Quantas medalhas o Brasil já ganhou na ginástica artística?

Brasil supera recorde de medalhas nas olimpíadas de 2021

A ginástica artística, também conhecida como ginástica olímpica, envolve força, leveza e a combinação de uma sequência de exercícios acrobáticos que exigem perfeição em diferentes tipos de aparelhos.

Esse esporte está muito em alta nos últimos meses, pois o Brasil fez história nas Olimpíadas de 2021, em Tóquio. Com muito treinamento, superação e conquistas inéditas, o país conseguiu bater diversos recordes de medalhas. 

Com novas modalidades, como skate e surfe, o Brasil ficou em 12ª lugar no quadro de medalhas, com 37 de ouro conquistadas, 43 de prata e 71 de bronze, sendo esta a melhor participação brasileira na história de todos os Jogos Olímpicos. No quesito ginástica artística, o país conquistou a primeira medalha na modalidade feminina.

Conheça todos os medalhistas brasileiras 

Quando falamos em medalhistas brasileiros, não podemos nos esquecer de Arthur Zanetti, o primeiro atleta brasileiro a conquistar uma medalha olímpica para a ginástica artística, nos Jogos de Londres em 2012.

Arthur, em Londres, logrou uma medalha de ouro ao se apresentar na final das argolas. Já nos jogos em casa, ocorridos em 2016 no Rio de Janeiro, ele obteve, novamente nas argolas, a medalha de prata. Também não podemos falar em medalhistas brasileiros sem comemorar os quatro anos dos Jogos Olímpicos no Rio, em 2016, quando houve a histórica dobradinha de Diego Hypólito e Arthur Nory no solo.

Arthur Nory surpreendeu o mundo da ginástica artística ao  levar a medalha de bronze. Diego, por sua vez, foi o segundo ginasta a se apresentar no solo e conquistou a medalha de prata. Ambos os ginastas são os responsáveis pela única dobradinha brasileira nas Olimpíadas do Rio.

Em termos numéricos, a ginástica artística masculina adquiriu uma medalha de ouro em 2012, já nos jogos olímpicos seguintes, que aconteceram em 2016, os ginastas levaram para casa  2 medalhas de prata e uma de bronze.

Nos Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2021, a ginástica artística feminina fez história. A primeira ginasta brasileira a subir ao pódio foi Rebeca Andrade, que levou uma medalha de ouro no salto e uma de prata no individual geral feminino.

Você deve estar se perguntando: “mas e a Daiane dos Santos?”. É impossível, claro, não lembrarmos da ex-atleta quando falamos em ginástica artística feminina.

Ela foi uma das principais referências da ginástica brasileira e fez grandes contribuições ao esporte, mas não conquistou medalha olímpica na ginástica em sua carreira, apenas em competições mundiais.

“Baile de favela” ao pódio em Tóquio l Ginástica artística – Rebeca Andrade (ouro e prata)

Rebeca Andrade foi a primeira a conquistar a primeira medalha olímpica da ginástica artística feminina brasileira. Graças a ela, o Brasil teve uma passagem inédita nos Jogos de Tóquio. 

Primeiro, ela conquistou uma medalha de prata no Individual Geral, fazendo 57,298 pontos com sua icônica performance no solo ao som de Baile de Favela. Com isso, Rebeca se tornou a primeira mulher a conquistar medalha olímpica da ginástica feminina brasileira.

Mas ela não parou por aí. Rebeca teve desempenho de 15,083 pontos na modalidade do salto feminino, e se garantiu em primeiro lugar, ao lado da americana Mykayla Skinner, que fez 14,916 e da sul-coreana Seojeong Yeo, com 14,733.

A jovem paulista de 22 anos conseguiu as duas primeiras medalhas da história da ginástica artística feminina na competição. A medalhista brasileira foi a primeira atleta a alcançar duas medalhas na mesma edição, sendo uma de ouro no salto e outra de prata na ginástica artística geral individual.

Rebeca, ainda, é uma das seis integrantes da seleção de ginástica artística classificada para Tóquio que recebe a Bolsa Pódio. 

Mundial de ginástica artística 

Após os Jogos Olímpicos de Tóquio, acontecerá em Kitakyushu, o mundial de ginástica artística. E, é claro, a disputa contará com a ginástica brasileira. 

Nomes como Arthur Nory, Caio Souza e Luís Porto representarão o Brasil na equipe masculina, e Rebeca Andrade marcará presença na equipe feminina.

Desde 1996, esta é a primeira vez em que a competição acontece no mesmo ano das olimpíadas. As próximas olimpíadas serão em 2024, na cidade de Paris, e o evento possui todas as expectativas para ser mágico.

Sendo assim, os torcedores esperam que os atletas conquistem várias medalhas para fazer ainda mais história em nome do Brasil.

Em três diferentes edições dos Jogos Olímpicos, os brasileiros torceram e quase viram um atleta do país chegar ao pódio. A primeira grande esperança de medalha foi Daiane dos Santos, em Atenas 2004. Campeã mundial de solo um ano antes, a ginasta foi à final, mas acabou com a quinta colocação. Já em Pequim 2008 foi a vez de Diego Hypolito chegar como favorito após o bicampeonato mundial. Uma queda no último movimento, contudo, tirou as chances do atleta. Em Londres 2012, novamente Diego caiu e ficou de fora do pódio.

Apesar disso, os Jogos Olímpicos de Londres-2012 representaram um marco para a ginástica artística brasileira. Embalado por uma sequência de títulos nas argolas, o estreante nos Jogos Arthur Zanetti precisava controlar a ansiedade e superar o maior rival das últimas competições, o chinês Yibing Chen. Último a se apresentar na final, o paulista superou todas as expectativas. Cravou 15.900 pontos, ultrapassou o concorrente e faturou o ouro. Ali, Arthur Zanetti entrou para a história como o primeiro medalhista da ginástica do Brasil em todos os tempos nos Jogos, um feito ressaltado pela cor da medalha que o paulista conquistou.

Quatro anos depois, em casa, o Brasil fez história mais uma vez. O ouro de Zanetti virou prata na final das argolas, mas ele ganhou a companhia de Diego Hypolito e Arthur Nory no quadro de medalhas. Diego conquistou a medalha que havia deixado escapar em edições anteriores, ficando com a prata no solo. Na mesma prova, Arthur Nory foi bronze, protagonizando o primeiro pódio duplo do país na ginástica artística.

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