus do m�sculo esquel�tico – 

Mesmo em repouso os m�sculos est�o constantemente sendo estimulados (est�mulos = t�nus muscular).

Obs. Les�es podem alterar o t�nus muscular. 

Fadiga muscular: incapacidade dos processos contr�teis.

Sistema de alavancas do corpo: est�o interligando ossos para que haja contra��es.

Remodela��o Muscular – Adapta��o �s fun��es – 

  1. Hipertrofia muscular: aumento da massa muscular (aumenta as miofibrilas)
    Obs. Hiperplasia = aumento do n�mero de c�lulas musculares.
  2. Atrofia muscular: diminui��o da massa muscular.
  3. Desnerva��o muscular: ocorre por les�es; h� perda do t�nus levando a uma atrofia muscular.
  4. Contratura: o mesmo que atrofia mas podendo causar um desfiguramento do m�sculo.
Rigor Mortis – 

Horas ap�s a morte, os m�sculos se contraem. Como n�o h� reposi��o de ATP, estes m�sculos permanecem contra�dos j� que n�o h� "desligamento" do binding actina-miosina.
 

Voltar Para: Manual de Fisiologia 2002

Quais as funções entre a interação dos filamentos de actina e a miosina?

A cabeça da miosina empurra os filamentos de actina, gerando a contração muscular. Em condições de relaxamento, ou seja, enquanto o músculo está descontraído, este ponto de conexão entre os filamentos está ocupado por uma terceira proteína denominada tropomiosina, que envolve filamentos de actina.

Qual a função do cálcio na ligação entre a actina e a miosina?

Portanto o cálcio possui a importante função de expor um sítio de ligação da proteína miosina na proteína actina. Como podemos verificar o cálcio é imprescindível para que aconteçam as contrações musculares.

Está relacionada com duas importantes proteínas da actina e miosina?

A contração muscular esquelética é responsável por nossa capacidade de movimentação e está relacionada com duas importantes proteínas: a actina e a miosina.

Qual a função dos filamentos de miosina?

O conceito atual de miosina é o de uma proteína capaz de promover a hidrólise de ATP, executar movimento de vesículas ou outro tipo de carga em filamentos fixos de actina ou provocar a translocação de filamentos de actina.