A Polícia apreendeu caderno com frases ofensivas que o menino Miguel era obrigado, pela mãe, a escrever
Por Redação , em 04/08/2021 às 11:05
Foto: Montagem pensarpiauí
Bruna, Yasmin e Miguel
Fórum- A Polícia Civil do Rio Grande do Sul apreendeu, na noite dessa terça-feira (3), em Imbé (RS), um caderno com frases ofensivas que o menino Miguel dos Santos Rodrigues, de 7 anos, era obrigado a escrever pela mãe, Yasmin Rodrigues, de 26 anos, que está presa após confessar ter matado a criança.
As frases eram: “eu sou um idiota”, “não mereço a mamãe que eu tenho”, “eu sou ladrão, “eu sou ruim” e “eu sou um filho horrível”.
Foto: Divulgação
Caderno de Miguel
De acordo com o delegado Antonio Carlos Ractz, o caderno foi apreendido em um dos apartamentos onde Miguel morou com a mãe. Além do caderno, a polícia também localizou uma corrente, que seria utilizada para manter a criança presa.
A polícia divulgou ainda gravação que mostra a mãe e a madrasta de Miguel, Bruna Nathieli Porto da Rosa, conversando sobre a compra da corrente. Bruna também está presa. Ela e Yasmin foram transferidas do Presídio de Torres para a Penitenciária Feminina de Guaíba, na Região Metropolitana de Porto Alegre.
De acordo com a Polícia Civil, Yasmin Rodrigues dopou o filho com medicamentos, colocou o corpo dentro de uma mala e jogou no Rio Tramandaí, há uma semana.
Yasmin foi à polícia na quinta-feira (29), para relatar o suposto desaparecimento da criança. Ao apresentar contradições, foi questionada pela polícia e confessou o crime. Segundo a Polícia Civil, a criança sofria tortura física e psicológica.
As buscas pelo corpo do garoto ainda prosseguem. O Corpo de Bombeiros Militar acredita que ele tenha sido levado para o mar, onde o rio desemboca, devido à vazante. As buscas chegam ao sétimo dia nesta quarta-feira (4), e são realizadas entre a praia de Tramandaí e a cidade de Torres, no Litoral Norte do RS.
Outras frases escritas no caderno são: “Não mereço a mamãe que eu tenho”, “Eu sou um filho horrível” e “Eu sou cruel”.
A Polícia Civil do Rio Grande do Sul encontrou, na terça-feira (3), um caderno com frases ofensivas, como “Eu não presto” e “Eu sou um filho horrível”, copiadas por Miguel dos Santos Rodrigues. O menino de 7 anos foi morto pela mãe, Yasmin Vaz dos Santos Rodrigues, de 26 anos.
O objeto foi encontrado em um dos apartamentos em que Yasmin morou com o filho, no centro da cidade de Imbé (RS). No local, a polícia também achou uma corrente que seria utilizada para prender o menino. A perícia criminal esteve no imóvel e coletou material genético.
A companheira de Yasmin, Bruna Nathieli Porto da Rosa, também é suspeita e está presa. Em um novo vídeo divulgado na segunda-feira (2), a mulher faz ameaças contra a criança: “Se a tua mãe chegar e tu te mijar, eu te desmonto a pau”.
A Polícia Civil do Rio Grande do Sul apreendeu ontem novas provas sobre o crime da mãe que confessou ter matado o próprio filho, de 7 anos, em Imbé, no Rio Grande do Sul. Os dois objetos encontrados foram uma corrente utilizada para acorrentar o menino e cadernos que, segundo as investigações, indicariam que a criança era obrigada a escrever mensagens depreciativas sobre si mesmo.
"Eu sou um idiota", "Eu não mereço a mamãe que eu tenho", "Eu sou ladrão", "Eu sou ruim" são algumas das frases encontradas no caderno.
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A apreensão aconteceu em dois apartamentos onde a mãe e a madrasta da criança residiam, no Balneário Santa Terezinha e no centro da cidade.
A Polícia também apreendeu correntes
Imagem: Divulgação/Polícia CivilA mãe da criança, Yasmin Vaz dos Santos Rodrigues, de 26 anos, confessou o crime e foi presa no dia 30 de julho. Ela procurou a delegacia para registrar o desaparecimento do menino, mas acabou confessando que havia o matado e jogado o seu corpo no rio Imbé.
Segundo a Polícia Civil, a mulher teria dado remédios para a criança, que vivia sob intensa tortura física e psicológica.
Na segunda (2), a madrasta da criança também foi presa e será investigada por envolvimento no crime.
Segundo o delegado Antônio Carlos Ractz Jr., responsável pelo caso, o conteúdo armazenado nos celulares apreendidos para investigação mostram que ela "concorreu para a prática dos crimes, em tese, de tortura e homicídio". A prisão temporária vale por 30 dias.
Yasmin deve ser indiciada por homicídio qualificado (meio cruel e impossibilidade de defesa da vítima) com majorante (praticado contra pessoa menor de 14 anos) e agravante (cometido contra descendente), ocultação de cadáver e resistência.