Quem criou o rádio no Brasil?

Meio de comunicação se tornou principal instrumento para integração do país e democratização do acesso à informação

Publicado em 07/09/2022 08h21 Atualizado em 07/09/2022 08h23

No dia 7 de setembro de 1922, durante a comemoração do centenário da Independência, brasileiros ouviram pela primeira vez uma transmissão de rádio. Nessa data, foi veiculado o discurso do então presidente da República, Epitácio Pessoa. Ele estava no Rio de Janeiro e os aparelhos receptores instalados em Niterói, Petrópolis e São Paulo. Esse momento marcou o início do rádio no Brasil. Anos depois, o meio de comunicação conquistou a população, se tornou paixão nacional e um importante instrumento para integração regional.

Por meio das ondas de radiofrequência se tornou possível romper barreiras geográficas e sociais, promovendo acesso a conteúdos informativos e educativos em todo país. A primeira emissora brasileira foi a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, fundada em 1923 pelo antropólogo e educador Edgard Roquette-Pinto – que também viabilizou a primeira transmissão, em 1922, e é considerado o pai da radiodifusão no Brasil. A emissora tinha como principal propósito promover a educação. Segundo o idealizador, o rádio era a “escola dos que não tinham escola”. Na década de 1920, a taxa de analfabetismo era de 65%, de acordo com censo demográfico da época.

Apesar do potencial, no início, o rádio ainda tocava em caráter experimental e começou a se popularizar na década de 1930. Principalmente após a sanção de uma lei, pelo então presidente Getúlio Vargas, em 1932, que autorizava a transmissão de propaganda pelas emissoras. Esse foi um incentivo para que empresas começassem a investir e os aparelhos de rádio ficassem mais acessíveis. Com isso, passaram a ganhar espaço a música popular e os programas de entretenimento – como radionovelas. Na década de 1950, o rádio viveu a “Era de Ouro”.

Ainda hoje é um dos principais meios de comunicação, capaz de chegar a todos os brasileiros, desde os que vivem nas capitais até os que estão no interior do país, em localidades de difícil acesso.

NOVAS FREQUÊNCIAS - Ao longo dos anos, o rádio resistiu e se adaptou à chegada das novas tecnologias. Uma das principais mudanças pelas quais passa para continuar como um importante instrumento para prestação de serviços é a migração na frequência de transmissão de AM (Amplitude Modulada) para FM (Frequência Modulada). As rádios que operam em AM alcançam uma área maior, porém estão bem mais sujeitas a interferências e ruídos. Por outro lado, rádios FM cobrem uma área menor, mas contam com aumento significativo na qualidade. Além disso, alguns aparelhos mais novos, como celulares e tablets, não sintonizam AM.

Com a migração, também se tornou necessário ampliar os canais disponíveis para comportar mais emissoras. Por essa razão, atualmente existe o que chamamos de “banda estendida”, com novos canais nas frequências de 76,1 FM a 87,5 FM. 

Texto: ASCOM | Ministério das Comunicações • mais informações:  | (61) 2027.5530

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A história do rádio no Brasil começa, oficialmente, em 7 de setembro de 1922, com a transmissão da fala do presidente Epitácio Pessoa em comemoração ao centenário da Independência do país. Porém, a instalação do rádio de fato ocorreu apenas em abril do ano seguinte com a criação da "Rádio Sociedade do Rio de Janeiro", com transmissor instalado na Escola Politécnica, na cidade que àquela época ainda era a capital federal. Entretanto, pelo fato de a memória nacional sobre o radiodifusor no país não ter sido muito bem preservada, algumas divergências sobre a origem oficial do rádio no Brasil se fazem presentes. No geral, as primeiras emissoras de rádio brasileiras eram formadas por grupos organizados de curiosos e encantados com a grande novidade daqueles dias.

A radiodifusão no Brasil ficou décadas sem devida regulação, havendo apenas um ato publicado por Epitácio Pessoa que designava a Repartição Geral dos Correios e Telégrafos como responsável pelas transmissões de radiotelegrafia e de radiotelefonia. Apenas em 1931, no governo de Getúlio Vargas, surgiu interesse para regular a atividade da radiodifusão. Naquela época, havia uma preocupação do governo com a disseminação de emissoras de rádio no país, pois já haviam centenas e o número estava em constante crescimento. Naquele ano, o governo publicou um decreto que tinha como principais aspectos a concessão de canais para entes privados e a legalização da propaganda comercial.

A liberação das propagandas nas rádios trouxe desenvolvimento às emissoras, que puderam investir mais, visto que agora possuíam recursos para tanto. As radionovelas e os programas musicais se popularizaram, lançando diversos artistas; os programas informativos também conquistaram grande importância junto ao povo. O rádio tornou-se, então, um importante meio de comunicação em massa.

Em 1934, Vargas instituiu o Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP), que possuía entre suas atribuições a de controle de conteúdo nas transmissões. O DIP era diretamente vinculado ao presidente, que via na radiodifusão um importante veículo para propaganda ideológica e cultural.

Com o início da era da televisão no Brasil em 1950, tornou-se ainda mais necessária a criação de um código para o setor da radiodifusão no país. Somente em 1958, com Juscelino Kubistchek na presidência, surgiu um amplo projeto de código. Durante o seu curto mandato presidencial em 1961, Jânio Quadros criou o Conselho Nacional de Telecomunicações, subordinado à presidência, mas com uma Comissão Técnica de Rádio no Ministério da Viação e Obras Públicas. A regulação da radiodifusão brasileira começou efetivamente em 1964, nos primeiros dias do Governo Castelo Branco – 42 anos depois da primeira emissora de rádio surgir no Brasil.

Criada pela Lei Geral de Telecomunicações, a Anatel foi a primeira agência reguladora a ser instalada no Brasil, em 5 de novembro de 1997, e até hoje é a entidade responsável pela regulação do setor. A agência é uma autarquia vinculada ao Ministério das Comunicações, com administração independente e autonomia financeira.

Quanto à origem da tecnologia radiofônica em si, Roberto Landell de Moura, pesquisador da área da ciência da telecomunicação e realizador de diversos experimentos com a transmissão de som e sinais telegráficos sem fio por meio de ondas eletromagnéticas, é considerado no Brasil o inventor dos primeiros aparelhos de rádio. Entretanto, o cientista teve variadas dificuldades no desenvolvimento de suas pesquisas, contando com barreiras técnicas e financeiras, além da resistência da sociedade geral em levar seus estudos a sério. Apesar de Landell de Moura ter ganhado mais reconhecimento pelos seus inventos nos últimos anos, mundialmente é o físico italiano Guglielmo Marconi o reconhecido como desenvolvedor da tecnologia de transmissão de som por ondas de rádio. Entretanto, também dá-se o mérito da criação do rádio ao engenheiro e inventor sérvio Nikola Tesla, visto que Marconi se utilizou de diversas patentes de Tesla no seu projeto.

Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/historia/historia-do-radio-no-brasil/

Quem foi que inventou o rádio no Brasil?

Em 1899, 23 anos antes da primeira transmissão de rádio feita a partir de estações instaladas no Brasil, um padre realizava a mais antiga transmissão de voz por ondas de rádio no país.

Quando foi inventado o rádio no Brasil?

O rádio nasceu no Brasil, oficialmente, em 7 de setembro de 1922, nas comemorações do centenário da Independência do país, com a transmissão, à distancia e sem fios, da fala do presidente Epitácio Pessoa na inauguração da radiotelefonia brasileira.

Quem foi que inventou a rádio?

O italiano Guglielmo Marconi fez o primeiro sistema de telégrafos sem fios, sendo essa transmissão no Canal da Mancha, em 1899.

Qual é a história do rádio no Brasil?

Veículo responsável por levar informação e entretenimento até os locais mais remotos, o rádio no Brasil completou 100 anos no dia 7 de setembro. Foi nessa mesma data, em 1922, durante a comemoração do centenário da Independência, que os brasileiros ouviram pela primeira vez uma transmissão de rádio.