Qual a mensagem da música a carne?

A extraordinária Elza Soares, que nos deixou recentemente, escreveu seu nome na história da MPB com muitas obras, dentre elas A Carne, um verdadeiro grito social que no seu refrão “A carne mais barata do mercado é a carne negra” retrata a realidade das pessoas negras no Brasil e até no mundo.

Qual a intenção da letra ao afirmar que A Carne mais barata do mercado é A Carne negra?

O Brechando acompanhou o protesto de perto e perguntamos: “Por que a carne mais barata do mercado é a carne negra?”, em alusão à uma música composta por Seu Jorge, que questiona o aumento dos assassinatos aos negros em comparação aos brancos.

Qual recado o autor da canção A Carne mais barata do mercado é a negra quis repassar?

A canção foi escrita em 2002 e, infelizmente, ainda retrata os horrores da opressão do sistema (racismo), na realidade dos negros brasileiros. Segundo o Atlas da Violência de junho de 2019, 75% das vitimas de homicídio no País são negras.

De quem é a música A Carne?

A Carne é uma canção de Moro no Brasil, álbum de estréia do grupo Farofa Carioca, a canção foi composta por Marcelo Yuka, Seu Jorge e Ulisses Cappelletti.

O que a cantora brasileira Elza Soares quer dizer quando afirma em sua música que A Carne mais barata do mercado é A Carne negra?

No ano de 2002, por exemplo, a cantora brasileira Elza Soares lançou o álbum “Do cóccix até o pescoço”, onde consta a interpretação da música “A carne”1, que versa sobre o racismo praticado contra a população afro-brasileira, considerada como “a carne mais barata do mercado”.

Qual a melhor carne para churrasco e mais barata?

8 carnes baratas para churrasco
Costela Bovina.Lombo suíno.Costela de porco.Cupim.Acém.Fraldinha.Frango.

Que mensagem a canção carne negra transmite?

Isso é muito importante, pois a gente passa a perceber que os episódios envolvendo racismo, na verdade não são isolados. Em 2002 Elza Soares lançou um disco chamado “Do Cóccix ao Pescoço” e uma das faixas, a música “A Carne” trata da questão do racismo no Brasil .

Qual a parte mais barata do boi?

A dica é focar nos cortes dianteiros, como acém e músculo, cuja média de preço é de R$ 30 o quilo. Bem mais acessíveis do que o quilo do filé mignon, a R$ 70.

Qual é A Carne mais cara do mundo?

A raça de boi wagyu veio do Japão e a sua carne é considerada a mais saborosa e mais cara do mundo.

Qual a música mais tocada de Elza Soares?

Se Acaso Você Chegasse. Composição de Lupicínio Rodrigues, o samba Se Acaso Você Chegasse ficou conhecido nas rádios pela voz de Elza Soares, na década de 1960. A Carne. Espumas ao Vento. Mulher do Fim do Mundo. Maria da Vila Matilde.

Que mensagem a canção A Carne transmite?

O verso de “A Carne”, música de Marcelo Yuka, Seu Jorge e Ulisses Capelletti, estourou nas rádios. E é usado, desde então, para denunciar o racismo e a violência enfrentados pelos negros no país.

Qual A Carne mais barata do Brasil?

O fígado (R$ 19 o quilo) e o músculo (R$ 33 o quilo) também são algumas das carnes bovinas mais baratas. Já no frango, ela indica coxa e sobrecoxa com média de R$ 13 o quilo. De carne suína, a aposta é no pernil, cerca de R$ 20 o quilo e de peixe, o bagre, cerca de R$ 19 o quilo.

Qual a mensagem que Elza Soares aborda e como podemos relacionar com a temática da questão Étnico-racial?

A autora indica que as questões das relações étnico-raciais se apresentam como uma demanda para atendimento de estudantes surdos, uma vez ser necessária a utilização de outras metodologias, como a representação teatral, para que elementos da identidade étnico-racial possam ser compreendidas pelos estudantes com surdez,

O que Elza Soares defendia?

Violência doméstica, perseguição durante a ditadura militar, racismo escancarado, agressões físicas e verbais, a história de luta de uma das vozes mais marcantes do Brasil. Nesta quinta-feira, aos 91 anos, Elza Soares partiu deixando um legado admirável não só na música brasileira, mas também na luta contra o racismo.

Qual carne de segunda mais macia?

Agora, quando o assunto é brasa, as carnes de segunda aparecem mais timidamente na grelha. As mais macias, como o filé, contrafilé, alcatra, fraldinha e, claro, picanha, são as preferidas.

Análise das Canções:
Autora: Bianca Pereira

-A Carne (Marcelo Yuka, Ulisses Cappelletti, Seu Jorge)

-Pra Que Discutir Com Madame? (Haroldo Barbosa e Janet de Almeida)

Letra: A Carne

Autores: Marcelo Yuka, Ulisses Cappelletti, Seu Jorge

A carne mais barata do mercado é a carne negra

Que vai de graça pro presídio
E para debaixo de plástico
Que vai de graça pro subemprego
E pros hospitais psiquiátricos

A carne mais barata do mercado é a carne negra

Que fez e faz história
Segurando esse país no braço
O cabra aqui não se sente revoltado
Porque o revólver já está engatilhado
E o vingador é lento
Mas muito bem intencionado
E esse país
Vai deixando todo mundo preto
E o cabelo esticado

Mas mesmo assim
Ainda guardo o direito
De algum antepassado da cor
Brigar sutilmente por respeito
De algum antepassado da cor
Brigar bravamente por respeito
De algum antepassado da cor
Brigar por justiça e por respeito
De algum antepassado da cor
Brigar, brigar, brigar

A carne mais barata do mercado é a carne negra

Análise

            A música é uma forma de denúncia, que expressa às realidades preconceituosas que o negro brasileiro sofre. Podemos dizer que se configura como uma canção de protesto, pois demonstra a dívida que nosso país tem com os negros. Como denota a canção, o respeito é ausente e a justiça também.

Mesmo sendo a grande maioria da população hoje, muita ainda não se assumem como tal. E, confirmam os dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Pesquisa e Estatística) de 1976, que apontou grande problema, no diz respeito ao quesito cor, constatando 133 denominações diferentes. O Brasil ainda continua sendo o segundo país mais negro do mundo com 96 milhões de negros, ficando atrás somente da Nigéria. A pesquisa realizada pelo IBGE em 2010 confirmou isto; resultando numa população de 96.795.294 de declarantes, negros e pardos.

Esta questão delicada de preconceito, pouco caso, surge de toda uma herança cultural, desde a época da colonização, com a vinda dos negros para o Brasil, e vale frisar que os escravos que eram escolhidos, não eram selecionados necessariamente por conta de sua cor, mas sim por que eram a maioria, quase não haviam pessoas brancas, pois se houvessem seriam tragas para cá também como escravas.

Porém, esta situação foi se agravando com decorrer do tempo, e a mídia tem sua contribuição muito forte nessa questão, pois reforça estereótipos europeizados, fortalecendo preconceitos.

Podemos então perceber que a letra retrata, problemas como o etnocentrismo, preconceito racial, ideologia, desigualdade racial e social. Declarando de maneira subliminar que é o momento de mudanças na maneira de pensar a respeito do gênero, é tempo de mudanças de paradigmas sociais, tendo a sociedade o dever valorizar aquele(s) que fez e que ainda faz (em) sua parte de maneira grandiosa, contribuindo para a história do Brasil, mesmo com todas as dificuldades vigentes.

Letra: Pra Que Discutir Com Madame?

Autores: Haroldo Barbosa e Janet de Almeida 

Madame diz que a raça não melhora
Que a vida piora por causa do samba,
Madame diz o que samba tem pecado
Que o samba é coitado e devia acabar,
Madame diz que o samba tem cachaça, mistura de raça mistura de cor,
Madame diz que o samba democrata, é música barata sem nenhum valor,
Vamos acabar com o samba, madame não gosta que ninguém sambe
Vive dizendo que samba é vexame
Pra que discutir com madame?

No carnaval que vem também concorro
Meu bloco de morro vai cantar ópera
E na Avenida entre mil apertos
Vocês vão ver gente cantando concerto
Madame tem um parafuso a menos
Só fala veneno meu Deus que horror
O samba brasileiro democrata
Brasileiro na batata é que tem valor.

Análise

            Este samba é do ano de 1956, incorporado a repertório de João Gilberto, com sotaque de bossa-nova. Não é apenas mais uma canção que valoriza o samba, e dá ombros para críticos do gênero musical, que costumam desdenhar do mesmo.

            E é pertinente a nós sabermos, que a referida madame realmente existiu, e ela chama-se Segundo GARCIA: (Trechos retirados literalmente da fonte)

“Magdala da Gama de Oliveira tornou-se conhecida como crítica de rádio, escrevendo numa coluna do jornal Diário de Notícias (durante três décadas foi um dos mais importantes jornais do país. Lidera a circulação no Rio de janeiro e ganha a fama de um veículo de opinião livre e independente, atingindo um alto padrão de credibilidade) e assinando com o pseudônimo de Mag. Mag conseguiu entrar para a história da MPB, pelos ataques deferidos contra o samba. De acordo com os opositores de Madame a intenção da autora era diminuir o samba, desclassificá-lo como música brasileira.

            Nos anos 40 Carmen Miranda fazia sucesso nos Estados Unidos - país, visto por muitos brasileiros, como o exemplo de nação moderna e civilizada. Estrelando no cinema norte-americano, Carmen apresentava na terra do Tio Sam e em outros países da Europa o samba como o ritmo brasileiro. Se os yankees haviam aprovado o gênero, como Madame, tão aculturada, podia reprová-lo? Continuando a desconstruir os argumentos de Mag que insistia em desprestigiar o samba por ser música oriunda das camadas populares, Lobo lembra-se da pobreza dos compositores eruditos e da valorização da canção popular por artistas brasileiros respeitados pela elite como o compositor Vila Lobos e o pintor Candido Portinari.

O samba, pela sua origem negra e popular sempre foi hostilizado por aqueles setores mais conservadores que se viam identificado com a cultura européia. Para estes segmentos, aceitar o samba como música nacional, significava internamente "misturar-se ao povo" que tanto rejeitavam e externamente admitir um Brasil atrasado, primitivo inferior às nações desenvolvidas. Por isso pessoas como Magdala tentavam a todo custo rechaçar o samba como identidade nacional. Esta é, portanto, uma longa história que não termina nos anos 30, ou nos 40 e tão pouco nos 50. Apesar de nos anos 60 a bossa nova aproximar os mais elitistas da canção popular, a letra da composição de Haroldo Barbosa não perde a sua contemporaneidade, pois as fronteiras sociais, apesar de todo o hibridismo reinante na cultura de massa, continuariam se perpetuando simbolicamente através da música.”

É uma canção que trata de como o samba foi e ainda é visto por muitos, porém não podemos negar que este gênero carrega consigo partes muito importantes da história do Brasil, é uma manifestação da cultura popular brasileira, não se ver o samba apenas como mais uma modalidade musical. Como algo despretensioso, desinteressado. Pois é uma denuncia da realidade que nós brasileiros temos vivido.

Referências

GARCIA, Tania da Costa. Madame Existe. Revista de Comunicação da Faculdade FAAP. Nº 9 - 2 semestre de 2001. Disponível em: <//www.faap.br/revista_faap/revista_facom/artigos_madame1.htm> Acesso em: 15 de Nov de 2013.

GILBERTO, João. Pra que discutir com Madame. Disponível em: <//letras.mus.br/joao-gilberto/920038/> Acesso em: 15 de Nov de 2013.

JORGE, Seu. A Carne. Disponível em: <//letras.mus.br/seu-jorge/a-carne/?domain_redirect=1> Acesso em: 15 de Nov de 2013.

STATHOPOULOS, G. Mídia e Etnia, A Produção Fotojornalística da Folha de São Paulo e o Sentido da Imagem do Negro. 2012. 202 f. Dissertação (Mestrado) Universidade Paulista. São Paulo 2012.  Disponível em: <//www1.unip.br/ensino/pos_graduacao/strictosensu/comunicacao/download/comunic_sugeorgiosstathopoulos.swf> Acesso em: 15 de Nov de 2013.


Que mensagem a música a carne transmite?

O verso de "A Carne", música de Marcelo Yuka, Seu Jorge e Ulisses Capelletti, estourou nas rádios. E é usado, desde então, para denunciar o racismo e a violência enfrentados pelos negros no país.

O que a música a carne quer dizer?

"A Carne" explora o tema do racismo e da estrutura social brasileira, dizendo, de uma maneira crítica, que o negro é menos importante diante da sociedade brasileira.

Qual a crítica da música a carne?

Na canção "A Carne", Elza Soares levanta uma pesada crítica à discriminação étnica no país. A composição de Seu Jorge, Marcelo Yuka e Ulisses Cappelletti foi gravada originalmente pelo grupo "Farofa Carioca", mas logo foi incorporada ao repertório de Elza, defensora ferrenha da diversidade.

O que Elza Soares quis dizer com a carne mais barata do mercado é a carne negra?

A extraordinária Elza Soares, que nos deixou recentemente, escreveu seu nome na história da MPB com muitas obras, dentre elas A Carne, um verdadeiro grito social que no seu refrão “A carne mais barata do mercado é a carne negra” retrata a realidade das pessoas negras no Brasil e até no mundo.

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