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Maria Eduarda Paula Gomes
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16/06/2015 10:42
A opressão secular e o colonial fascismo português acabaria por obrigar o Povo moçambicano a pegar em armas e lutar pela independência.
A luta de libertação Nacional, foi dirigida pela FRELIMO (Frente de Libertação de Moçambique).
Esta organização, foi fundada em 1962 através da fusão de 3 movimentos constituído no exilo, nomeadamente, a UDENAMO (União Nacional Democrática de Moçambique), MANU (Mozambique African National Union) e a UNAMI (União Nacional de Moçambique Independente).
Dirigida por Eduardo Chivambo Mondlane, a FRELIMO iniciou com a luta de libertação Nacional a 25 de Setembro de 1964 no posto administrativo de Chai na província de Cabo Delgado. O primeiro presidente da FRELIMO, Eduardo Mondlane, acabaria por morrer assassinado a 3 de Fevereiro de 1969.
A ele sucedeu Samora Moisés Machel que proclamou a independência do País a 25 de junho de 1975. Machel que acabou morrendo num acidente aéreo em M'buzini, vizinha África do Sul acabou sendo sucedido por Joaquim Alberto Chissano, que por sua vez foi substituido pelo actual Presidente Armando Emílio Guebuza.
A partir do início dos anos 80, o País viveu um conflito armado dirigido pela RENAMO (Resistência Nacional de Moçambique).
O conflito que ceifou muitas vidas e destruiu muitas infra-estruturas económicas só terminaria em 1992 com a assinatura dos Acordos Gerais de Paz entre a o Governo da FRELIMO e a RENAMO.
Em 1994 o País realizou as suas primeiras eleições multipartidárias ganhas pela FRELIMO que voltou a ganhar as segundas e terceira realizadas em 2000 e 2004.
A decisão do líder da Renamo, Ossufo Momade, consta de um despacho datado de sexta-feira, a que a Lusa teve hoje acesso.
A exoneração surge a par de outras alterações no elenco do partido, numa altura em que o líder da Renamo se prepara para falar aos militantes sobre a "revitalização" da estrutura, num encontro de quadros marcado para segunda-feira, em Maputo.
Moçambique tem eleições gerais marcadas para 15 de outubro, as primeiras em que os governadores provinciais vão ser eleitos, resultado de acordos estabelecidos entre o Governo e o principal partido da oposição, que aspira assim a ter acesso ao poder nalgumas regiões.
O despacho que formaliza a saída de Manuel Bissopo não explica as motivações da decisão, nem indica outra pessoa para as funções.
Bissopo ocupava o lugar de secretário-geral desde 2012 e foi candidato derrotado à presidência da Renamo no 6.º Congresso do partido, realizado em janeiro, e que reconduziu Ossufo Momade - líder interino anunciado dois dias depois da morte do histórico presidente Afonso Dhlakama, a 03 de maio de 2018.
Num outro despacho, disse a mesma fonte à Lusa, Ossufo Momade exonerou igualmente o chefe do Estado-maior e outros três oficiais do braço armado do partido, que foram transferidos da base da Gorongosa para antigas bases nas províncias de Manica e Tete.
Desde que foi eleito presidente da Renamo, Ossufo Momade já afastou cinco delegados provinciais em Tete, Manica e Sofala (centro), Gaza (sul) e Cabo Delegado (norte).
Foram também exonerados os delegados distritais da Ilha de Moçambique (Nampula) e da cidade da Beira (Sofala).
Na cidade da Beira, diversos militantes boicotaram uma conferência provincial, na última semana, para empossamento de novos órgãos indicados pelo presidente do partido, tendo eleito órgãos paralelos.
Líder da Resistência Nacional Moçambicana exonera secretário-geral e outros dirigentes do partido