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CLORETO DE POTÁSSIO - KCL (INJETÁVEL)
Nome Comercial / Apresentação
Cloreto de Potássio 19,1% – 191mg/mL = 2,56 mEq/mL (ampola 10mL)
Classe Terapêutica
Eletrólito
Dose
Adulto3,10
Hipocalemia grave e/ou paciente sintomático: Em geral, 20mEq de potássio aumenta a concentração sérica em 0,25mEq/L.
Pediatria
Hipocalemia: 0,5-0,75 mEq/kg EV infundidos em 1-2h (dose máxima: 40 mEq). Iniciar a monitorização cardíaca; Infusão de 0,3 a 0,5 mEq/kg/h. Máximo 20mEq/hora em criança e 40mEq/hora em adolescentes. 3,10
Ajuste de dose
Insuficiência renal: Utilizar com cautela;
Insuficiência hepática: Não é necessário ajuste de dose. 3
Preparo / Diluição
Diluição
SF 0,9%, SG 5% e ringer lactato. Não é aconselhável que a diluição seja realizada com SG 5% em caso de hipocalemia grave.10
Concentração Máxima
Acesso periférico: 10 mEq/100mL;
Acesso central: 20 - 40 mEq/100mL.3
Administração
Endovenosa - SOMENTE DEVE SER ADMINISTRADO APÓS DILUIÇÃO.3,10
Seguir orientações da diretriz para medicamento irritante/vesicante.
Medicamento vesicante: pode ser administrado via AVP respeitando a concentração (ADULTO: menor ou igual a 10mL/250mL e PEDIATRIA: menor ou igual a 6mL/250mL), seguindo orientações da diretriz para medicamento irritante/vesicante. Para concentrações maiores considerar o uso de CVC.
Velocidade de Infusão10:
A taxa máxima de infusão em acesso periférico deve ser 10mEq/hora e em acesso central 40mEq/hora.
Soluções Padronizadas
Tempo mínimo recomendado de infusãoAcesso Venoso Central
KCl 19,1% (10mL/100mL SF0,9%)
1 hora
KCl 19,1% (20mL/100mL SF0,9%)
2 horas KCl 19,1% (20mL/250mL SF0,9%)
2 horas
KCl 19,1% (20mL/250mL SG5%)
2 horas
Acesso Venoso Periférico
KCl 19,1% (10mL/500mL SF0,9%)
4 horas
Estabilidade / Conservação
24 h em temperatura ambiente.10
Cuidados Específicos e Monitoramento
Pacientes que recebem potássio por via parenteral devem ser monitorados cuidadosamente. Deve-se avaliar função renal, cardíaca ou qualquer fator que possa contribuir para alterações na concentração de potássio sérica (ex: alcalose, acidose). Desordens ácido/base: Usar com cautela em pacientes com alterações ácido/base, pois mudanças na concentração sérica de potássio podem ocorrer durante a correção do distúrbio ácido/base. Doença Cardiovascular: Pacientes com desordens cardiovasculares podem ser mais suscetíveis aos efeitos cardíacos relacionados à hiper/hipocalemia. Condições que alteram as concentrações de potássio: Doenca de Addison não tratada, trauma severo e queimaduras. Insuficiência renal: Usar com cautela em pacientes com disfunção renal e monitorar a concentração sérica de potássio. Pacientes digitalizados: Pacientes digitalizados são mais susceptíveis aos eventos adversos decorrentes de alterações abruptas nas concentrações de potássio sérico.3
Reações adversas
Cardiovascular: Arritmia, parada cardíaca e hipotensão. Endócrino: Hipercalemia. 3
Toxicologia
Efeitos Clínicos
As manifestações mais graves da hipercalemia são: Fraqueza muscular ou paralisia, anormalidades de condução cardíaca e arritmias cardíacas (geralmente com concentrações séricas de potássio acima de 8mEq/L), parada cardiorrespiratória e morte (geralmente com concentrações séricas de potássio de 9 a 12mEq/L). 10
Tratamento3
Confirmar se o paciente realmente é hipercalêmico (excluir pseudohipercalemia), realizar eletrocardiograma e, se verificados os sinais de hipercalemia, manter o paciente em monitoramento (ECG).
TRATAMENTO DE HIPERCALEMIA Alteração da polarização da membrana causada pela hipercalemia Cálcio Condução de potássio extracelular para dentro das células Insulina e glicose Retirada do excesso de potássio Resina de troca catiônica Diálise, preferência para hemodiálise em casos graves
Alteração da polarização da membrana causada pela hipercalemia
Adulto: Cloreto de Cálcio 10% IV: 500mg a 1.000mg (5-10mL) em 2 a 3min (preferencialmente por acesso central); ou Gluconato de Cálcio 10% IV: 1.000mg (10mL) em 2-3min (pode ser infundido perifericamente em veia de grande calibre). O cálcio pode ser repetido após 5 minutos se as alterações no ECG persistirem.
Pediatria: Gluconato de Cálcio 10% IV: 0,5mL/kg (máximo 20mL) em infusão de 5 minutos.
Condução de potássio extracelular: Glicose e insulina regular IV
Adulto: 10 unidades internacionais de insulina regular em 500mL de SG 10% em 60 minutos. Alternativamente pode ser administrado bolus de 10 unidades internacionais de insulina regular, seguida da administração de 50mL de glicose 50%. A fim de evitar hipoglicemia, manter infusão de SG 10% a 50-75mL/h.
Pediatria: 0,1UI/kg de insulina regular (máximo de 10UI) somado a 0,5g/kg de glicose em 30 minutos. Crianças de até 5 anos devem receber glicose 10% na dose de 5mL/kg e crianças maiores de 5 anos devem receber glicose 25% na dose de 2mL/kg (máximo de 25g).
Retirada de Potássio
Hemodiálise: Pode ser considerada a possibilidade de hemodiálise para pacientes com hipercalemia grave. A hemodiálise pode remover 25 a 50mEq/h de potássio.
Poliestireno sulfonato de cálcio (resina de troca iônica): A utilização da resina de troca iônica não é efetiva com a utilização de apenas uma dose e deve ser utilizada com cautela devido aos riscos de eventos adversos.
Oral
Adulto: 15g, VO, 3 vezes/dia.
Pediatria: 1g/kg/dia, administrada em doses divididas, em hiperpotassemia aguda (máximo 30g). A dose pode ser reduzida para 0,5g por quilograma de peso por dia, em doses divididas para tratamento de manutenção.
Retal
Adulto: 50g de resina em 150mL de sorbitol.
Pediatria: Quando recusada por boca, ou em caso de vômito, a resina pode ser administrada por via retal, usando uma dose no mínimo igual à que deveria ser administrada por via oral, diluída na mesma proporção descrita para adultos.
Medicamento Sintomático Recomendado
Contraindicação
Hipersensibilidade aos componentes do produto, insuficiência renal grave, doença de Addison não tratada e hipercalemia.10
Uso Durante a Gestação
Categoria C: Não há dados suficientes para avaliar a segurança do medicamento durante a gravidez. O medicamento deve ser administrado apenas se o benefício potencial justificar o risco.10
Atualizado em:
28/12/2021 14:11