Localizado na porção centro-sul do estado de Minas Gerais e com extensão territorial de aproximadamente 7 mil quilômetros quadrados, o Quadrilátero Ferrífero é uma área vizinha a Belo Horizonte formada pelas cidades de Sabará, Rio Piracicaba, Congonhas, Casa Branca, Itaúna, Itabira, Nova Lima, Santa Bárbara, Mariana, Ouro Preto, entre outras.
A descoberta de ouro nessa área ocorreu no final do século XVII, fato que proporcionou a criação de importantes cidades mineiras, tais como Ouro Preto e Mariana. Também atraiu grandes fluxos migratórios de mineradores, contribuindo para a ocupação do interior do Brasil, visto que nesse período a população se concentrava nas áreas litorâneas.
O Quadrilátero Ferrífero continua sendo a região de maior concentração urbana de Minas Gerais, além de ser uma área de fundamental importância para o desenvolvimento econômico estadual, impulsionando, inclusive, o setor industrial, sobretudo o segmento siderúrgico.
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Destaca-se no cenário nacional pela grande riqueza mineral. Entre os vários minérios extraídos do Quadrilátero Ferrífero estão o ouro, o manganês e o ferro. É a maior produtora nacional de minério de ferro (60% da produção brasileira), que é transportado em ferrovias para o porto Tubarão, em Vitória, capital do Espírito Santo.
A intensa exploração desses recursos sem uma devida preocupação ambiental desencadeou uma série de impactos na natureza. Entre os problemas detectados estão a poluição do lençol freático e do solo, perda de biodiversidade, descarte inadequado de resíduos perigosos e erosões.
Porém, atualmente, o local é fiscalizado por órgãos ambientais, sendo necessário o cumprimento de leis rígidas para a exploração dos minérios, garantindo, assim, a redução dos transtornos provocados pela mineração.
Por Wagner de Cerqueira e Francisco
Graduado em Geografia
QUADRILÁTERO FERRÍFERO E COMUNIDADE
Por Fernando Mendes Palhares Reis | 19 de Agosto de 2020 | Quadrilátero Ferrífero, Mineração, Comunidade |
A insistente procura dos portugueses ao ouro e prata, e as investidas dos bandeirantes pelos sertões do Brasil trouxeram resultados muito importantes para a economia do país até os dias de hoje. Principalmente nessa segunda estratégia, que diz respeito
a interiorização da população de origem europeia nos dois primeiros séculos no Brasil Colônia, e o consequente desenvolvimento e urbanização da região nos séculos seguintes.
Grande parte do ouro produzido no Brasil Colonial e Imperial proveio da região atualmente conhecida como Quadrilátero Ferrífero, descoberta no século XVII e localizada na região centro-sul de Minas Gerais, e que também proporcionou a criação da cidade de Ouro Preto (MG). Ademais, o estado de Minas Gerais tem a
mineração como uma de suas principais atividades industriais, tendo hoje a explotação mineral como a principal atividade econômica.
Com cerca de 7000 quilômetros quadrados, o quadrilátero ferrífero é o limite ocidental da Mata Atlântica ao centro de Minas Gerais. Estende-se entre Ouro Preto e Belo Horizonte, incluindo também os municípios de Brumadinho, Caeté, Congonhas, Itabira, Itaúna, Mariana, Rio Piracicaba, Sabará, Santa Bárbara, São Gonçalo do Rio Abaixo, entre outras. E, ainda
hoje, é considerada a mais importante província mineral do Sudeste do Brasil (e uma das mais importantes de todo o país), se destacando no cenário nacional pela grande riqueza mineral, principalmente na produção de minério de Ferro, Ouro e Manganês.
Além disso, é a região de maior concentração urbana de Minas Gerais, com importância fundamental no desenvolvimento econômico estadual, impulsionando inclusive, o setor industrial, sobretudo o segmento siderúrgico, o que, consequentemente,
traz benefícios significativos para toda a sociedade.
Sabe-se, porém, dos grandes desastres acontecidos no atual contexto do Quadrilátero, que resultaram em perdas de centenas de vidas humanas e morte de rios, além de outras consequências da mineração relacionadas à degradação ambiental. Contudo, são consequências gravíssimas de práticas que devem ser melhores estudadas e efetuadas com maior responsabilidade e compromisso socioambiental dos agentes responsáveis.
Se gerenciada de
modo responsável, a atividade minerária como um todo, pode reduzir drasticamente os impactos ambientais, além de promover uma importante contribuição socioeconômica para o país e o mundo. Ela responde por boa parte do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) nacional, e até do IDH municipal, pois possibilita investimentos em infraestrutura, indústria, tecnologia, e no aprimoramento da qualificação profissional.
Reforçando esse argumento, os municípios que compõem o Quadrilátero
Ferrífero têm uma economia mais dinâmica e tem apresentado nos últimos anos crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) acima da média do Estado e do país. A economia de toda região é bastante influenciada por Belo Horizonte, que detém mais de 70% do PIB. Referente ao Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), a maioria dos municípios está enquadrada dentro da faixa de médio desenvolvimento humano, exceto alguns municípios, como Nova Lima e Belo Horizonte, que são considerados de alto
desenvolvimento humano.
A mineração da região do Quadrilátero Ferrífero trouxe benefícios também por sua grande fonte de recursos (impostos como a Compensação Financeira pela Exploração Mineral), que são investidos em melhorias na qualidade de vida da comunidade local.
Também existem parcerias entre as empresas de mineração e órgãos públicos, como na construção de estradas, manutenção e compra de equipamentos para hospitais e escolas, além do incentivo a atividades culturais.
Desde o final do século XIX, o Quadrilátero Ferrífero é o principal produtor de minério de ferro do Brasil, quando sua utilização foi intensificada e tornou-se um importante suporte industrial no país. Para que ele possa prover desses recursos por mais tempo, e que possa trazer
mais benefícios para as comunidades ao redor, é necessária a compreensão da importância da criação de tecnologias que permitam a sua utilização da melhor forma possível e com a devida responsabilidade socioambiental.
Portanto, se aplicados adequadamente, os recursos advindos da mineração favorecem o desenvolvimento socioeconômico das comunidades em seu entorno. Não só a cidade de Ouro Preto, como a própria Escola de Minas na qual a Minera Jr. surge, traz grandes traços do progresso dessa
região.
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