Publicado em 30 de setembro de 2019 às 09:37
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Quando chegamos na farmácia, somos surpreendidos com uma gama de opções de escolha para o mesmo medicamento. Mas qual é a diferença entre eles e qual devemos escolher? Nesta segunda-feira (30), no Consultório CBN o comentarista Michel Assbu explica a diferença entre um medicamento de referência, similar e um genérico.
Consultório CBN - Michel Assbú - 30-09-19
MAIS INFORMAÇÕES:
[Fonte: CRF]
Medicamento de Referência: Medicamento inovador registrado no órgão federal responsável pela vigilância sanitária e comercializado no País, cuja eficácia, segurança e qualidade foram comprovadas cientificamente junto ao órgão federal competente, por ocasião do registro. A eficácia e a segurança do medicamento de referência são comprovadas por estudos clínicos.
Medicamento Similar: Contém o mesmo ou os mesmos princípios ativos, apresenta mesma concentração, forma farmacêutica, via de administração, posologia e indicação terapêutica. Desde 2003 passou a comprovar a equivalência com o medicamento de referência registrado na Anvisa. O medicamento similar possui nome comercial ou marca, enquanto o genérico possui a denominação genérica do princípio ativo, não possuindo nome comercial.
Medicamento Genérico: O medicamento genérico é aquele que contém o mesmo princípio ativo, na mesma concentração, forma farmacêutica, via de administração, posologia e com a mesma indicação terapêutica do medicamento de referência. O genérico já é intercambiável pela norma atual.
OBS.: Para ser intercambiável, ou seja, substituível, o medicamento deve apresentar um dos três testes: bioequivalência (no caso dos genéricos); biodisponibilidade (para os similares); e bioisenção, quando não se aplicam a nenhum dos dois casos anteriores. O objetivo das três análises é comprovar a igualdade dos produtos.
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Remédio de marca é um medicamento inovador, inédito no mercado, genérico é um clone perfeito do remédio de marca e similar é uma cópia “aproximada” desse medicamento. Vamos explicar essas diferenças dando uma idéia de como se inventa uma nova droga. Para criar um remédio de marca, é preciso descobrir um princípio ativo, ou seja, uma substância química que seja capaz de curar uma doença. É um trabalho duro, que pode levar décadas e torrar milhões de
dólares em pesquisa. Para compensar a ralação, a lei de patentes do Brasil garante que o laboratório que cria um novo remédio possa recuperar seu investimento vendendo a invenção sem concorrentes, por até 20 anos. Quando esse prazo acaba, outros laboratórios podem copiar o princípio ativo da droga para lançar uma cópia exata, o genérico. Mas isso não basta: antes de chegar às prateleiras, um genérico precisa ser aprovado por testes de equivalência farmacêutica e de bioequivalência, que vão medir
se ele funciona no corpo humano igualzinho à droga inovadora. É nessa parte da história que entram os similares: eles também são cópias dos remédios de marca, só que eles agem de uma forma um pouco diferente no organismo. Por isso, eles não foram aprovados pelos tais testes farmacêuticos. Como é possível que eles estejam nas prateleiras? Seguinte: até 1996, o Brasil não tinha uma lei de patentes para proteger as drogas inovadoras. Aí, qualquer laboratório podia copiar o remédio de marca e tascar
na farmácia, na forma de similar. A vantagem é que eles são mais baratos (e muitos deles são confiáveis), mas vale perguntar para o seu médico se ele recomenda o similar que você está pensando em levar. Na farmacinha ao lado, a gente aprofunda a distinção entre esses três tipos de droga, explicamos o que significam os nomes na caixa dos remédios e mostramos as diferenças entre os tipos de tarja. Na caixa Dosagem Nome fantasia Princípio ativo Informação Adicional Forma farmacêutica Tipo de receita Nome do laboratório Original, clone e xerox Remédio de marca É o medicamento inovador, criado a partir de alguma nova substância sintetizada em laboratório, o chamado princípio ativo. Para desenvolvê-lo, gastam-se décadas e milhões de dólares — por isso,
remédios de marca são protegidos por leis que garantem exclusividade nas farmácias por até 20 anos. Na embalagem, o remédio traz um nome inventado (o nome “fantasia”), o do princípio ativo e o da empresa que criou a fórmula Continua após a publicidade Genérico Indicado por uma tarja amarela na embalagem, é uma cópia fiel do remédio de marca: possui o mesmo princípio ativo (que, aliás, é o “nome” do genérico), a mesma dosagem, a mesma
forma farmacêutica e age de maneira idêntica no organismo. A vantagem é o preço, em média 40% mais baixo que o remédio de marca. Para certificar a semelhança, o genérico precisa passar por exames que comprovem a equivalência antes de chegar à prateleira Similar Também é uma cópia do medicamento de referência, mas não tão exata quanto o genérico. Como o similar não é aprovado pelos testes farmacêuticos de equivalência, não dá para considerá-lo um substituto perfeito
do remédio de marca. A caixa traz um nome fantasia, o do princípio ativo e o da empresa que copiou o medicamento. Apesar de ele ser barato, a dica é sempre perguntar para o seu médico se o similar que você quer comprar é confiável Aquarela farmacêutica Tarja preta Indica que o remédio tem alto risco de apresentar efeitos colaterais — o principal problema é a possibilidade de o
paciente se viciar. Usados geralmente para tratamento de problemas psíquicos, como depressão e esquizofrenia, os de tarja preta só podem ser vendidos com receita especial, que fica com o farmacêutico depois da compra Tarja vermelha com retenção de receita Mostra que o medicamento pode causar efeitos colaterais, embora não seja tão perigoso e tenha menor poder viciante que os de tarja preta. Entre os medicamentos desse tipo estão certos anabolizantes e antidepressivos
como o Prozac. Para comprá-los, também é preciso apresentar uma receita que fica na farmácia Taraja vermelha Significa que o remédio pode causar efeitos colaterais e só pode ser vendido com receita médica — mas não é preciso deixá-la com o farmacêutico porque, em tese, os de tarja vermelha não são tão perigosos quanto os de tarja preta. Na prática, muitas farmácias não exigem receita para vender esses remédios, aumentando o perigo da automedicação Sem
tarja Também conhecidos pela sigla OTC (do inglês over the counter, “em cima do balcão”), os remédios sem tarja podem ser vendidos sem receita médica porque têm efeitos colaterais mais amenos. De novo, o grande perigo é que o paciente exagere na dose ou resolva comprar remédios sem antes passar no médico
Embalagem traz sete informações
Só os genéricos são cópias idênticas dos de marca
Cor da tarja depende dos efeitos colaterais
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- INDÚSTRIA FARMACÊUTICA
- MEDICAMENTO GENÉRICO
- MEDICAMENTO SIMILAR
- Saúde
- SUBSTÂNCIA QUÍMICA
Qual a diferença entre remédio genérico, de marca e similar?
Remédio de marca é um medicamento inovador, inédito no mercado, genérico é um clone perfeito do remédio de marca e similar é uma cópia “aproximada” desse medicamento. Vamos explicar essas diferenças dando uma idéia de como se inventa uma nova droga. Para criar um remédio de marca, é preciso descobrir um princípio ativo, ou seja, […]
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