Qual o papel das tendências pedagógicas?

AS PRINCIPAIS TEND�NCIAS PEDAG�GICAS NA PR�TICA ESCOLAR BRASILEIRA E SEUS PRESSUPOSTOS DE APRENDIZAGEM

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Delcio Barros da Silva

 

 

1. INTRODU��O

O objetivo deste artigo � verificar os pressupostos de aprendizagem empregados pelas diferentes tend�ncias pedag�gicas na pr�tica escolar brasileira, numa tentativa de contribuir, teoricamente, para a forma��o continuada de professores.

Sabe-se que a pr�tica escolar est� sujeita a condicionantes de ordem sociopol�tica que implicam diferentes concep��es de homem e de sociedade e, conseq�entemente, diferentes pressupostos sobre o papel da escola e da aprendizagem, inter alia. Assim, justifica-se o presente estudo, tendo em vista que o modo como os professores realizam o seu trabalho na escola tem a ver com esses pressupostos te�ricos, expl�cita ou implicitamente.

Embora se reconhe�am as dificuldades do estabelecimento de uma s�ntese dessas diferentes tend�ncias pedag�gicas, cujas influ�ncias se refletem no ecletismo do ensino atual, emprega-se, neste estudo, a teoria de Jos� Carlos Lib�neo, que as classifica em dois grupos: �liberais� e �progressistas�. No primeiro grupo, est�o inclu�das a tend�ncia �tradicional�, a �renovada progressivista�, a �renovada n�o-diretiva� e a �tecnicista�. No segundo, a tend�ncia �libertadora�, a �libert�ria� e a �cr�tico-social dos conte�dos�.

Justifica-se, tamb�m, este trabalho pelo fato de que novos avan�os no campo da Psicologia da Aprendizagem, bem como a revaloriza��o das id�ias de psic�logos interacionistas, como Piaget, Vygotsky e Wallon, e a autonomia da escola na constru��o de sua Proposta Pedag�gica, a partir da LDB 9.394/96, exigem uma atualiza��o constante do professor. Atrav�s do conhecimento dessas tend�ncias pedag�gicas e dos seus pressupostos de aprendizagem, o professor ter� condi��es de avaliar os fundamentos te�ricos empregados na sua pr�tica em sala de aula.

No aspecto te�rico-pr�tico, ou seja, nas manifesta��es na pr�tica escolar das diversas tend�ncias educacionais, ser� dado �nfase ao ensino da L�ngua Portuguesa, considerando-se as diferentes concep��es de linguagem que perpassam esses per�odos do pensamento pedag�gico brasileiro.

2. TEND�NCIAS PEDAG�GICAS LIBERAIS

Segundo LIB�NEO (1990), a pedagogia liberal sustenta a id�ia de que a escola tem por fun��o preparar os indiv�duos para o desempenho de pap�is sociais, de acordo com as aptid�es individuais. Isso pressup�e que o indiv�duo precisa adaptar-se aos valores e normas vigentes na sociedade de classe, atrav�s do desenvolvimento da cultura individual. Devido a essa �nfase no aspecto cultural, as diferen�as entre as classes sociais n�o s�o consideradas, pois, embora a escola passe a difundir a id�ia de igualdade de�� oportunidades, n�o leva em conta a desigualdade de condi��es.

2.1. TEND�NCIA LIBERAL TRADICIONAL

Segundo esse quadro te�rico, a tend�ncia liberal tradicional se caracteriza por acentuar o ensino human�stico, de cultura geral. De acordo com essa escola tradicional, o aluno � educado para atingir sua plena realiza��o atrav�s de seu pr�prio esfor�o. Sendo assim, as diferen�as de classe social n�o s�o consideradas e toda a pr�tica escolar n�o tem nenhuma rela��o com o cotidiano do aluno.

Quanto aos pressupostos de aprendizagem, a id�ia de que o ensino consiste em repassar os conhecimentos para o esp�rito da crian�a � acompanhada de outra: a de que a capacidade de assimila��oda crian�a � id�ntica � do adulto, sem levar em conta as caracter�sticas pr�prias de cada idade. A crian�a � vista, assim, como um adulto em miniatura, apenas menos desenvolvida.

No ensino da l�ngua portuguesa, parte-se da concep��o que considera a linguagem como express�o do pensamento. Os seguidores dessa corrente ling��stica, em raz�o disso, preocupam-se com a organiza��o l�gica do pensamento, o que presume a necessidade de regras do bem falar e do bem escrever. Segundo essa concep��o de linguagem, a Gram�tica Tradicional ou Normativa se constitui no n�cleo dessa vis�o do ensino da l�ngua, pois v� nessa gram�tica uma perspectiva de normatiza��o ling��stica, tomando como modelo de norma culta as obras dos nossos grandes escritores cl�ssicos. Portanto, saber gram�tica, teoria gramatical, � a garantia de se chegar ao dom�nio da l�ngua oral ou escrita.

Assim, predomina, nessa tend�ncia tradicional, o ensino da gram�tica pela gram�tica, com �nfase nos exerc�cios repetitivos e de recapitula��o da mat�ria, exigindo uma atitude receptiva e mec�nica do aluno. Os conte�dos s�o organizados pelo professor, numa seq��ncia l�gica, e a avalia��o � realizada atrav�s de provas escritas e exerc�cios de casa.

2.2. TEND�NCIA LIBERAL RENOVADA PROGRESSIVISTA

Segundo essa perspectiva te�rica de Lib�neo, a tend�ncia liberal renovada (ou pragmatista) acentua o sentido da cultura como desenvolvimento das aptid�es individuais.

A escola continua, dessa forma, a preparar o aluno para assumir seu papel na sociedade, adaptando as necessidades do educando ao meio social, por isso ela deve imitar a vida. Se, na tend�ncia liberal tradicional, a atividade pedag�gica estava centrada no professor, na escola renovada progressivista, defende-se a id�ia de �aprender fazendo�, portanto centrada no aluno, valorizando as tentativas experimentais, a pesquisa, a descoberta, o estudo do meio natural e social, etc, levando em conta os interesses do aluno.

Como pressupostos de aprendizagem, aprender se torna uma atividade de descoberta, � uma auto-aprendizagem, sendo o ambiente apenas um meio estimulador. S� � retido aquilo que se incorpora � atividade do aluno, atrav�s da descoberta pessoal; o que � incorporado passa a compor a estrutura cognitiva para ser empregado em novas situa��es. � a tomada de consci�ncia, segundo Piaget.

No ensino da l�ngua, essas id�ias escolanovistas n�o trouxeram maiores conseq��ncias, pois esbarraram na pr�tica da tend�ncia liberal tradicional.

2.3. TEND�NCIA LIBERAL RENOVADA N�O-DIRETIVA

Acentua-se, nessa tend�ncia, o papel da escola na forma��o de atitudes, raz�o pela qual deve estar mais preocupada com os problemas psicol�gicos do que com os pedag�gicos ou sociais. Todo o esfor�o deve visar a uma mudan�a dentro do indiv�duo, ou seja, a uma adequa��o pessoal �s solicita��es do ambiente.

Aprender � modificar suas pr�prias percep��es. Apenas se aprende o que estiver significativamente relacionado com essas percep��es. A reten��o se d� pela relev�ncia do aprendido em rela��o ao �eu�, o que torna a avalia��o escolar sem sentido, privilegiando-se a auto-avalia��o. Trata-se de um ensino centrado no aluno, sendo o professor apenas um facilitador. No ensino da l�ngua, tal como ocorreu com a corrente pragmatista, as id�ias da escola renovada n�o-diretiva, embora muito difundidas, encontraram, tamb�m, uma barreira na pr�tica da tend�ncia liberal tradicional.

2.4. TEND�NCIA LIBERAL TECNICISTA

A escola liberal tecnicistaatua no aperfei�oamento da ordem social vigente (o sistema capitalista), articulando-se diretamente com o sistema produtivo; para tanto, emprega a ci�ncia da mudan�a de comportamento, ou seja, a tecnologia comportamental. Seu interesse principal �, portanto, produzir indiv�duos �competentes� para o mercado de trabalho, n�o se preocupando com as mudan�as sociais.

Conforme MATUI (1988), a escola tecnicista, baseada na teoria de aprendizagem S-R, v� o aluno como deposit�rio passivo dos conhecimentos, que devem ser acumulados na mente atrav�s de associa��es. Skinner foi o expoente principal dessa corrente psicol�gica, tamb�m conhecida como behaviorista. Segundo RICHTER (2000), a vis�o behaviorista acredita que adquirimos uma l�ngua por meio de imita��o e forma��o de h�bitos, por isso a �nfase na repeti��o, nos drills, na instru��o programada, para que o aluno for me �h�bitos� do uso correto da linguagem.

A partir da Reforma do Ensino, com a Lei 5.692/71, que implantou a escola tecnicista no Brasil, preponderaram as influ�ncias do estruturalismo ling��stico e a concep��o de linguagem como instrumento de comunica��o. A l�ngua � como dizTRAVAGLIA (1998) � � vista como um c�digo, ou seja, um conjunto de signos que se combinam segundo regras e que � capaz de transmitir uma mensagem, informa��es de um emissor a um receptor. Portanto, para os estruturalistas, saber a l�ngua �, sobretudo, dominar o c�digo.

No ensino da L�ngua Portuguesa, segundo essa concep��o de linguagem,o trabalho com as estruturas ling��sticas, separadas do homem no seu contexto social,� visto como possibilidade de desenvolver a express�o oral e escrita. A tend�ncia tecnicista �, de certa forma, uma moderniza��o da escola tradicional e, apesar das contribui��es te�ricas do estruturalismo, n�o conseguiu superar os equ�vocos apresentados pelo ensino da l�ngua centrado na gram�tica normativa. Em parte, esses problemas ocorreram devido�s dificuldades de o professor assimilar as novas teorias sobre o ensino da l�ngua materna.

3. TEND�NCIAS PEDAG�GICAS PROGRESSISTAS

Segundo Lib�neo, a pedagogia progressista designa as tend�ncias que, partindo de uma an�lise cr�tica das realidades sociais, sustentam implicitamente as finalidades sociopol�ticas da educa��o.

3.1. TEND�NCIA PROGRESSISTA LIBERTADORA

As tend�ncias progressistas libertadora e libert�ria t�m, em comum, a defesa da autogest�o pedag�gica e o antiautoritarismo. A escola libertadora, tamb�m conhecida como a pedagogia de Paulo Freire, vincula a educa��o � luta e organiza��o de classe do oprimido. Segundo GADOTTI (1988), Paulo Freire n�o considera o papel informativo, o ato de conhecimento na rela��o educativa, mas insiste que o conhecimento n�o � suficiente se, ao lado e junto deste, n�o se elabora uma nova teoria do conhecimento e se os oprimidos n�o podem adquirir uma nova estrutura do conhecimento que lhes permita reelaborar e reordenar seus pr�prios conhecimentos e apropriar-se de outros.

Assim, para Paulo Freire, no contexto da luta de classes, o saber mais importante para o oprimido � a descoberta da sua situa��o de oprimido, a condi��o para se libertar da explora��o pol�tica e econ�mica, atrav�s da elabora��o da consci�ncia cr�tica passo a passo com sua organiza��o de classe. Por isso, a pedagogia libertadora ultrapassa os limites da pedagogia, situando-se tamb�m no campo da economia, da pol�tica e das ci�ncias sociais, conforme Gadotti.

Como pressuposto de aprendizagem, a for�a motivadora deve decorrer da codifica��o de uma situa��o-problema que ser� analisada criticamente, envolvendo o exerc�cio da abstra��o, pelo qual se procura alcan�ar, por meio de representa��es da realidade concreta,a raz�o de ser dos fatos. Assim, como afirma Lib�neo, aprender � um ato de conhecimento da realidade concreta, isto �, da situa��o real vivida pelo educando, e s� tem sentido se resulta de uma aproxima��o cr�tica dessa realidade. Portanto o conhecimento que o educando transfere representa uma resposta � situa��o de opress�o a que se chega pelo processo de compreens�o, reflex�o e cr�tica.

No ensino da Leitura, Paulo Freire, numa entrevista, sintetiza sua id�ia de dialogismo: �Eu vou ao texto carinhosamente. De modo geral, simbolicamente, eu puxo uma cadeira e convido o autor, n�o importa qual, a travar um di�logo comigo�.

3.2. TEND�NCIA PROGRESSISTA LIBERT�RIA

A escola progressista libert�ria parte do pressuposto de que somente o vivido pelo educando � incorporado e utilizado em situa��es novas, por isso o saber sistematizado s� ter� relev�ncia se for poss�vel seu uso pr�tico. A �nfase na aprendizagem informal, via grupo,e a nega��o de toda forma de repress�o, visam a favorecer o desenvolvimento de pessoas mais livres.No ensino da l�ngua, procura valorizar o texto produzido pelo aluno, al�m da negocia��o de sentidos na leitura.

3.3. TEND�NCIA PROGRESSISTA CR�TICO-SOCIAL DOS CONTE�DOS

Conforme Lib�neo, a tend�ncia progressista cr�tico-social dos conte�dos, diferentemente da libertadora e libert�ria, acentua a primazia dos conte�dos no seu confronto com as realidades sociais. A atua��o da escola consiste na prepara��o do aluno para o mundo adulto e suas contradi��es, fornecendo-lhe um instrumental, por meio da aquisi��o de conte�dos e da socializa��o, para uma participa��o organizada e ativa na democratiza��o da sociedade.

Na vis�o da pedagogia dos conte�dos, admite-se o princ�pio da aprendizagem significativa, partindo do que o aluno j� sabe. A transfer�ncia da aprendizagem s� se realiza no momento da s�ntese, isto �, quando o aluno supera sua vis�o parcial e confusa e adquire uma vis�o mais clara e unificadora.

4. TEND�NCIAS PEDAG�GICAS P�S-LDB 9.394/96

Ap�s a Lei de Diretrizes e Bases da Educa��o Nacional de n.� 9.394/96,revalorizam-se as id�ias de Piaget, Vygotsky e Wallon. Um dos pontos em comum entre esses psic�logos � o fato de serem interacionistas, porque concebem o conhecimento como resultado da a��o que se passa entre o sujeito e um objeto. De acordo com ARANHA (1998), o conhecimento n�o est�, ent�o, no sujeito, como queriam os inatistas, nem no objeto, como diziam os empiristas, mas resulta da intera��o entre ambos.

Para citar um exemplo no ensino da l�ngua, segundo essa perspectiva interacionista, a leitura como processo permite a possibilidade de negocia��o de sentidos em sala de aula. O processo de leitura, portanto, n�o � centrado no texto, ascendente, bottom-up, como queriam os empiristas, nem no receptor, descendente, top-down, segundo os inatistas, mas ascendente/descendente, ou seja, a partir de uma negocia��o de sentido entre enunciador e receptor. Assim, nessa abordagem interacionista, o receptor � retirado da sua condi��o de mero objeto do sentido do texto, de algu�m que estava ali paradecifr�-lo, decodific�-lo, como ocorria, tradicionalmente, no ensino da leitura.

As id�ias desses psic�logos interacionistas v�m ao encontro da concep��o que considera a linguagem como forma de atua��o sobre o homem e o mundo e das modernas teorias sobre os estudos do texto, como a Ling��stica Textual, a An�lise do Discurso, a Sem�ntica Argumentativa e a Pragm�tica, entre outros.

5. CONSIDERA��ES FINAIS

De acordo com esse quadro te�rico de Jos� Carlos Lib�neo, deduz-se que as tend�ncias pedag�gicas liberais, ou seja, a tradicional, a renovada e a tecnicista, por se declararem neutras, nunca assumiram compromisso com as transforma��es da sociedade, embora, na pr�tica, procurassem legitimar a ordem econ�mica e social do sistema capitalista. No ensino da l�ngua, predominaram os m�todos de base ora empirista, ora inatista, com ensino da gram�tica tradicional, ousob algumas as influ�ncias te�ricas do estruturalismo e do gerativismo, a partir da Lei 5.692/71, da Reforma do Ensino.

J� as tend�ncias pedag�gicas progressistas, em oposi��o �s liberais, t�m em comum a an�lise cr�tica do sistema capitalista. De base empirista (Paulo Freire se proclamava um deles) e marxista (com as id�ias de Gramsci), essas tend�ncias, no ensino da l�ngua,valorizam o texto produzido pelo aluno, a partir do seu conhecimento de mundo, assim como a possibilidade de negocia��o de sentido na leitura.

A partir da LDB 9.394/96, principalmente com as difus�o das id�ias de Piaget, Vygotsky e Wallon, numa perspectiva s�cio-hist�rica, essas teorias buscam uma aproxima��o com modernas correntes do ensino da l�ngua que consideram a linguagem como forma de atua��o sobre o homem e o mundo, ou seja, como processo de intera��o verbal, que constitui a sua realidade fundamental.

BIBLIOGRAFIA

ARANHA, Maria L�cia de Arruda.Filosofia da Educa��o.S�o Paulo :Editora Moderna, 1998.

COSTA, Marisa Vorraber et al.O Curr�culo nos Limiares doContempor�neo. Rio de Janeiro : DP&A editora, 1999.

GADOTTI, Moacir.Pensamento Pedag�gico Brasileiro.S�o Paulo : �tica, 1988.

LIB�NEO, Jos� Carlos.Democratiza��o da Escola P�blica.S�o Paulo : Loyola, 1990.

MATUI, Jiron.Construtivismo.S�o Paulo : Editora Moderna, 1998.

RICHTER, Marcos Gustavo.Ensino do Portugu�s e Interatividade.Santa Maria :��� Editora da UFSM, 2000.

TRAVAGLIA, Luiz Carlos. Gram�tica e Intera��o.S�o Paulo : Cortez, 1998.

Qual a importância das tendências pedagógicas?

As tendências pedagógicas são de extrema relevância para a Educação, principalmente as mais recentes, pois contribuem para a condução de um trabalho docente mais consciente, baseado nas demandas atuais da clientela em questão.

Qual o papel do professor na tendência pedagógica?

Conclui-se que o professor tem papel fundamental no ensino e aprendizagem de seus alunos, ensinando o conhecimento acumulado da humanidade e desenvolvendo atuação primordial quanto à conscientização dos estudantes em relação à sociedade, com foco em uma sociedade justa e igualitária, buscando contextualizá-los ...

Qual a influência das tendências pedagógicas na pedagogia?

Segundo Libâneo, a pedagogia progressista designa as tendências que, partindo de uma análise crítica das realidades sociais, sustentam implicitamente as finalidades sociopolíticas da educação. As tendências progressistas libertadora e libertária têm, em comum, a defesa da autogestão pedagógica e o antiautoritarismo.

Qual o papel da escola na tendência?

Papel da escola Cabe à escola organizar o processo de aquisição de habilidades, atitudes e conhecimentos específicos para que os indivíduos se integrem na máquina do sistema social global, devendo, para isso, empregar tecnologia comportamental para se produzir indivíduos competentes para o mercado de trabalho.