Quais brasileiros representam o Brasil nos Jogos Olímpicos de Inverno?

É a maior delegação que o Brasil já mandou para uma Olimpíada de Inverno. Onze atletas. Distribuídos em cinco modalidades. Nenhuma expectativa de medalha.

A gaúcha Nicole Silveira tenta conseguir a oitava colocação no skeleton. Se conseguir, será dona da melhor marca de um brasileiro neste evento. Já neste domingo, Sabrina Cass - brasileira que nasceu nos EUA - entra na segunda etapa do esqui estilo livre mogul.

Na cerimônia de abertura desta sexta-feira, apenas quatro atletas desfilaram. A esquiadora cross Jaqueline Mourão, de 48 anos, e o capitão do bobsled Édson Bindilatti foram os porta-bandeira. Jaqueline está disputando sua oitava olimpíada - de verão e inverno - e Édson pela quinta vez.

E no Catar, o Palmeiras já sabe qual time vai enfrentar na semifinal de terça-feira do Mundial de Clubes da Fifa: Al Ahly, do Egito, eliminou nesta sábado o Monterrey do México por 1 a 0.

A nova geração olímpica de esportes de inverno do Brasil já está na Suíça para a 3ª edição dos Jogos Olímpicos de Inverno da Juventude. Ao todo são 12 atletas brasileiros entre eles, estão Larissa Brito Cândido, Gustavo dos Santos Ferreira e Lucas Carvalho de Oliveira Rodrigues que chegaram em Saint-Moritz para participar nas modalidades de Bobsled e Skeleton, dois esportes de descidas em trenós.

Correspondente da RFI

“Me sinto completamente grato por estar honrando o meu país. Eu sei o quanto foi difícil chegar até aqui. Recebi vários nãos como qualquer atleta recebe e é um sonho estar vestindo esta camisa do Brasil. Desde pequeno, fui esportista mas nunca imaginava que eu ia estar aqui. Eu agarrei a oportunidade e, hoje, me sinto honrado. Realmente, vai ficar por toda a minha vida isto que estou vivendo agora. Eu quero isso e muito mais. Eu sei que isso é só o começo”, explica Lucas, paulistano de 17 anos.

Estar representando o Brasil nos Jogos Olímpicos de Inverno da Juventude é um sonho antigo para o jovem. “Eu vi alguns atletas na TV, não somente do Skeleton e do atletismo, mas de várias modalidades do Brasil. Eu cresci pensando ‘eu quero ser assim como eles, eu quero ganhar esta medalha, quero estar representando o meu país’. Eu acho isso muito bonito, estar no pódio. Então, pra você que esta aí vendo a nossa vitória, a nossa conquista, eu peço que continue. A vitória não cai do céu. Não adianta a gente ficar sentado, parado. Temos que suar e não importa se a vitória não vier. O segredo é a persistência pois a vitória um dia chega. Tenha fé, fé em Deus também. E nada é impossível para aquele que crê”, acredita.

O paulistano Lucas, 17 anos, está realizando um sonho ao participar das Olimpíadas. Foto: Luciana Quaresma/RFI Brasil

Lucas explica que o atletismo é a base dos treinamentos, já que o skeleton exige muita velocidade no momento da largada. “Como o Brasil é um pais tropical e não tem gelo, ou seja, não dá para fazer os treinamentos de skeleton que é a modalidade que eu pratico, lá no Brasil eu treino atletismo que é o que dá para treinar. Quando a gente vai começar as competições no skeleton, a gente faz um tipo de corrida. Então, o atletismo me dá essa base e, quando eu chego aqui, eu uso o que o atletismo me ensina. Como a gente já tem esta parte técnica de corrida, adaptamos correndo com o trenó. Faço academia, vários tipos de corrida para poder me adaptar e a gente desce aqui com esta vantagem de tentar ser o mais rápido”, explica.

Brasileira no skeleton

Larissa, tem 16 anos, está em Saint-Moritz pela segunda vez e é a única atleta brasileira no Skeleton, que pode ser comparado com uma moto pois a pilotagem requer movimentos com o corpo e equilíbrio.

“É uma sensação única porque é um esporte que não é muito conhecido e representar o Brasil é o sonho de todo atletas, com certeza! E ser mulher neste esporte é ainda mais um ciclo vencido, a cada ano que passa. Acredito que posso abrir portas para outras mulheres, encorajá-las. Seguir carreira e confiar mais que o esporte não é só para homem”, comenta a atleta.

Larissa, de 16 anos, compete pelo Brasil no skeleton. Foto: Luciana Quaresma/RFI Brasil

Treinos na areia

Tanto o Bobslead quanto o Skeleton são modalidades pouco conhecidas dos brasileiros. Treinar em clima tropical não é fácil e exige criatividade e muito trabalho técnico. Gustavo treina na areia. “A gente tem um trenó adaptado. Treino na minha pista de areia e no campo. Treinamos mais a parte física no Brasil e os treinamentos pra descer em pista, só aqui. Aqui para St. Moritz estou bem confiante e, se Deus quiser, vamos atrás das medalhas”, diz Gustavo.

Gustavo, tem 17 anos e quando decidiu participar das provas seletivas no Brasil não sabia que seria para o Bobslead, esporte que se assemelha a um carro já que o piloto entra no trenó e dirige através de duas manoplas. “Na verdade teve um teste que eu não sabia que era para a seleção. Eu participei, saíram os resultados e eu passei na seletiva. Era um esporte que eu já conhecia pois eu moro em Marília onde tem dois atletas, a Sally Mayara e o Edson Martins. Então, eu já conhecia o Bobsled, mas eu não sabia que estava fazendo um teste para esta modalidade. É muito legal estar aqui em St.Moritz, eu não esperava, sinceramente e esta sendo muito bacana pra mim”, conta.

Gustavo dos Santos Ferreira, 17 anos, vai competir no bobslead nos Jogos Olímpicos da Juventude. Foto: Luciana Quaresma/RFI Brasil

Convivência faz parte da preparação

Felipe Braun, da Confederação Brasileira de Desportos no Gelo (CBDG), tem acompanhado de perto a evolução desses atletas e diz que o objetivo é que outros jovens se espelhem nestes meninos. “Eles já são o espelho de uma geração passada de atletas, principalmente falando da nossa Confederação de Desportos no Gelo. A gente já trouxe atletas de Bobsled e skeleton, então, eles são uma segunda geração que a gente está trazendo para essas Olimpíadas da Juventude e, com certeza, a gente espera que eles sejam um passo para que nas próximas olimpíadas, quem sabe, tenhamos dois atletas de cada modalidade, de cada naipe, pra crescer ainda mais a nossa delegação", diz.

A convivência com os atletas é um dos pontos destacados por Felipe. "É muito bacana fazer parte disso porque a gente os conhece bem eles, convive com eles em viagens. Na última viagem, passamos mais de um mês juntos, morando na mesma casa. A gente começa a conhecer a história de cada um, vê o quão importante está sendo pro crescimento de cada um deles estar participando e tendo esta vivência internacional. A gente sabe que a vida de atleta acaba sendo curta. Então, ter experiencia é muito importante para eles e é muito bom estar podendo ajudar”, ressalta.

Início dos treinamentos

Os três atletas começam os treinamentos em St. Moritz este fim de semana e estão confiantes na medalha. “Tivemos que participar de eventos para nos classificarmos para esta Olimpíada. Eu posso dizer que estou realmente feliz por estar aqui, mas não o suficiente. Ainda falta aquele fundo do copo de querer ganhar uma medalha, de ser o melhor daqui! Isto na verdade é o meu sonho de poder estar aqui e não só representar o Brasil, mas representar também a minha família, o meu técnico, que me ensinou tudo para chegar até aqui porque foram eles que me ajudaram”, diz Lucas.

“Sempre acreditar no sonho. Se você tem vontade, nada é impossível! afirma Larissa. “Minha expectativa está boa, estou bem confiante e se Deus quiser vamos atrás das medalhas”, afirma Gustavo.

Os Jogos Olímpicos de Inverno da Juventude na Suíça tiveram abertura no dia 9, em Lausanne, e terminam em 22 de janeiro.

Quais brasileiros representam o Brasil nos Jogos de Inverno?

Conheça os atletas que vão representar o Brasil nas Olimpíadas de Inverno 2022:.
Edson Bindilatti (bobsled).
Edson Martins (bobsled).
Eduarda Ribera (esqui cross-country).
Erick Vianna (bobsled).
Jaqueline Mourão (esqui cross-country).
Jefferson Sabino (bobsled).
Manex Silva (esqui cross-country).
Michel Macedo (esqui alpino).

Quem vai representar o Brasil nas Olimpíadas de Inverno?

No Brasil, o esporte é representado por Edson Bindilatti, Edson Martins, Erick Vianna, Jefferson Sabino e Rafael Souza. Esta será a quinta edição das Olimpíadas de Inverno disputada por Bindilatti, um brasileiros com mais longevidade na competição.

Tem brasileiro nas Olimpíadas de Inverno?

O Brasil contou com 11 atletas competindo nos Jogos Olímpicos de Inverno Beijing 2022. A primeira atleta em ação foi Sabrina Cass, no moguls do esqui estilo livre, no dia 3 de fevereiro, e a seleção masculina de bobsled encerrou a participação brasileira em 20 de fevereiro.

Quantos brasileiros estão participando das Olimpíadas de Inverno?

Dos 11 brasileiros, seis são dos esportes de gelo (skeleton e bobsled) e cinco dos de neve (esqui alpino, esqui estilo livre e esqui cross-country). Vamos a eles.

Toplist

Última postagem

Tag