Libertinagem é uma palavra proveniente do francês “libertinagem” e significa devassidão e caracteriza alguém que vive como um libertino. Muitos veem a libertinagem como oposto da liberdade, podendo ser manifestar de várias formas. Uma pessoa libertina pode ser vulgar, incoerente, sem noção, sem moral e devassa, que gosta de sexo apelativo, sem pudor. A
liberdade trata-se do direito de ser livre, de se mover, de se comportar, de falar, de pensar, de se vestir, de acordo com sua vontade. Na filosofia, a liberdade representa nada mais que autonomia, independência e a espontaneidade de cada pessoa. Pelo fato de liberdade e libertinagem serem conceitos próximos, acaba por confundir
muitas pessoas. Mas o fato é que os ambos são importantes no processo de tomada de decisão de cada ser, e responsáveis por revelar atitudes de diferentes indivíduos. A libertinagem é proveniente do uso incorreto da liberdade, pois demonstra um ser irresponsável, que pode vir a prejudicar não somente a si mesmo, mas também outras pessoas. Uma pessoa libertina pode tomar ações sem se importar com as consequências que suas ações podem gerar. De forma
geral, a libertinagem pode ser representada como a ausência de regras. Por exemplo, uma pessoa que consome bebidas alcoólicas e depois sai dirigindo, essa é uma forma clássica de demonstrar alguém que age totalmente como um libertino. A frase do filósofo inglês Herbert Spense, diz o seguinte: “A liberdade de cada pessoa acaba onde começa a liberdade do próximo”. Essa frase representa o respeito que cada ser humano
deve possuir pelo próximo junto a sua liberdade e direitos. Já na bíblia, a liberdade é relacionada à libertinagem na seguinte passagem em Coríntios l, capítulo 6 e versículo 12, que diz o seguinte: “ Tudo é permitido, mas não serei dominado por coisa alguma”. Essas palavras mostram que a todos é dado a liberdade para fazer qualquer coisa, mas nem tudo que pode ser feito é correto. Quando uma pessoa toma
atitudes libertinas, ela assume uma atitude oposta ao que tem bom brio. Significado de Liberdade e Libertinagem
O que é liberdade:
Liberdade relacionada à libertinagem
Na bíblia:
Pela confusão que muitas pessoas fazem a esse respeito, eis que surge a seguinte frase: “Se sou livre para fazer tudo que desejo, então nada ou ninguém poderá me deter”.
Uma pessoa libertina é caracterizada pelo comportamento egocêntrico, rebelde, embrutecido e principalmente é uma pessoa totalmente refém de seus desejos e pensamentos mais insanos, e justamente por isso a libertinagem em sua grande maioria causa tantos desastres.
A libertinagem transforma o ser humano em um escravo e mutila a essência das boas atitudes, enquanto que a liberdade apenas torna alguém capacitado a ter convivência saudável com os demais.
Na escola:
Estando com o conceito de liberdade e libertinagem bem claro na sua mente, pode perceber que a liberdade incondicional se liga a vários fatores, como respeito ao próximo, as regras, a convivência e etc.
Enquanto que o outro diz respeito justamente ao contrário, a libertinagem não se preocupa com consequências ou qualquer coisa que possa vir a prejudicar o próximo
Quando ambos conceitos são aplicados na escola onde há convivência de inúmeras pessoas de diferentes ideias, crenças e valores, é normal que se hajam conflitos por defesa de cada liberdade individual. Porém, é nesse ambiente que se aprende a respeitar regras de convivência.
A maior aspiração do ser humano é a liberdade seguida de felicidade. E isso é consequência natural de termos sido criados à imagem e semelhança de Deus (cf. Gen 1,26), para participar de sua vida bem-aventurada. Deus pôs em nós uma sede infinita, a fim de que somente n’Ele ela pudesse ser saciada. Santo Agostinho (354-430), depois de buscar a felicidade nos prazeres do mundo, na retórica e oratória, no maniqueísmo e em tantas outras
estripulias, somente saciou seu coração quando encontrou o Evangelho. Mais adiante, lamentou ter demorado tanto para ter descoberto a verdadeira fonte da felicidade: “Ó Jesus Cristo, amável Senhor, por que, em toda a minha vida amei, por que desejei outra coisa senão Vós?”.
O Criador não quis para nós uma felicidade pequena, essa que se encontra entre as coisas do mundo: o prazer dos sentidos, o delírio das riquezas ou o fascínio do poder e do prestígio. Tudo isso é ilusão porque o que está abaixo de nós não pode satisfazer nossa alma. Isso é muito pouco para nós! Deus quis que a nossa felicidade fosse muito maior, quis que nossa felicidade fosse Ele próprio. Esse é um grande ato de amor do Pai para conosco. O Pai sempre quer o melhor para o filho.
Foto: Wesley Almeida/cancaonova.com
Liberdade ou libertinagem?
É preciso distinguir entre liberdade e libertinagem, entre ser livre e ser libertino. Liberdade, sem compromisso com a verdade e com a responsabilidade, torna-se libertinagem; e essa jamais poderá gerar felicidade, já que vai desembocar no pecado. E “o salário do pecado é a morte” (Rom 6,23).
Ser livre não é fazer tudo o que se quer. Não! Muitas vezes, isso é loucura. A verdade é o trilho da verdadeira liberdade, e essa, sem verdade, é loucura. Será liberdade assegurar que dois mais dois são cinco? Será liberdade desrespeitar o manual do seu aparelho de TV e, em vez de ligá-lo em uma tomada de 127 volts, como alerta o manual, você teimar em ligá-lo em outra de 220 volts?
Será liberdade, por exemplo, usar drogas para se sentir livre, mesmo destruindo a vida?
Da mesma forma, será liberdade usar o sexo sem o compromisso do casamento apenas por prazer, mesmo sabendo que ele poderá gerar uma gravidez despreparada, um aborto, um adultério? Não! Tudo isso não é liberdade, mas sim loucura!
A liberdade é alicerçada na responsabilidade
Liberdade não pode ser confundida com libertinagem. Posso dar socos no ar à vontade, mas sem atingir o nariz do meu irmão. Pregar a liberdade de expressão, sem respeitar os direitos dos outros, equivale à perversão intelectual e a volta à barbárie.
A liberdade de expressão não dá o direito a alguém de ofender ou ridicularizar o pai ou a mãe dos outros. Defender a liberdade absoluta de expressão é, muitas vezes, uma forma de corporativismo doentio, de uma mídia, às vezes, mal formada, sem princípios éticos, que mascara a truculência e o arbítrio, e se esconde atrás de uma interpretação maldosa da lei.
A liberdade, que faz a felicidade, é alicerçada na verdade e na responsabilidade. Fora disso é loucura, libertinagem, irresponsabilidade, é pecado que vai gerar a dor, sofrimento e lágrimas. Não queira experimentá-la. É muito melhor aprender com o erro dos outros. Abra os olhos e tenha coragem de ver!
Ser livre ou ser libertino?
Experimente, hoje, dar a um jovem tudo o que ele quiser: dinheiro à vontade, prazer até não poder mais, curtição de toda natureza, e você verá que a sua fome de felicidade continuará insaciada. Não fosse isso verdade, não teríamos tantos jovens de famílias ricas, mas delinquentes, envolvidos com drogas, crimes etc. Por outro lado, vá a um mosteiro e pergunte a um monge, que abdicou de todos os prazeres do corpo e do espírito, para abraçar somente a Deus, se lhe falta algo para ser feliz. A resposta será não! Nada lhe falta para ser feliz.
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A liberdade só atinge a perfeição quando está ordenada para Deus, seu bem último. Quanto mais praticar o bem e a virtude, tanto mais livre a pessoa será. Enquanto as paixões nos dominarem, não seremos livres nem felizes. Enquanto o espírito do homem for escravo da sua carne e da sua sensibilidade, esse ainda não será livre, e ainda viverá se arrastando pela vida.
“Não vos conformeis com este mundo”
No tempo de Carnaval, parece que se oficializou a prática do pecado, a liberação de todo vício e de todos os mais baixos instintos. Pobre criatura humana ferida pelo pecado original! Mergulha na lama mais fétida, achando que sairá dela perfumada.
O pior de tudo é quando as autoridades constituídas, que deveriam primar pelo bom senso, pelo pudor, equilíbrio entre outros, agem ao contrário disso e fomentam a imoralidade e a depravação, distribuindo fartamente a camisinha e a pílula do dia seguinte, para que haja “sexo seguro”.
O cristão que vive segundo a lei de Cristo sabe que tudo isso é mau e aumenta o sofrimento e a escravidão da pessoa; por isso, não compactua com essa situação.
“Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso espírito, para que possais discernir qual é a vontade de Deus, o que é bom, o que lhe agrada e o que é perfeito” (Rm 12,2).