Seleção Brasileira de Handebol de Praia Masculino
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A Seleção Brasileira de Handebol de Praia Masculino é a equipe que representa o Brasil nos torneios internacionais de Handebol de Praia. A equipe é mantida pela Confederação Brasileira de Handebol.[2] É a seleção mais bem sucedida da modalidade contando com mais de 15 títulos conquistados, entre eles 5 títulos mundiais.
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Federação | Confederação Brasileira de Handebol | |||||||||||||
Sigla IHF | BRA | |||||||||||||
Ranking IHF | 1º[1] | |||||||||||||
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Na última década, o Brasil foi campeão mundial de handebol com a seleção feminina. O feito aconteceu em 2013, na Sérvia, apenas dois anos depois de o país receber a competição e as brasileiras ficarem na quinta posição, muito perto do pódio. Três anos depois da glória, outra bela atuação, agora olímpica, outra quinta colocação, mas desta vez com o lamento de não ter conquistado uma medalha nos Jogos do Rio. No entanto, os últimos dois Mundiais e as Olimpíadas de Tóquio mostraram que o fim da década de ouro foi em plena decadência. As brasileiras foram ficaram em 18º no Mundial de 2017 e em 17º no de 2019. Nos Jogos Olímpicos deste ano, uma 11ª posição entre 12 seleções. Reflexo de uma conturbada administração da confederação, envolvida em escândalos, mas também da falta de estrutura e investimento para manter um time de altíssimo rendimento.
Na próxima quinta-feira, na Espanha, começa um novo Mundial. E pela primeira vez, depois de sete edições, o Brasil não terá a armadora esquerda Duda Amorim, considerada a melhor jogadora do mundo na última década. Da equipe campeã em 2013, apenas duas jogadoras permanecem no elenco: a goleira Babi Arenhart e a central Ana Paula. O técnico também é novo: Cristiano Rocha assumiu o time no lugar do espanhol Jorge Dueñas, substituto do campeão mundial Morten Soubak em 2017 e demitido logo após os Jogos Olímpicos de Tóquio. Cristiano Rocha, aliás, foi auxiliar de ambos na seleção antes de assumir o time há menos de dois meses.
Babi, goleira da seleção feminina de handebol do Brasil — Foto: William Lucas/inovafoto
- Acredito que esse Mundial vai ser muito importante para gente recomeçar o novo ciclo, temos atletas novas que estão vindo pela primeira vez para uma competição de tamanha grandeza. Mas eu confio no nosso grupo. E acho que a gente caiu num grupo que facilita muito a nossa classificação para as próximas fases. Estou bem confiante de que nesse Mundial vamos conseguir um bom resultado. Que a gente consiga nos colocar de novo pelo menos entre os dez melhores do mundo. Já seria um grande passo para a gente, para ver onde estamos no cenário mundial. Todo recomeço é difícil, tem seus desafios, mas credito que esse grupo vai fazer um bom trabalho. Estou bastante confiante, temos que começar de algum lugar. E esse Mundial vai marcar para gente um novo recomeço - disse a goleira Babi.
O Brasil estreia na quinta-feira, dia 2, contra a Croácia, depois encara o Japão no sábado e encerra a primeira fase contra o Paraguai, na segunda-feira. Todos jogos serão na cidade espanhola de Castellón. São oito grupos de quatro seleções e as três primeiros avançam de fase, na qual formam-se novos grupos com as 24 equipes classificadas.
- Espero que a gente possa fazer uma boa campanha. Nesse novo formato temos possibilidade de chegar um pouco mais longe. É um novo ciclo e o início de um novo trabalho. Eu acredito que a gente possa fazer bons jogos e chegar mais longe, melhor do que os últimos Mundiais - analisou Ana Paula.
Cristiano Rocha é efetivado como novo técnico da seleção brasileira de handebol feminino — Foto: Santiago Russo/CBHb
O Brasil passou por um período de treinamento em Bilbao, na Espanha, antes da competição que começa nesta quarta-feira, dia 1º, e tem a final marcada para o dia 19. França, Rússia, Holanda e a Espanha, dona da casa, estão entre as favoritas entre as 32 seleções. O Brasil, desta vez, não contará com sua principal jogadora, Duda Amorim, que anunciou a aposentadoria da seleção e, em maio, deixa definitivamente as quadras de handebol.
- Pra mim, pessoalmente, vai ser no mínimo estranho não ter a Duda na seleção. A gente se conheceu em 2002, nas categorias de base, e desde então a gente trabalha juntas. Tudo o que a gente conquistou e que aconteceu na história da seleção ela esteve junto comigo. Então vai ser diferente, vai ser desafiador, mas eu acho que a gente tem que recomeçar o novo ciclo focada no futuro, nas atletas que a gente tem, acredito muito que vamos conseguir fazer um bom trabalho. Vamos sentir falta dela, mas acho que ela deixou para gente um grande legado e um grande aprendizado, como atleta e como pessoa. Eu espero que a gente possa levar isso para os jogos e para nossa mentalidade dentro da competição. Que a gente possa olhar para o futuro com olhos de esperança. A gente vai lutar e se entregar, tenho certeza, o resultado vem depois como consequência - afirmou Babi.
- Com certeza vai ser uma nova adaptação jogar sem a Duda. Faz muitos anos que ela tá na seleção, com uma responsabilidade muito grande principalmente na parte defensiva. Ela sempre foi a base da defesa do Brasil, então vai ser uma adaptação para o novo ciclo. Ela é uma jogadora muito importante, e agora precisamos saber se adaptar e seguir sem ela - concluiu Ana Paula.
Ana Paula em ação em Brasil x Cuba no Pan de Lima 2019 — Foto: Wander Roberto/COB