O Crescente Fértil é denominado o “Berço da Civilização”, posto que vários povos da antiguidade (cerca de 10.000 a.C.) se desenvolveram nessa região, daí sua grande importância na história da humanidade.
Localização
Corresponde a uma região do Oriente Médio, com aproximadamente 500 mil km2 de extensão. Está localizada entre a Jordânia, Líbano, Síria, Egito, Israel, Palestina, Irã, Iraque e parte da Turquia.
Abriga grandes rios tal qual o Nilo, Tigre, Eufrates e Jordão. Todos eles tornaram a agricultura o principal meio de subsistência das primeiras grandes civilizações da antiguidade oriental.
História: Resumo
Além da agricultura, atividade que fixou a raça humana em detrimento do nomadismo, o Crescente Fértil destacou-se pelo desenvolvimento social, político, econômico e cultural das civilizações.
Isso desde o surgimento de cidades, do comércio, do alfabeto (escrita) e de diversas ferramentas criadas pelo homem.
Foi nesse contexto que as civilizações antigas se “sedentarizaram”, ou seja, passaram a fixar-se nos locais e a produzir seus próprios alimentos.
Essa “sedentarização” foi o fulcro necessário para o crescimento das cidades e, sobretudo, para o desenvolvimento das antigas civilizações. Destacam-se o desenvolvimento científico, o progresso tecnológico e outros modos de subsistência.
Muitos métodos de agricultura foram utilizados, como os sistemas de irrigação e drenagem de pântanos, que foram se ampliando e propiciando o maior desenvolvimento das civilizações.
Muitos historiadores indicam a região do Crescente Fértil como a precursora da formação das grandes civilizações, denominadas Impérios.
Atualmente, o Crescente Fértil vem sofrendo com diversos impactos ambientais. Muitas das regiões, que antes eram consideradas férteis, hoje foram tomadas pela desertificação, tornando-se assim, áreas improdutivas e inférteis.
Significado
O “Crescente Fértil” ou “Meia Lua Fértil” recebe esse nome uma vez que a região, se olhada no mapa, possui a forma de uma lua em estágio crescente. Ou seja, um semicírculo que, por extensão, recebeu a adjetivação “fértil”.
As cheias dos rios que o circundam, produziam vales com solos férteis (adubo natural rico em nutrientes) favoráveis para a prática da agricultura.
O termo “Crescente Fértil” foi utilizado pela primeira vez pelo arqueólogo e historiador estadunidense James Henry Breasted (1865-1935).
Foi citado em sua obra “Antigos Registros do Egito” (em inglês: “Ancient Records of Egypt”), publicada em 1906. A ideia do autor era designar as áreas da Mesopotâmia e do Egito.
Civilizações
Muitas civilizações se desenvolveram na região denominada de Crescente Fértil, por exemplo, os sumérios, persas, assírios, acádios, egípcios, hebreus, fenícios, mesopotâmicos, dentre outras.
Dessas duas grandes civilizações se destacam: a civilização egípcia, surgida às margens do rio Nilo, e a civilização mesopotâmica, desenvolvida às margens dos rios Tigres e Eufrates.
Leia também:
- Antiguidade
- Povos da Mesopotâmia
- Império Babilônico
- Oriente Médio
- Questões sobre Mesopotâmia
Entre as civilizações europeias nascidas na Antiguidade, a civilização grega foi aquela que legou ao mundo ocidental elementos essenciais para a sua constituição. Foi na Grécia Antiga que apareceram, por exemplo, a concepção democrática de governo, na cidade de Atenas, e o processo de racionalização (da busca pelo “logos”, pela razão) da realidade com o método filosófico, em cidades como Mileto e Samos. A medicina ocidental também tem suas bases nos métodos dos gregos Hipócrates e Galeno.
O primeiro passo para compreender a civilização grega é saber como eles próprios se compreendiam. Para tanto, faz-se necessário saber que os gregos não viviam em um país, em um Estado-Nação, tal como hoje, mas em cidades-estados independentes. O conjunto dessas cidades-estado formava a Hélade, e os gregos eram conhecidos como helenos. As cidades-estado eram conhecidas como poleis, plural de “pólis”, palavra da qual deriva o termo “política”.
Não pare agora... Tem mais depois da publicidade ;)
O período de formação da pólis grega é conhecido como Período Arcaico e compreende uma extensão de dois séculos, indo de 800 a 500 a.C. Antes desse período, houve outros dois, que serviram de base para o florescimento das principais cidades gregas: Período pré-homérico, de 2.000 a 1.100 a.C., e o Período homérico, de 1.100 a 800 a.C. No primeiro, prevaleceram na região banhada pelo Mar Egeu as civilizações micênica e minoica (essa última desenvolveu-se na ilha de Creta). Já no Período homérico, houve a formação dos genos, isto é, dos clãs familiares que seriam a base para o surgimento das poleis.
As principais cidades formadas na Hélade foram Atenas, Esparta e Tebas. Os povos que formaram essas cidades vieram de migrações do Norte da Europa e eram chamados de povos indo-europeus. Os principais povos indo-europeus eram: aqueus, dórios, jônios e eólios. Cada cidade possuía características próprias, desde a forma de governo até o padrão militar. O que as unificava eram os aspectos culturais, como a língua, cujo alfabeto foi desenvolvido no Período Arcaico.
A partir de 500 a.C., teve início o Período Clássico, caracterizado por ser a fase do desenvolvimento do sistema filosófico de Sócrates, Platão e Aristóteles; do teatro, com grandes dramaturgos, como Eurípedes, Sófocles e Aristófanes; das chamadas Guerras Médicas, ou Guerras Greco-Persas, travadas contra os persas; e da rivalidade entre Atenas e Esparta com a formação das Ligas do Peloponeso e de Delos, cujo desfecho foi a Guerra do Peloponeso.
Não pare agora... Tem mais depois da publicidade ;)
Esse último evento, terminado em 338 a.C., ocasionou a hegemonia da Macedônia sobre as cidades gregas, hegemonia essa que se transformou em um império comandado por Alexandre, o Grande. O império de Alexandre ocupou uma vasta extensão, indo do sul da Europa à Índia, e levando consigo as bases da cultura grega. A expansão da cultura grega pelo mundo ficou conhecida como helenismo. O Período Helenístico foi o último período da Grécia Antiga e ocorreu de 338 a 146 a.C., época em que a civilização romana começou a se tornar hegemônica.