A Companhia Brasileira de Bebidas Premium, dona da marca de cerveja Proibida, perdeu um recurso no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro e pode ter que pagar uma indenização milionária à CBF (Confederação Brasileira de Futebol) e à Ambev, patrocinadora da seleção brasileira.
No processo, de fevereiro de 2018, as autoras alegavam que a cerveja Proibida, concorrente de marcas da Ambev, utilizou propaganda com jogador de futebol, usando uniforme semelhante ao da seleção. O argumento foi que a ré utilizava-se de "marketing de emboscada".
O juiz de primeira instância proibiu a cervejaria de utilizar a peça publicitária, mas não fixou indenização. As autoras recorreram.
"Reconhecido o direito à indenização pelo dano material, a hipótese importa que a quantificação se dê através de fase de liquidação de sentença, ficando desde já indicado como norte o seguinte: está em aferição apenas a transgressão representada pelo uso do uniforme assemelhado ao da Seleção; deverá se levar em consideração que é a autora que detém a maior parte do mercado de cerveja, sendo que a ré é uma concorrente com participação bem menor no referido mercado; deverá ser observado o disposto na Lei 9.279/96 no que couber; caberá ao Juízo nomear perito para aferição da justa indenização", diz um trecho do acórdão, que não cita o valor a ser pago.
A cervejaria disse por nota que não comenta ações em tramitação na Justiça.
Nos últimos cinco anos, o segmento de cervejas puro malte observou um ‘boom’ no varejo. Com a assinatura “Quem bebe entende”, a SBBP, responsável pela marca Proibida, decidiu promover as versões Puro Malte Pilsen e Extra, por meio de uma campanha de reposicionamento no mercado de alcoólicos.
O filme utiliza a ironia e o sarcasmo para mostrar a atmosfera de “Puro Marketing” que existe por trás de algumas campanhas e de certos “bebedores” de cerveja Puro Malte.
Armando Araújo, diretor executivo de Criação da We, comenta:
“Foi-se o tempo em que beber uma boa cerveja não era sobre status. E o engraçado é que as verdadeiras Puro Malte são simples, feitas apenas com água, malte e lúpulos. Os nossos filmes também foram produzidos assim: um personagem, um cenário e, claro, uma Proibida Puro Malte gelada.”
Para a empresa cervejeira, o hábito de beber carrega traços tradicionais de celebração e simplicidade. Ao longo do tempo, uma das atividades mais antigas da sociedade, ganhou um ‘fake glamour’ e se adornou de status cada vez mais refinados, perdendo toda a essência da tradição. A campanha resgata a experiência básica da cerveja, com isso, desde o cenário até o texto dos atores foram planejados da maneira mais descomplicada.
Com direção de André Vidigal e produção da In Good Company, os filmes “Bebedor Espuma”, “Pagadora” e “Copo” têm áudio da S de Samba e pós-produção da Clan VSX. “Essa produção foi uma dessas oportunidades na qual consigo extrair o melhor da minha direção. O humor afiado e a modernidade são dois elementos muito presentes, e conseguem criar uma conexão mais intensa da marca com o seu real consumidor, aquele que bebe a cerveja porque entende, gosta, e o faz de maneira simples, como deveria ser”, comenta o diretor.
A campanha vai ao ar em diversos meios com filmes diferentes de acordo com a segmentação da audiência: nos programas de público feminino, será veiculado o filme protagonizado pela atriz e, nos programas de público masculino, será exibido o filme com o ator.
Ficha técnica
Agência: We
Diretor Executivo de Criação: Armando Araújo e Christian Fontana
Diretor de Criação: Armando Araújo
Diretores de Criação Associado: Glauber Dorotheu e Thiago Gueler.
Criação: Paulo Almeida e Rafael Britzki
VP Operações: Alexandre Ugadin
Atendimento: Lucia Oliveira, Fernando Graubart
Planejamento: Carla Purcino, Nayana Franklin
Mídia: Júlio Campos, Almir Pereira, Carlos Chagas, Flávio Joele
RTV: Alessandra Salles e Luana Aghata
Produção Gráfica: Alexandre Borges
Aprovação do Cliente: Meire Yasue Fukugauti, Maika Ishigaki
Produtora: In Good Company
Diretor de Cena: Andre Vidigal
Diretor de Fotografia: Joao Fröhlich
Produção Executiva: Laura Coló , Guilherme Jordão
Atendimento: Edward Scott
Coordenação de Produção: Beth Ganymedes
Montador: André Vidigal, Léo Cravo
Finalizador: Mauro Amar
Pós Produção: Clan VFX
Produtora de Áudio: S de Samba
Compositor: Pedro Caldas
Direção Musical: Wilson Simoninha e Jair Oliveira
Atendimento: Meg Magro
Mixagem e Finalização: Antonio Arruda
Fotos: Marco Lopes
Além da empresa, estão em investigação atacadistas de médio e pequeno porte que teriam atuado em conjunto na suposta fraude
Cerveja Proibida. Foto: Divulgação
Escrito en POLÍTICA el 25/9/2018 · 12:15 hs
A operação Happy Hour, deflagrada na manhã desta terça-feira (25), fez buscas e apreensões de documentos e arquivos digitais no grupo Morizono. O grupo é do empresário Nelson Morizono, que já foi dono de marcas conhecidas como Biotônico Fontoura, Benegrip, Monange e Doril e agora controla a Companhia Brasileira de Bebidas Premium, fabricante da cerveja Proibida. A ação, que envolveu 60 agentes fiscais, é organizada por cinco órgãos: a Secretaria da Fazenda do governo paulista, Polícia Civil, Procuradoria Geral do Estado, Grupo de Atuação Especial para Recuperação Fiscal e os Auditores Fiscais da Receita Estadual, com um total de 23 alvos em 14 cidades em São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia. A empresa é investigada por suspeita de deixar de pagar R$ 100 milhões em ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços). Além da empresa, estão em investigação atacadistas de médio e pequeno porte que teriam atuado em conjunto na suposta fraude. A investigação apontou a existência de dois esquemas, , explica Vitor Manuel Alves Junior, diretor-executivo na DEAT (Diretoria Executiva da Administração Tributária), ligada à Secretaria da Fazenda. No primeiro deles, a indústria localizada em São Paulo simularia vendas para empresas supostamente de fachada, fora do estado, cadastradas como exportadoras –categoria sobre a qual não incide o imposto– ou como outras fabricantes –transação em que o valor recolhido é menor do que uma venda regular. No segundo esquema identificado, as operações fraudadas ocorrem dentro do próprio estado, em vendas a grandes atacadistas. Nesse caso, a companhia teria simulado devoluções de produtos por parte das compradoras —elas chegavam a 36% das vendas totais, o que chamou a atenção do Fisco. Quando há uma devolução, a cobrança do imposto é cancelada. Leia mais sobre o assunto na Folha