“A micropigmentação de sobrancelha consiste no depósito de um pigmento na segunda camada da pele, onde ficam as nossas terminações nervosas, os vasos sanguíneos, e onde também fica a produção de colágeno e elastina”, explica a esteticista Priscila Monteiro, maquiadora e especialista em micropigmentação, do Allummê Sallon.
O resultado se assemelha a uma tatuagem bem delicada, que tenta imitar a cor e o formato dos supercílios da forma mais perfeito possível, dando um aspecto natural de cada fio um a um.
A diferença é que o na micropigmentação, o pigmento inserido não fica na der – a camada mais profunda da pele, onde não não acontece a renovação de células. Ela é realizada na camada mais superficial – a epiderme, por isso é semidefinitivo.
Tipos de micropigmentação de sobrancelha
Muito utilizada atualmente, principalmente por diversas famosos, como Angelina Jolie, Megan Fox e até a Anitta, a micropgimentação possui várias técnicas para ser aplicada. São elas: a fio a fio, a esfumada e a compactada. E os métodos de aplicação podem usar o dermógrafo ou o microblend.
O dermógrafo é uma aparelho que possui uma agulha na ponta e ajuda na inserção do pigmento na pele. Funciona com o auxílio de energia elétrica. Já o microblading ou tebori é uma espécie de caneta em que você escolhe a quantidade de lâminas que serão introduzidas, bem como a quantia de agulhas que elas vão ter.
Fio a fio
“A técnica fio a fio são fios que imitam os fios que a gente tem na sobrancelha”, explica Priscila. É o método mais usado hoje em dia. É chamada também de hiper-realista e 3D. Pode ser aplicada com dermógrafo ou com o microblading.
Compactada
A compactada é uma técnica que deixa a sobrancelha mais marcada. É indicada para quem não possui pelos ou desejam deixar a sobrancelha com mais expressão.Nessa técnica, o contorno e o preenchimento é feito por completo com o pigmento.
Esfumada
Já a técnica esfumada é uma sobrancelha mais leve. “Você tem o ângulo certo do dermógrafo que é utilizado para os fios parecerem os mais naturais possíveis. Fica com aspecto de ter passado um lápis na sobrancelha ou uma sombra”, aponta a especialista.
Duração da micropigmentação
A duração da micropigmentação não é como a da tatuagem definitiva. Justamente por não ser aplicada na parte mais profunda da pele, ela não dura a vida toda. O tempo de permanência do pigmento vai depender do tipo de aparelho que foi utlizado.
Em geral, quando utilizado o dermógrafo, a duração chega por volta de 12 meses. E então, o procedimento poder realizado novamente.
Quando feito com a microblading ou tebori, dura de 6 a 7 meses e também pode ser retocado. “Isso acontece porque você não introduz o pigmento dentro da camada da pele. Você só faz um corte e coloca”, conta Priscila.
Entretanto, não existe uma maneira de remover a micropigmentação por completo.
Indicações e contraindicações
A micropigmentação é indicada para quem tem sobrancelhas falhadas, ralas, com cicatrizes. É recomendado ser maior de idade, mas ser realizada a partir dos 16 anos (com autorização dos pais).
Não deve ser feito em pacientes que possuem dificuldades de cicatrização, tendências a queloides (cicatrizes em alto releve que aparecem em algumas pessoas), reações alérgicas ou ainda que esteja com infecções próximas à região da aplicação.
Gestantes, lactantes, quem está em tratamento de quimioterapia, diabéticos e quem tem hipertensão precisam estar estáveis, com a doença controlada, pessoas que fazem uso de medicações anticoagulantes, com cirurgias recentes, neoplasias, problemas oculares, uso de ácidos e cosméticos recentes também não devem realizar o procedimento.
Cuidados antes e depois
O primeiro fator que deve ser levado em consideração é que “a pessoa precisa ter confiança e segurança no profissional que vai realizar o procedimento”, alerta Priscila.
É muito importante também verificar se o especialista usa material descartável e se o pigmento é de boa qualidade, de preferência de origem orgânica.
Priscila ainda orienta que qualquer que seja o processo utilizado, é importante retocar após 30 dias. Isso porque pode acontecer dos fios não fixarem. Principalmente quando acontece sangramento, porque ele expulsa o pigmento da pele e o faz fixar menos.
A dica é colocar gelo antes de realizar a técnica e sempre utilizar um anestésito tópico bom – que não é injetado.
Além disso, escolher uma boa base do pigmento faz muito diferença. Existem dois tipos: a fria e a quente. “A quente fica avermelhada quando vai desbotando. A fria, cai pro tom azulado, cinza.
Por isso é importante entender sobre colorimetria, para fazer as misturas certas e aplicar da melhor forma em cada cliente”, alerta Priscila.
Depois do procedimento, é essencial passar a pomada cicatrizante indicada, mas não pode, de jeito nenhum:
- Tomar sol;
- Passar ácido;
- Passar base;
- Passar protetor solar;
- Entrar na piscina;
- Entrar no mar;
- Tirar a casquinha (porque ela ajuda na absorção do pigmento).
Também é importante evitar o suor no rosto, porque ele é ácido e pode ocasionar o clareamento do pigmento.
Micropigmentação dói?
De acordo com a especialista, a micropigmentação não é 100% indolor. “Existe uma uma sensibilidade que varia de pessoa para pessoa. Tem gente que sente mais dor, mesmo com o anestésico”, aponta ela.
Preços da micropigmentação
O valor do procedimento pode variar de clínica para clínica, mas costuma ficar na faixa entre R$ 600 e R$ 2000.