Qual a importância de preservar o patrimônio histórico e cultural?

As belezas naturais e culturais do Estado de Mato Grosso foram destaque na palestra “Patrimônio Cultural”, ministrada pelo Chefe da Sub-regional do Iphan de Mato Grosso, Cláudio Quoos Conte. A discussão aconteceu na manhã de hoje (19.09), durante a Literamérica 2006 - Feira Sul-Americana do Livro, no auditório dos Minerais do Centro de Eventos do Pantanal. Durante o debate, pode ser notado que o desejo de preservar a memória e a história do país é uma herança histórica e colonial. Porém este desejo só se tornou fato no século XX, mais precisamente no ano de 1937 com a criação do Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). No início o tombamento era ligado somente a monumentos, com o passar do tempo a abrangência se estendeu para o ofício da confecção de um determinado objeto, uma manifestação cultural, etc. Já que muito de nossa história foi se perdendo por causa de demolições e outras formas de destruição. O processo de preservação do patrimônio do Iphan é divido nas categorias cultural e natural. São os mais diversos patrimônios tombados ou registrados, dentre eles: centros históricos e culturais, sítios arqueológicos, o modo de confeccionar objetos, manifestações culturais etc. O Estado de Mato Grosso possui uma boa participação nos bens tombados nas áreas de Patrimônio Material e Imaterial e também temos bens reconhecidos pela Unesco.Além de esclarecer muitos questionamentos a palestra também serviu como uma espécie de “prestação de contas”, pois foi possível saber o andamento dos tombamentos no Estado, conhecer os bens já tombados e ainda os que serão estudados para passarem pelo processo de tombamento. Com o constante crescimento econômico é necessário que haja mais estudos e tombamentos para que não se perca a memória mato-grossense com a criação de estradas, surgimento de assentamentos, hidrelétricas etc. Segundo o palestrante, para que a memória de um povo não seja esquecida, é necessário que além das atividades de instituições como o Iphan, iniciativas do Ministério da Cultura, é necessário que municípios e estados criem legislações que permitam e apóiem a salvaguarda de seus bens. Cláudio Quoos encerrou a palestra dizendo que além dos governos, a população também pode colaborar no trabalho do tombamento dos bens. Basta informar a instituição sobre a localização e descrever o mesmo, assim facilita o trabalho e impede até mesmo a perda desse bem. Para apoiar esta iniciativa basta mandar um e-mail para o endereço eletrônico: [email protected] , ou ainda pelos telefones 33225-9904 e 3624-0399. Para conhecer os outros bens tombados do país basta entrar no site www.iphan.gov.br.

Preservar o Patrimônio Cultural Brasileiro não é apenas acumular conhecimento sobre o passado. É, fundamentalmente, planejar o futuro. O que se preserva hoje é aquilo o que nossos filhos e netos conhecerão amanhã. Os monumentos, as cidades históricas, as paisagens, as festas e as tradições são importantes heranças, porque compõem a identidade cultural e histórica, base sobre a qual se constrói uma Nação.

A globalização faz com que o novo revestido de moderno, contemporâneo e interessante seja muito valorizado. E no Brasil é perceptível que edifícios históricos e áreas centrais sofrem com o abandono e a desvalorização. Contudo, o patrimônio cultural é responsabilidade tanto do cidadão quanto do Estado. E nesse 17 de agosto, Dia Nacional do Patrimônio Histórico, celebramos, entre outros, a preservação dos nossos bens culturais brasileiros.

Segundo a Profa. Ma. Christiane Nicolau, de Arquitetura e Urbanismo do Unipê, a cidade continuará a crescer, se adensar e se modernizar, mas também deve continuar valorizando o patrimônio e a sua importância, como os edifícios históricos e o seu entorno. Assim, garantindo a sua manutenção, o abandono não marcaria o seu passado. “Edifícios antigos não são necessariamente velhos, eles podem ser o ‘baú do tesouro’ para as novas gerações e isso depende do valor e cuidado atribuído a eles”, compara.

Christiane cita a historiadora francesa das formas urbanas e arquitetônicas Françoise Choay para dizer que contra as forças sociais de destruição que ameaçam os edifícios antigos, eles têm como única proteção a paixão do saber e o amor pela arte.

Fazer as gerações de uma sociedade conhecer os seus caminhos percorridos é imprescindível. E isso possibilita formular um prognóstico que garante o rumo de cidades mais saudáveis, seguras e vivas, frisa Christiane. “Faz parte do Patrimônio material os Monumentos, perímetros urbanos e a paisagem do entorno que os envolvem. Já o Patrimônio imaterial tem relação com o produto humano, tais como danças, músicas, literatura”, diferencia. 

O monumento pode ser entendido como tudo o que for edificado por uma comunidade de indivíduos para rememorar ou fazer com que outras gerações de pessoas rememorem. Mas há diferenças entre monumento e monumento histórico. Um é criado com intenção, como o Cristo Redentor (RJ). “Já o Monumento Histórico só se constitui a posteriori em meio a uma série de edifícios, quando se destaca por sua forte identidade e valor entre a sociedade que o consome, por exemplo, o MASP (Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand – SP)”, explica.

Patrimônio Cultural no Brasil

A Carta Magna de 1988 concebe patrimônio cultural: bens de natureza material e imaterial, tomados em conjunto ou individualmente, que referenciam a identidade, a ação e a memória dos distintos grupos formadores de sua sociedade. “Ou seja, patrimônio cultural está diretamente relacionado em tempo e espaço com a identidade de uma sociedade, com a história de um povo e os rumos de expansão e crescimento urbano”, diz Christiane.

No entanto, a discussão sobre o que é Patrimônio Histórico e Cultural vem desde a Constituição de 1937. Criado nesse mesmo ano no país, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) reconhece e garante a proteção dos monumentos e áreas históricas a partir dos tombos e registros desses edifícios e paisagens que os envolvem. “O patrimônio é a herança que um povo carrega acerca da sua formação e vida”, ressalta a urbanista.

No Brasil, temos 14 Patrimônios Culturais da Humanidade, também tombados pela Unesco: Centro Histórico de Ouro Preto (MG); Centro Histórico de Olinda (PE); Ruínas de São Miguel das Missões (RS); Centro Histórico de Salvador (BA); Santuário de Bom Jesus de Matosinhos (MG); Brasília (DF); Parque Nacional Serra da Capivara (PI); Centro Histórico São Luís (MA); Centro Histórico de Diamantina (MG); Centro Histórico de Goiás (GO); Praça de São Francisco (SE); Paisagens Cariocas (RJ); Pampulha, em Belo Horizonte (MG); Cais do Valongo (RJ).

Qual a importância da preservação do patrimônio histórico e cultural?

A valorização do patrimônio histórico cultural é a valorização da identidade que molda as pessoas. Por isso, preservar as paisagens, as obras de arte, as festas populares, a culinária ou qualquer outro elemento cultural de um povo, é manter a identidade desse povo.

Qual a importância de preservar o patrimônio histórico?

O patrimônio histórico-cultural significa tudo aquilo que é produzido pela cultura de uma sociedade, tanto material quanto imaterialmente. Ele precisa ser preservado devido à sua grande importância científica e cultural, pois representa a riqueza cultural de um povo tanto para a comunidade quanto para a humanidade.

Como podemos proteger o patrimônio histórico e cultural?

A arquiteta e urbanista cita algumas ações que podem ajudar nesse sentido: facilitar e promover eventos, como feiras livres, esportes e atividades culturais são uma forma de estimular a diversidade e vitalidade nas áreas históricas.

Qual a importância da preservação do patrimônio cultural redação?

A preservação do património histórico e cultural proporcionam inúmeros benefícios para a população. Dentre tantos aspectos importantes, pode-se destacar valorização da identidade da região, bem como ...