Quais inovações técnicas contribuíram para as Grandes Navegações?

Grandes navegações: saiba tudo sobre esse período

  • Grandes navegações: principais características
    • Negócio lucrativo
  • Grandes navegações portuguesas
  • Grandes navegações espanholas
  • Objetivo das grandes navegações
  • Mapa das grandes navegações
  • Grandes navegações: principais consequências
  • Grandes navegações: resumo

Entenda os pontos mais importantes desse período

As grandes navegações representaram uma das maiores aventuras da humanidade, talvez sendo superadas, apenas, pelo desafio atual da conquista espacial.

Além disso, para nós brasileiros, algumas questões sobre as grandes navegações são um verdadeiro mistério. Como por exemplo, entender por que Portugal foi o pioneiro nas grandes navegações, possibilitado pela Expansão Marítima.

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Para esclarecer de vez esta e outras questões, vamos pintar um quadro geral desta grande obra humana, passando pelos seguintes tópicos:

  • O que foram as grandes navegações;
  • Grandes navegações portuguesas;
  • Grandes navegações espanholas;
  • Objetivo das grandes navegações;
  • Mapa das grandes navegações;
  • Consequências das grandes navegações;
  • Grandes navegações: resumo

Depois de ver todos estes itens, certamente você estará afiado para falar sobre o assunto com tranquilidade. Vamos lá?

Grandes navegações: principais características

No século XV (os anos 1400), a Europa começava a se reerguer economicamente, após séculos de divisões, guerras e impasses políticos durante a Idade Média.

A cultura e a ciência floresciam, sendo que uma das áreas mais privilegiadas deste desenvolvimento foi a de técnicas de navegação.

Novos tipos de embarcações e a invenção ou descoberta de instrumentos usados nas grandes navegações permitiram aos europeus se aventurarem pelos oceanos.

Negócio lucrativo

Aos poucos, estas iniciativas se tornaram grandes negócios, financiados tanto por burgueses e banqueiros, quanto pelos Estados.

Os riscos eram altos, mas as recompensas também. Principalmente, porque as rotas comerciais mais lucrativas da Europa eram as que levavam à Índia e ao extremo oriente.

Como essas rotas eram dominadas por mercadores da península itálica, a maioria dos Estados tentava encontrar formas de contornar aquele monopólio.

Isto fundamentou os investimentos na exploração dos oceanos, com duas esperanças muito claras:

  • Descobrir novas rotas comerciais para a Índia e extremo oriente;
  • Descobrir outras terras e fontes de riquezas no além-mar.

E quando Cristóvão Colombo descobriu o novo mundo, em 1492, as esperanças se fortaleceram e o espírito explorador europeu dominou os próximos séculos.

Grande parte do globo terrestre foi “descoberto” neste período das grandes navegações, com o mapa mundial ficando mais parecido com o que conhecemos hoje.

Grandes navegações portuguesas

Quais inovações técnicas contribuíram para as Grandes Navegações?

Hoje, tomamos Portugal como um país pequeno, sem grande influência ou importância na geopolítica mundial. Durante as grandes navegações, entretanto, o país possuía uma das maiores e mais bem equipadas frotas da Europa.

A caravela portuguesa da época das grandes navegações era uma embarcação frágil, mas fácil de se construir e bastante versátil.

Posteriormente, foi substituída por outros tipos mais resistentes de embarcações, mas no início, deu aos portugueses uma certa vantagem.

Por isso, ao longo do século XV, descobriram praticamente toda a costa africana, até que em 1498, Vasco da Gama chegou à Índia, contornando o continente africano.

Ou seja, o pioneirismo português deveu-se, em grande parte, a sua capacidade técnica e científica, que como sabemos, ainda resultaria na descoberta do Brasil em 1500.

Além disso, há outros fatores que costumam ser apontados como responsáveis pelo pioneirismo dos portugueses, que poderíamos resumir assim:

  • Tradição marítima pela localização geográfica do país;
  • Ter sido um dos primeiros Estados a se consolidar na Europa;
  • Apoio da Igreja Católica, com o objetivo de espalhar o cristianismo.

Grandes navegações espanholas

A Espanha iniciou suas explorações apenas no final do século XV, mas de certa forma, teve sorte, porque uma das suas primeiras expedições foi justamente a de Cristóvão Colombo.

Daquele momento em diante, seus esforços se concentraram na exploração das rotas do novo mundo, cujos grandes marcos foram:

  • 1492 – Chegada de Colombo ao Novo Mundo (imaginando se tratar da Índia);
  • 1504 – Expedição de Américo Vespúcio, indicando que a descoberta de Colombo era um novo continente;
  • 1513 – Expedição de Nunes Balboa, atravessando o novo continente e descobrindo o oceano pacífico, confirmando que se tratava de um novo continente;
  • 1522 – Fernão de Magalhães faz a primeira viagem ao redor do mundo.

Objetivo das grandes navegações

No início do século XVI, com os portugueses e espanhóis abrindo novas rotas marítimas e descobrindo o Novo Mundo, outros países da Europa se lançam ao mar.

Além disso, os objetivos das grandes navegações também se tornam mais variados, conforme os interesses de cada Estado.

Inglaterra, França, Países Baixos e outros Estados passavam a competir com os pioneiros e, assim, os interesses aumentavam.

Podemos resumir os principais objetivos desta forma:

  • Fundar colônias e expandir territórios;
  • Estabelecer entrepostos comerciais nas principais rotas marítimas;
  • Encontrar fontes de recursos naturais, principalmente ouro e prata;
  • Lucrar com o comércio de escravos (século XVI em diante);
  • Difundir a fé cristã pelo mundo.

Mapa das grandes navegações

Quais inovações técnicas contribuíram para as Grandes Navegações?

A imagem acima é uma reprodução de um dos muitos mapas produzidos no período das grandes navegações.

Se você reparar bem, perceberá que a Austrália ainda não aparece no mapa e a América do Norte também não estava completamente “descoberta”.

Isso acontecia por dois motivos principais:

  • Primeiro, porque as explorações eram orientadas pelo estabelecimento de rotas comerciais, visando lucro;
  • Segundo, porque o processo de descoberta em si era lento, com muitas expedições se perdendo em tempestades e acidentes.

Por estes motivos, as grandes navegações se estenderam até o século XVII (anos 1600), com a descoberta do último continente: a Oceania.

Grandes navegações: principais consequências

A esta altura você já deve saber, mas as grandes navegações representaram um salto na história da humanidade.

Como sempre, isso significou uma série de mudanças em muitas sociedades ao redor do mundo, com o estabelecimento do contato europeu.

Portanto, a lista de consequências é longa, mas podemos resumir alguns pontos principais:

  • Descoberta da América e início do sistema colonial;
  • Estabelecimento do comércio de escravos africanos;
  • Criação de novas rotas comerciais;
  • Expansão política e militar das nações europeias.

Todas estas mudanças ainda se somam a várias outras, mais localizadas, como por exemplo, o lento extermínio das populações indígenas da América.

Resumindo, o próprio mundo contemporâneo, para o bem e para o mal, é fruto daquele período de intensa exploração e inovação europeia.

Grandes navegações: resumo

Para encerrar este artigo, vamos pontuar as principais etapas e descobertas das grandes navegações, em ordem cronológica:

  • 1415 – Marco inicial da navegação pela costa africana, com a tomada de Ceuta (Marrocos), pelos portugueses;
  • 1487 – Bartolomeu Dias contorna o continente africano pela primeira vez;
  • 1492 – Colombo chega ao Caribe, depois confirmado como sendo a América;
  • 1498 – Vasco da Gama chega à Índia;
  • 1519 a 1522 – Fernão de Magalhães faz a primeira navegação ao redor do mundo;
  • Décadas de 1540 a 1560 – Novas rotas comerciais com a chegada ao Japão;
  • Décadas de 1600 a 1640 – Descoberta da Oceania pelos holandeses.

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Quais inovações técnicas contribuíram para as Grandes Navegações?