Qual a relação entre trabalho e o processo saúde

O trabalho humano pode ser entendido como uma a��o�transformadora para atender necessidades individuais�ou sociais e pode ser fonte de cria��o e satisfa��o. No�entanto, na realiza��o do trabalho em sociedades hist�ricas,�tem predominado a produ��o do sofrimento, desgaste e�adoecimento em quem o realiza. O referencial das Cargas�de Trabalho de Asa Cristina Laurell e Mariano Noriega,�resgatado neste livro, constitui-se em um referencial�prof�cuo para estudos acerca do trabalho humano, em�especial, a complexa interface entre trabalho e a sa�de de�quem o realiza. Nessa abordagem, os dois fen�menos n�o�s�o tratados como processos individuais aut�nomos, mas�na intera��o din�mica com processos macro sociais. Vida�pessoal e trabalho, espa�os de produ��o e sociedade, n�o�s�o independentes e dicot�micos, mesmo que se delimite�recortes para investiga��o. A perspectiva de an�lise adotada�neste livro � atual, relevante e �til para compreens�o da�complexidade do fen�meno da sa�de do trabalhador e�determina��o social do processo sa�de-doen�a, como�evidenciado nas produ��es de estudiosos da �rea, escolhidas�para a constru��o desta obra. O conjunto dos textos que a�comp�e contribuem para a produ��o de conhecimentos na��rea da sa�de do trabalhador, pois discorrem sobre quest�es�emergentes, trazem novos olhares sobre velhos e atuais�objetos de estudo, e tratam de problem�ticas e demandas�dos pr�prios trabalhadores, especialmente dos que atuam�na �rea da sa�de.

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Organizadores:

Denise Elvira Pires de Pires
Let�cia de Lima Trindade

ISBN:�78-65-86659-20-7

P�ginas:�309

Idioma:�Livro em portugu�s

Encaderna��o:�Brochura

Peso:�0,600kg

Edi��o:�1�

Ano :�2022

Formato:�15,5 x 23 cm

Processo de Trabalho em Sa�de

Marina Peduzzi L�lia Blima Schraiber

G�nese do conceito

Pioneiramente, Maria Cec�lia Ferro Donnangelo (1975, 1976), no final da d�cada de 1960, iniciou estudos sobre a profiss�o m�dica, o mercado de trabalho em sa�de e a medicina como pr�tica t�cnica e social. Utilizou como referenciais te�ricos estudos sociol�gicos, o que lhe permitiu construir an�lises consistentes sobre as rela��es entre sa�de e sociedade e entre profiss�o m�dica e pr�ticas sociais no pa�s, rompendo com a vis�o que o modo de executar a pr�tica m�dica e as rela��es entre os indiv�duos envolvidos (usu�rios, m�dicos e demais profissionais de sa�de) seriam independentes da vida social (Mota, Silva & Schraiber, 2004; Schraiber, 1997). Esses estudos tiveram v�rios desdobramentos, no Brasil e na Am�rica Latina, na �rea m�dica e nas demais �reas profissionais da sa�de, constituindo-se importante referencial para o estudo do campo da sa�de, sobretudo em rela��o a duas grandes tem�ticas: de um lado, as pol�ticas e estrutura��o da assist�ncia, que derivou em muitos estudos do sistema de sa�de brasileiro, at� o atual Sistema �nico de Sa�de (SUS); de outro, os estudos sobre o mercado, as profiss�es e as pr�ticas de sa�de. Esta segunda linha expandiu-se para a constitui��o de dois importantes conceitos: for�a de trabalho em sa�de e �processo de trabalho em sa�de� (Schraiber, 1997). Ricardo Bruno Mendes Gon�alves, disc�pulo e colaborador de Donnangelo, foi o autor que formulou o conceito de �processo de trabalho em sa�de�, a partir da an�lise do processo de trabalho m�dico, em particular.�

Mendes Gon�alves (1979, 1992) estuda a aplica��o da teoria marxista do trabalho ao campo da sa�de. Segundo Marx (1994), no processo de trabalho, a atividade do homem opera uma transforma��o no objeto sobre o qual atua por meio de instrumentos de trabalho para a produ��o de produtos, e essa transforma��o est� subordinada a um determinado fim. Portanto, os tr�s elementos componentes do processo de trabalho s�o: a atividade adequada a um fim, isto �, o pr�prio trabalho, o objeto de trabalho, ou seja, a mat�ria a que se aplica o trabalho, e os instrumentos ou meios do trabalho. Importante lembrar que o processo de trabalho e seus componentes constituem categorias de an�lise, portanto abstra��es te�ricas por meio das quais � poss�vel abordar e compreender certos aspectos da realidade, no presente caso, as pr�ticas de sa�de, cujo trabalho constitui �a base mais fundamental de sua efetiva��o� (Mendes Gon�alves, 1992, p. 2).

No estudo do processo de trabalho em sa�de Mendes Gon�alves (1979, 1992) analisa os seguintes componentes: o objeto do trabalho, os instrumentos, a finalidade e os agentes, e destaca que esses elementos precisam ser examinados de forma articulada e n�o em separado, pois somente na sua rela��o rec�proca configuram um dado processo de trabalho espec�fico.�

O objeto representa o que vai ser transformado: a mat�ria-prima (mat�ria em estado natural ou produto de trabalho anterior), e no setor sa�de, necessidades humanas de sa�de. O objeto ser�, pois, aquilo sobre o qual incide a a��o do trabalhador. Segundo Mendes Gon�alves o objeto de trabalho cont�m, potencialmente, o produto resultante do processo de transforma��o efetivado pelo trabalho, no entanto, n�o deixa essa qualidade potencial transparecer por si mesma, imediatamente, de modo que essa qualidade de produto precisa ser evidenciada ativamente no objeto. Portanto, um certo aspecto da realidade destaca-se como objeto de trabalho somente quando o sujeito assim o delimita, o objeto de trabalho n�o � um objeto natural, n�o existe enquanto objeto por si s�, mas � recortado por um �olhar� que cont�m um projeto de transforma��o, com uma finalidade. Esta representa a intencionalidade do processo de trabalho, o projeto pr�vio de alcan�ar o produto desejado que est� na mente do trabalhador, ou seja, em que dire��o e perspectiva ser� realizada a transforma��o do objeto em produto.�

Os instrumentos de trabalho tampouco s�o naturais, mas constitu�dos historicamente pelos sujeitos que, assim, ampliam as possibilidades de interven��o sobre o objeto. O meio ou instrumento de trabalho � uma coisa ou um complexo de coisas que o trabalhador insere entre si mesmo e o objeto de trabalho e lhe serve para dirigir sua atividade sobre esse objeto (Marx, 1994). Mendes Gon�alves (1979, 1992, 1994) analisa, no �processo de trabalho em sa�de�, a presen�a de instrumentos materiais e n�o-materiais. Os primeiros s�o os equipamentos, material de consumo, medicamentos, instala��es, outros. Os segundos s�o os saberes, que articulam em determinados arranjos os sujeitos (agentes do processo de trabalho) e os instrumentos materiais. Al�m disso, constituem ferramentas principais do trabalho de natureza intelectual. O autor salienta que esses saberes s�o tamb�m os que permitem a apreens�o do objeto de trabalho.�

Objeto e instrumentos de trabalho s� podem ser configurados por refer�ncia � sua posi��o relacional, intermediada pela presen�a do agente do trabalho que lhe imprime uma dada finalidade. Por meio da presen�a e a��o do agente do trabalho torna-se poss�vel o processo de trabalho � a din�mica entre objeto, instrumentos e atividade. Portanto, o agente pode ser interpretado, ele pr�prio, como instrumento do trabalho e, imediatamente sujeito da a��o, na medida em que traz, para dentro do processo de trabalho, al�m do projeto pr�vio e sua finalidade, outros projetos de car�ter coletivo e pessoal, dentro de um certo campo de poss�veis (Peduzzi, 1998).

O conceito �processo de trabalho em sa�de� diz respeito � dimens�o microsc�pica do cotidiano do trabalho em sa�de, ou seja, � pr�tica dos trabalhadores/ profissionais de sa�de inseridos no dia-a-dia da produ��o e consumo de servi�os de sa�de. Contudo, � necess�rio compreender que neste processo de trabalho cotidiano est� reproduzida toda a din�mica do trabalho humano, o que torna necess�rio introduzir alguns aspectos centrais do trabalho que � a grande categoria de an�lise da qual deriva o conceito de �processo de trabalho em sa�de�.

O trabalho constitui o processo de media��o entre homem e natureza, visto que o homem faz parte da natureza, mas consegue diferenciar-se dela por sua a��o livre e pela intencionalidade e finalidade que imprime ao trabalho. Portanto, o trabalho � um processo no qual os seres humanos atuam sobre as for�as da natureza submetendo- as ao seu controle e transformando- as em formas �teis � sua vida, e nesse processo de interc�mbio, simultaneamente, transformam a si pr�prios. Todo trabalho produz algo que tem utilidade e pode ser trocado por outros produtos necess�rios. Contudo, no processo de produ��o da sociedade capitalista, s�o tornados radicalmente distintos o valor de uso e o valor de troca. O valor de uso � produzido no trabalho concretamente realizado ou chamado trabalho concreto, o qual d� o sentido qualitativo do produto. O valor de troca corresponde ao valor que o produto adquire como mercadoria colocada em mercado, o que s� se revela quando se contrap�em mercadorias de valores de usos diversos, pois o valor de troca n�o � algo inerente � mercadoria. O valor de troca faz aflorar a dimens�o de trabalho abstrato, na qual o produto do trabalho perde sentido (utilidade) e assume um significado quantitativo de coisas produzidas em quantidade. � nesta dimens�o que o agente de trabalho torna-se alienado do sentido desse trabalho, do produto dele e de si pr�prio como agente dessa produ��o. O trabalho �, portanto, uma transforma��o n�o s� de objetos, mas do pr�prio trabalhador, e, nesse sentido, um movimento dial�tico de explora��o/aliena��o e de cria��o/emancipa��o (Antunes, 1995, 1999, 2005).

Desenvolvimento hist�rico

Embora o conceito de �processo de trabalho em sa�de� tenha sido desenvolvido inicialmente com base no trabalho m�dico desde o in�cio dos anos 80, passa a ser utilizado para o estudo de processos de trabalho espec�ficos de outras �reas profissionais em sa�de. Dentre estes, destaca-se a �rea de enfermagem que inicia a an�lise do processo de trabalho de enfermagem com a tese de Doutorado de Maria Cec�lia Puntel de Almeida, de 1984 (Almeida & Rocha, 1986), seguida de v�rias outras pesquisas com esta abordagem at� a atualidade.

Embora Mendes Gon�alves tenha apontado para a categoria �necessidades� e a categoria �saber� como elementos do processo de trabalho desde sua formula��o original, ao longo do desenvolvimento do conceito, este mesmo autor retoma estas categorias. Em seu texto de 1992, analisa a consubstancialidade entre trabalho e necessidades humanas, de modo que os processos de trabalho s�o tamb�m �re-produ��o� das necessidades, ou seja, tanto reiteram as necessidades de sa�de e o modo como os servi�os se organizam para atend�-las quanto podem criar novas necessidades e respectivos processos de trabalho e modelos de organiza��o de servi�os. J� na categoria �saber�, o autor mostra que, ao expressar a intermedia��o entre ci�ncia e trabalho, remete � dimens�o tecnol�gica deste. Formula, ent�o, o saber como o recurso que p�e em movimento os demais componentes do processo de trabalho. Ser�, pois, saber operante ou tecnol�gico � saber que tem sua origem �no� e �atrav�s do� processo de trabalho, fundamentando interven��o em sa�de (Mendes Gon�alves, 1994; Schraiber, 1996; Peduzzi, 1998).

Um �ltimo aspecto a ser desenvolvido por Mendes Gon�alves e que ter� muitas repercuss�es no campo da sa�de, refere-se aos aspectos din�micos e relacionais do �processo de trabalho em sa�de�. Se os primeiros estudos buscam, na refer�ncia da sociabilidade e historicidade do trabalho em sa�de, suas articula��es na estrutura social, a articula��o do estudo do �processo de trabalho em sa�de� com abordagens te�ricas, como Canguilhem (1982), Heller (1991) e a escola de Frankfurt (Habermas, 1994, 2001), permitir�, no dizer de Jos� Ricardo Ayres (2002), tratar mais positiva e produtivamente os aspectos relacionais do trabalho em sa�de, necess�rios para pens�-lo n�o apenas como estrutura de sociabilidade, mas como pr�tica social.�

Ao introduzir a an�lise da micropol�tica do trabalho vivo em ato na sa�de e a tipologia das tecnologias em sa�de (leve, leve-dura e dura), Emerson Elias Merhy (Merhy, 1997, 2002; Merhy & Chakhour, 1997) parte das contribui��es de Mendes Gon�alves e de autores como Cornelius Castoriades, Felix Guatarri e Gilles Delleuze, da escola de an�lise institucional. Recuperando de Marx a concep��o de trabalho vivo e trabalho morto, define este �ltimo como todos os produtos-meio que est�o envolvidos no processo de trabalho e que s�o resultado de um trabalho anteriormente realizado, e aquele outro como trabalho instituinte, buscando compreender a potencialidade de esse trabalho vivo em ato questionar, no pr�prio processo de trabalho, a intencionalidade e a finalidade do trabalho em sa�de e de seus modos de operar os modelos tecno-assistencias. A dimens�o processual e transformadora do trabalho vivo em ato na sa�de � atribu�da � caracter�stica desse trabalho que tem a sua essencialidade na a��o. E como tal ser� fonte de tecnologias, na medida em que o trabalho em ato pode abrir linhas de fuga no j� institu�do.

Emprego do conceito na �rea da sa�de na atualidade

O estudo do �processo de trabalho em sa�de� representou desde sua origem e continua representando importante abordagem te�rico-conceitual para as quest�es sobre recursos humanos em sa�de. Segundo Nogueira (2002), a no��o cl�ssica de trabalho e de processo de trabalho constitui relevante categoria interpretativa nos estudos sobre recursos humanos em sa�de. Nesse sentido, destaca-se o Projeto Capacita��o em Desenvolvimento de Recursos Humanos de Sa�de � CADRHU �, implantado em 1987, que, em sua primeira unidade did�tica, previa a caracteriza��o da problem�tica de recursos humanos de sa�de como parte do processo produtivo do setor sa�de, em especial, como processo de trabalho (Santana & Castro, 1999).

A partir dos anos 90, um conjunto de quest�es novas estabelece um divisor de �guas para a reflex�o e pesquisa sobre o �processo de trabalho em sa�de�: por um lado, aparecem quest�es relacionadas �s novas formas de trabalho flex�vel e/ou informal e da regula��o realizada pelo Estado, com foco nos mecanismos institucionais de gest�o do trabalho; por outro, as quest�es da integralidade do cuidado e da autonomia dos sujeitos, cujo foco de an�lise se desloca para o plano da intera��o envolvendo a rela��o profissional - usu�rio ou as rela��es entre os profissionais (Nogueira, 2002). No que se refere especificamente ao cuidado em sa�de, destacam-se as contribui��es do estudo sobre o trabalho vivo em ato (Merhy, 1997, 2002; Merhy & Chakhour, 1997) e sobre a intersubjetividade e a pr�tica dial�gica (Ayres, 2001, 2002).

Assim, na atualidade, o conceito �processo de trabalho em sa�de� � utilizado no estudo dos processos de trabalho espec�ficos das diferentes �reas que comp�em o campo da sa�de, permitindo sua abordagem como pr�ticas sociais para al�m de �reas profissionais especializadas. Tamb�m � utilizado nas pesquisas e interven��es sobre aten��o � sa�de, gest�o em sa�de, modelos assistenciais, trabalho em equipe de sa�de, cuidado em sa�de e outros temas, permitindo abordar tanto aspectos estruturais como aspectos relacionados aos agentes e sujeitos da a��o, pois � nesta din�mica que se configuram os processos de trabalho.

Quest�es bem atuais referentes ao �processo de trabalho em sa�de� abordam as mudan�as do mundo do trabalho que se iniciam em meados dos anos 70 e suas repercuss�es no setor sa�de, particularmente: a crescente incorpora��o tecnol�gica, o desemprego estrutural, a flexibiliza��o e precariza��o do trabalho, entre outros fen�menos que ocorrem no mundo do trabalho em geral e se reproduzem no setor sa�de com especificidades (Peduzzi, 2003; Nogueira, Baraldi & Rodrigues, 2004; Antunes, 2005b). ��

Para saber mais

ALMEIDA, M. C. P. & ROCHA, J. S. Y. O Saber da Enfermagem e sua Dimens�o Pr�tica. S�o Paulo: Cortez, 1986.�

ANTUNES, R. Os Sentidos do Trabalho: ensaios sobre a afirma��o e a nega��o do trabalho. S�o Paulo: Boitempo, 1999.�

ANTUNES, R. O Caracol e sua Concha: ensaios sobre a morfologia do trabalho. S�o Paulo: Boitempo, 2005.�

ANTUNES, R. Adeus ao Trabalho? Ensaios sobre as Metamorfoses e a Centralidade do Mundo do Trabalho. S�o Paulo/Campinas: Cortez/ Editora da Universidade Estadual de Campinas, 1995.�

AYRES, J. R. C. M. Sujeito, intersubjetividade e pr�ticas de sa�de. Ci�ncia & Sa�de Coletiva, 6(1): 63-72, 2001.�

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NOGUEIRA, R. P.; BARALDI, S. & RODRIGUES, V. A. Limites cr�ticos das no��es de precariedade e desprecariza��o do trabalho na administra��o p�blica. In:� BARROS, A. F. R. (Org.) Observat�rio de Recursos Humanos em Sa�de no Brasil: estudos e an�lises. Bras�lia: Minist�rio da Sa�de, 2004. (S�rie B. Textos B�sicos de Sa�de)�

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SANTANA, J. P. & CASTRO, J. L. (Orgs.) Capacita��o em Desenvolvimento de Recursos Humanos de Sa�de: CADRHU. Bras�lia/Natal: Minist�rio da Sa�de/Organiza��o Pan-Americana da Sa�de/EDUFRN, 1999.�

SCHRAIBER, L. B. Ci�ncia, trabalho e trabalhado

Qual a relação entre processo de trabalho e saúde?

O conceito 'processo de trabalho em saúde' diz respeito à dimensão microscópica do cotidiano do trabalho em saúde, ou seja, à prática dos trabalhadores/ profissionais de saúde inseridos no dia-a-dia da produção e consumo de serviços de saúde.

Como o trabalho influencia no processo Saúde

O trabalho como determinante do processo saúde-doença do trabalhador. Recorrer ao relato de uma trabalhadora sobre seu processo de adoecimento no trabalho parte do pressuposto de que, para compreender a relação entre trabalho e saúde, é necessário basear-se na vivência do sujeito.

Qual a finalidade do processo de trabalho em saúde?

RESUMO: O PROCESSO DE TRABALHO EM SAÚDE. O objetivo deste texto é “identificar e analisar as diversas situações de trabalho em saúde e os diferentes modos de fazer assistência. Levando em consideração que o momento de trabalho é ao mesmo tempo de encontro entre trabalhador e o usuário.”

O que é trabalho e saúde?

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