Quais fatores explicam a conquista espanhola sobre as civilizações pré colombianas

Durante a conquista espanhola no México, iniciada em 1519 por Cortés, a superioridade tecnológica dos europeus era amplamente compensada pela superioridade numérica dos indígenas e muitos truques foram inventados para atrapalhar o deslocamento dos cavalos: os indígenas acostumaram-se a cavar fossas profundas nas quais espetavam paus em que as montarias eram empaladas. Mais tarde, em 1521, canoas "encouraçadas" resistiriam às armas de fogo. A tática indígena evoluiu e adaptou-se às práticas do adversário: os mexicas, contrariamente ao costume, armaram ataques noturnos ou em terreno coberto. Por outro lado, se as epidemias de varíola já estavam dizimando as tropas de México-Tenochtitlan, também não poupavam os índios de Tlaxcala ou de Texcoco, que apoiavam os espanhóis.

(Adaptado de Carmen Bernand e Serge Gruzinski, História do Novo Mundo. São Paulo: Edusp, 1997, p. 351.)

a) Identifique uma estratégia utilizada por espanhóis e outra pelos indígenas durante as disputas pelo domínio do México.

b) Explique por que houve acentuada queda demográfica entre as populações indígenas nas primeiras décadas após a conquista espanhola.

Respostas

a) O aluno poderia partir do próprio texto para identificar algumas dessas estratégias. No caso dos índios, poderia citar as táticas de cavar fossas para impedir o avanço dos cavalos, o fortalecimento dos cascos das canoas para resistir às armas de fogo, além da preparação de ataques noturnos ou em áreas cobertas que fugiam às suas práticas rituais. Do lado espanhol, poderia indicar a varíola, que acabou servindo aos espanhóis como arma biológica, uma vez que o sistema imunológico dos índios não estava preparado para resistir a esta doença. Apesar de ser um tema polêmico na historiografia, os autores do texto ainda citam a superioridade bélica espanhola como um elemento de vantagem para estes. Como a questão não limita a resposta ao texto dado, o aluno poderia ainda citar o domínio cultural das tradições nativas, o uso da mentira, e as alianças com grupos indígenas locais contra os dominadores mexicas como estratégias dos conquistadores espanhóis.

b) Logo após a conquista espanhola, houve um processo de colonização empreendido pela metrópole que provocou o deslocamento forçado de contingentes indígenas entre diferentes regiões, acompanhado da exploração extensiva desta mão-de-obra por meio da mita e da encomienda. A mineração e a exploração agrícola baseada no modelo de plantation, em conjunto com estes deslocamentos, desestruturaram toda a produção agrícola das civilizações pré-colombianas, provocando a fome e a morte de milhares de indivíduos. A imigração intensiva de colonos espanhóis contribuiu para dizimar aldeias inteiras pela disseminação de doenças típicas europeias, do mesmo modo que a constante desconstrução dos símbolos religiosos e tradicionais indígenas ampliou os índices de suicídio nas aldeias. Por fim, não devemos esquecer que a resistência indígena materializada em combates diretos também provocou a morte de milhares de índios.

A conquista dos astecas aconteceu entre 1519 e 1521 e foi um dos episódios da invasão e colonização da América pelos espanhóis. O grande Império Asteca havia sido construído por povos mesoamericanos a partir do século XIV. Com a conquista deles, os espanhóis iniciaram a colonização da região que hoje corresponde ao México.

Expedição de Hernán Cortés

A conquista do Império Asteca foi liderada pelo espanhol Hernán Cortés. A partir de um empréstimo, Cortés organizou uma expedição com 500 homens, que partiram em onze embarcações na direção da Península do Iucatã (atual México). Ao chegar a essa localidade, o explorador espanhol e seus homens instalaram-se nas proximidades de Cempoala, uma cidade habitada pelos totonacas.

Ao estabelecerem-se nessa região, os espanhóis passaram a receber uma série de emissários dos indígenas interessados e curiosos em conhecer os forasteiros. Entre eles, estavam os emissários astecas enviados pelo imperador Montezuma. O contato entre indígenas e espanhóis era intermediado por Malinche, uma indígena do povo nahua que, além do espanhol, falava também o idioma dos astecas, chamado nahuatl.

Os contatos iniciais entre Cortés e os emissários astecas foram pacíficos, e houve muita troca de presentes entre as partes. Durante as conversas, Cortés havia transparecido suas intenções de conhecer pessoalmente Montezuma em sua cidade, mas os emissários astecas informaram que o imperador não tinha interesse em deixá-los entrar em Tenochtitlán.

Marcha rumo a Tenochtitlán

O primeiro grande passo dado por Cortés foi perceber a balança da estrutura de poder existente na região e usar a diplomacia para desequilibrá-la a seu favor. Ele percebeu que o poder dos astecas era baseado no controle militar e que inúmeros povos subjugados eram obrigados a pagar pesados impostos. Cortés, então, passou a usar esses povos como seus aliados contra os astecas.

O primeiro povo que se aliou aos espanhóis foi o totonaca. Cortés convenceu-o de que a aliança com os espanhóis oferecia a vantagem de não haver mais obrigação de pagar os impostos que eram pagos aos astecas. Após garantir o apoio dos totonacas, Cortés fundou uma cidade na região (Veracruz) e, juntamente de guerreiros totonacas, iniciou uma marcha pelo vale do México.

Durante essa marcha, as forças de Cortés entraram em guerra com os tlaxcaltecas. Esse povo não havia sido conquistado pelos astecas, porém, era constantemente atacado por eles, que aprisionam seus guerreiros para sacrifícios aos deuses nos rituais religiosos. Os tlaxcaltecas foram derrotados pelos espanhóis auxiliados pelos totonacas e, após isso, tornaram-se grandes aliados dos espanhóis na luta contra os astecas.

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Em seguida, Cortés e seus homens dirigiram-se para a cidade asteca de Cholula. A presença dos espanhóis gerou um tumulto que acabou resultando em um grande massacre de indígenas. Os relatos contam que os espanhóis mataram grande quantidade de astecas no templo religioso de Cholula. Isso ficou conhecido como Massacre de Cholula.

Por fim, os espanhóis foram autorizados por Montezuma a entrar na cidade de Tenochtitlán, o que se concretizou em 3 de novembro de 1519. Os relatos dos espanhóis retrataram o seu encantamento diante da grandiosidade da capital asteca, a qual possuía ao menos 200 mil habitantes e muito provavelmente era maior que qualquer cidade europeia da época.

La Noche Triste e a conquista de Tenochtitlán

Quando entraram em Tenochtitlán, os espanhóis foram recebidos pelo imperador Montezuma de maneira amistosa. No entanto, em um golpe de ousadia, Cortés sequestrou o imperador, fazendo dele seu refém. Em seguida, o conquistador espanhol precisou abandonar Tenochtitlán para resolver questões urgentes em Veracruz e deixou Montezuma na posse de seus homens.

Ao retornar a Tenochtitlán, Cortés encontrou a cidade rebelada e as forças astecas organizadas e prontas para atacar os espanhóis que lá estavam. A rebelião asteca forçou os espanhóis a fugirem de Tenochtitlán. Durante a confusão, o imperador Montezuma supostamente foi morto após ser apedrejado acidentalmente no crânio.

A fuga dos espanhóis terminou em desastre, pois foram atacados por guerreiros astecas, o que resultou em muitos mortos. Pelo menos metade dos homens de Cortés morreu nessa retirada, que ficou conhecida como La Noche Triste (“A Noite Triste” em português), acontecida na virada de 30 de junho para 1º de julho de 1520. Então, Cortés retornou a Veracruz para reorganizar suas forças para retomr a cidade.

Contudo, Cortés só conseguiu reorganizar totalmente suas forças em 1521, quando formou um exército gigantesco que contava com milhares de guerreiros tlaxcaltecas. Além disso, ele construiu inúmeras embarcações para cercar Tenochtitlán (a capital asteca ficava em uma ilha no meio de um grande lago que atualmente não existe mais). Os relatos contavam de combates violentos acontecendo nas ruas de Tenochtitlán.

O resultado do cerco a Tenochtitlán foi a vitória espanhola. O novo imperador, que se chamava Cuahtemoc, foi feito prisioneiro e, a partir disso, os espanhóis passaram para a conquista das outras cidades menores controlada pelos astecas. Com a conquista desse povo, os espanhóis estabeleceram na região o Vice-Reino da Nova Espanha, que foi inicialmente administrado pelo próprio Cortés.

Quais principais os principais fatores da conquista espanhola?

A conquista da América espanhola ocorreu, principalmente, por meio da violência, o que foi bastante ressaltado em relatos da época. Os contatos iniciais amigáveis logo foram superados pela ambição do espanhol de conquistar e explorar, principalmente à procura de metais preciosos.

Como os espanhóis conquistaram os povos pré

Contando com armas de fogo, canhões e cavalos os espanhóis conseguiram se sobressair mediante a simplicidade das armas dos índios americanos. Paralelamente, o projeto religioso patrocinado pelos espanhóis também contribui enormemente na dominação dos índios.

Quais fatores explicam a conquista espanhola Brainly?

Resposta.
A chegada de Colombo em 1942;.
A criação do tratado de Tordesilhas como um gatilho para as conquistas;.
Aliança dos inimigos incas e astecas com os espanhóis;.
Uso extremo de violência dizimando os povos a partir da superioridade em armas;.

Quais foram os fatores que facilitaram a conquista espanhola e portuguesa na América?

Resposta. -Superioridade bélica. (Os povos nativos não conheciam a pólvora, armas de fogo e nem os cavalos,o que deu vantagem para os espanhóis). -Doenças trazidas pelos espanhóis.