Quais países da América Latina identificamos como industrializados?
Os países mais industrializados são também aqueles mais avançados economicamente na região da América Latina: Brasil, México e Argentina.
Como se apresenta a industrialização na América Latina?
Países como México, Argentina e Brasil, além de outros, são considerados de industrialização tardia ou retardatária. Eles recebem esse nome pelo fato de terem ingressado no processo de industrialização quase cem anos após a Primeira Revolução Industrial em relação a países da Europa, Estados Unidos e Japão.
Quais os três países mais industrializados da América Latina *?
América Latina Tem mais depois da publicidade ;) Dessa forma, Brasil, Argentina e México buscaram acentuar a produção industrial, focando, primeiramente, no mercado interno, com a intenção de reduzir as importações.
Quando começou a industrialização da América Latina?
- A industrialização da América Latina. O processo de industrialização começou na Inglaterra no final do século XVIII, início do XIX, expandiu pela Europa, Estados Unidos e Japão; foi chamada de Primeira Revolução Industrial.
Qual a origem do processo de industrialização?
- Em outros, como boa parte da América Latina, o norte africano e a África do Sul, bem como uma fração dos países asiáticos, o processo de industrialização encontra-se em etapas mais avançadas, embora tenha se constituído de maneira tardia em relação aos países desenvolvidos.
Como ocorreu a industrialização nesses países?
- A industrialização, nesses casos, ocorreu de forma mais consolidada a partir da década de 1950, de modo que em muitos países esse processo ainda se encontra em fase inicial, como é o caso de alguns territórios da África e da Ásia.
Como o Brasil entrou com atraso no processo de industrialização?
- O Brasil entrou com atraso no processo de Industrialização. Ainda no período Imperial, no decorrer do reinado de Dom Pedro II, ...
Transcorrido meio século desde a sua fundação, a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe deu contribuições relevantes para o desenvolvimento regional e suas teorias e visões foram escutadas em muitos lugares do mundo. Hoje a CEPAL é referência obrigatória para quem estuda a história econômica da região nos últimos tempos.
A Comissão desenvolveu-se como uma escola de pensamento especializada no exame das tendências econômicas e sociais de médio e longo prazo dos países latino-americanos e caribenhos.
O pensamento da CEPAL é dinâmico, seguindo as imensas transformações da realidade econômica, social e política, regional e mundial. Desde os primeiros anos desenvolveu um método analítico próprio e uma ênfase temática que, com algumas variantes, se manteve até nossos dias.
O método, chamado "histórico-estrutural", analisa a forma como as instituições e a estrutura produtiva herdadas condicionam a dinâmica econômica dos países em desenvolvimento e geram comportamentos que são diferentes do comportamento das nações mais desenvolvidas.
Neste método não há "estágios de desenvolvimento" uniformes. O "desenvolvimento tardio" de nossos países tem uma dinâmica diferente das nações que experimentaram um desenvolvimento mais precoce. O termo "heterogeneidade estrutural", cunhado nos anos 70, capta bem as características de nossas economias.
Os historiadores identificam cinco etapas na obra da CEPAL:
Origens e anos 50: industrialização pela substituição de importações;
Anos 60: reformas para desobstruir a industrialização;
Anos 70: reorientação dos "estilos" de desenvolvimento para a homogeneização social e a diversificação pró-exportadora;
Anos 80: superação do problema do endividamento externo mediante o "ajuste com crescimento";
Anos 90: transformação produtiva com equidade.
Nos primeiros anos foi decisiva a influência do pensamento keynesiano e das escolas historicistas e institucionalistas centro-europeias. Nos últimos anos, o foco tem sido a renovação do pensamento keynesiano, as novas teorias do comércio internacional e da organização industrial, as teorias evolutivas da firma e o novo institucionalismo.
A história da CEPAL esteve marcada igualmente por sua participação nos debates sobre inflação, nos quais lançou as sementes do conceito de "inflação inercial", sem a qual não seriam compreensíveis muitos experimentos bem-sucedidos de estabilização das forças inflacionárias na região.
Também se destaca sua contribuição à análise sobre a crise da dívida e modalidades de ajuste macroeconômico nos anos 80, bem como aos debates sobre desenvolvimento sustentável desde os anos 70.
O desenvolvimento de uma metodologia de trabalho que combina múltiplos elementos é outro de seus legados. Nela destaca-se em primeiro lugar a busca de uma visão integral do desenvolvimento, de caráter interdisciplinar. Segundo, um jogo dialético entre ideias e realidade, entre pensamento e ação, que implica uma constante transformação das primeiras em função das mudanças no contexto, em clara interação com os governos da região. Terceiro, a busca de uma identidade regional, o estudo da realidade em função dos interesses regionais e o questionamento de qualquer esquema conceitual em função de sua validez para compreender nossas realidades e operar sobre elas.
As ênfases temáticas da Comissão são essencialmente três:
O papel central desempenhado pela modalidade específica da inserção internacional de nossas economias, quer dizer, sua estrutura de especialização e a dependência de fluxos instáveis de capital.
A transmissão da mudança tecnológica dos países que geram conhecimento para os nossos, cujas imperfeições geram dinâmicas que não facilitam a convergência nos níveis de desenvolvimento na ausência de intervenção estatal.
A equidade e sua relação com o processo global de desenvolvimento, já que tanto a forma como as estruturas produtivas e de propriedade condicionam a distribuição dos frutos do desenvolvimento e como esta última afeta a estrutura e a dinâmica econômica.
O método e as ênfases deram lugar a análises e recomendações de política diferentes ao longo do tempo e se nutriram de outras escolas de pensamento econômico, cujo selo se refletiu na história da instituição.
Evolução das ideias:
Este documento baseia-se na introdução ao livro comemorativo "50 anos de pensamento na CEPAL", produzido em 1998 por ocasião da comemoração das cinco primeiras décadas da instituição. Seu autor é Ricardo Bielschowsky, funcionário da CEPAL no Escritório de Brasília. O livro contém 28 textos selecionados e a introdução ao livro reconstitui a trajetória intelectual da instituição durante o período 1948-1998 e remete o leitor às teses de maior relevância e aos textos selecionados.
Informação histórica - Evolução das ideias da CEPAL
Origens e anos 50: Industrialização.
Anos 60: "reformas para desobstruir a industrialização".
Anos 70: reorientação dos "estilos" de desenvolvimento para a homogeneização social e a diversificação pró-exportadora.
Anos 80: superação do problema do endividamento externo mediante o "ajuste com crescimento".
Anos 90: transformação produtiva com equidade.
A produção recente.
Veja também: Evolução das ideias da CEPAL, Revista da CEPAL, Número Extraordinário, Ricardo Bielschowsky, Santiago do Chile, outubro de 1998, LC/G.2037-P.
Para um maior aprofundamento do tema, recomenda-se alguns documentos institucionais recentes apresentados aos cinco últimos períodos de sessões da Comissão, em particular Enfrentando o futuro da proteção social: acesso, financiamento e solidariedade; Desenvolvimento produtivo em economias abertas; Globalização e desenvolvimento; Equidade, desenvolvimento e cidadania y El pacto fiscal: Fortalezas, debilidades y desafíos. De igual modo se recomienda la coedición de la CEPAL con Alfaomega de Bogotá Una década de luces y Sombras. América Latina y el Caribe en los años noventa.
Também é recomendável a bibliografia dos ex-Secretários Executivos, em particular as publicações relativas à construção das ideias da CEPAL.