As informações genéticas contidas no DNA são transcritas para a molécula de
RNAm, que se liga aos ribossomos. Esse processo traduz a sequência de nucleotídeos em uma sequência de aminoácidos, que formam as
proteínas. Entende-se por Código Genético essa relação entre as bases nitrogenadas (que compõem os ácidos nucléicos) e os aminoácidos (que compõem uma proteína). A molécula de DNA é composta por monômeros, chamados
nucleotídeos. Cada nucleotídeo contém uma base nitrogenada, que tem a função de compor o código genético. 📚 Você vai prestar o Enem? Estude de graça com o Plano de Estudo Enem De Boa 📚 A informação é gerada pela sequência de três pares de
bases, que formam um códon. O códon é um verdadeiro código, correspondente a um aminoácido específico que irá compor a proteína. Por exemplo, o primeiro códon descoberto era composto por uma trinca de uracila, formando UUU presente no RNA mensageiro que, ao ser traduzido para uma sequência peptídica, mostrou ser correspondente ao aminoácido fenilalanina. Tabela de Códons, com seu respectivo aminoácido. Além dos códons que correspondem aos aminoácidos constituintes das proteínas, há dois tipos de códons que controlam essa síntese protéica: 🎓 Você ainda não
sabe qual curso fazer? Tire suas dúvidas com o Teste Vocacional Grátis do Quero Bolsa 🎓 O código genético possui três características principais: Dessa forma, o código genético é conhecido por ser específico, universal e degenerado. Índice
Introdução
Códons
Segunda Base
U
C
A
G
Primeira Base
U
UUU
Fenilalanina
UCU
Serina
UAU
Tirosina
UGU
Cisteína
U
Terceira Base
UUC
UCC
UAC
UGC
C
UUA
Leucina
UCA
UAA
Stop Códon
UGA
Stop Códon
A
UUG
UCG
UAG
Stop Códon
UGG
Triptofano
G
C
CUU
Leucina
CCU
Prolina
CAU
Histidina
CGU
Arginina
U
CUC
CCC
CAC
CGC
C
CUA
CCA
CAA
Glutamina
CGA
A
CUG
CCG
CAG
CGG
G
A
AUU
Isoleucina
ACU
Treonina
AAU
Asparagina
AGU
Serina
U
AUC
ACC
AAC
AGC
C
AUA
ACA
AAA
Lisina
AGA
Arginina
A
AUG
Metionina
ACG
AAG
AGG
G
G
GUU
Valina
GCU
Alanina
GAU
Ácido Aspártico
GGU
Glicina
U
GUC
GCC
GAC
GGC
C
GUA
GCA
GAA
Ácido Glutâmico
GGA
A
GUG
GCG
GAG
GGG
G
Código genético
O código genético relaciona as informações presentes no DNA na forma de genes, que são transcritos na forma de RNAm e, posteriormente, são traduzidos na forma de proteína.
Síntese Protéica
As proteínas são as macromoléculas com as funções mais variadas dentro das células. Sua produção é feita nos ribossomos, através das informações armazenadas no DNA e levadas pelo RNA.
Os éxons presentes no DNA são regiões compostas por genes, trechos de DNA com informação necessária para a síntese protéica.
Esses trechos de DNA são transcritos na forma de RNA (transcrição) que, sendo uma molécula menor e mais simples de ser transportada, se movimenta até o ribossomo - organela não membranosa que é responsável por sintetizar as proteínas.
O processo de síntese protéica, conhecido como tradução, se inicia após o acoplamento do RNAm (RNA mensageiro que é sintetizado a partir do gene e contém informação completa para a síntese protéica) ao ribossomo (ativado pelo RNA Ribossômico - RNAr).
Um terceiro tipo de RNA, o RNAt (RNA transportador), percorre o citoplasma em busca de aminoácidos que irão compor a cadeia peptídica que dará origem a proteína.
Esses RNAts se ligam aos aminoácidos e possuem regiões nas extremidades, chamadas de anticódon. Essas regiões se pareiam com os códons existentes no RNAm.
Dessa forma, o ribossomo é constituído por duas subunidades que facilitam a formação de proteínas:
- Subunidade menor: onde ocorre a ligação ao RNAm;
- Subunidade maior: onde o RNAt se pareia com o RNAm através do anticódon e do códon. Também é onde se forma a cadeia polipeptídica, composta pelos aminoácidos trazidos por esses RNAts.
As fases da síntese protéica
A síntese protéica, portanto, é composta por três fases:
- Iniciação: quando o RNAm se liga ao ribossomo já ativado. O primeiro aminoácido é emparelhado no ribossomo. No caso, como explicado acima, o primeiro códon é sempre correspondente a metionina (AUG);
- Alongamento/Elongação: os RNAts ligados aos aminoácidos vão se emparelhando ao RNAm através dos anticódons. As ligações peptídicas entre os aminoácidos são formadas com gasto de ATP. Na subunidade maior do ribossomo, há três sítios de ligação, cada um para um RNAt. Assim que o segundo RNAt se liga e pareia com o RNAm, o primeiro se desliga e volta ao citoplasma, para procurar outro aminoácido correspondente ao seu anticódon. Assim, permite-se que o terceiro RNAt se ligue ao terceiro sítio de ligação. Dessa forma, a síntese protéica ocorre ao longo da fita de RNAm,com alongamento da cadeia polipeptídica.
- Terminação: o RNAt,composto pelo anticódon complementar ao códon de parada (stop-códon), se pareia com o RNAm. Porém, não leva nenhum aminoácido ligado, finalizando, assim, a síntese protéica.
Após a formação da cadeia polipeptídica, a proteína recém-formada pode, ainda, passar por processos conhecidos como modificações pós-traducionais.
Esses processos são necessários para a ativação de algumas proteínas. Isso é feito através da adição de uma cadeia lipídica - para formar as lipoproteínas - ou de uma cadeia de carboidrato - formando as glicoproteínas.
Exercício de fixação
MACKENZIE
Assinale a alternativa correta a respeito do processo de síntese protéica.
A Para sintetizar moléculas de diferentes proteínas é necessário que diferentes ribossomos percorram a mesma fita de RNAm.
B Se todo o processo de transição for impedido em uma célula, a tradução não será afetada.
C É a sequência de bases no RNAt que determina a sequência de aminoácidos em uma proteína.
D Se houver a substituição de uma base nitrogenada no DNA, nem sempre a proteína resultante será diferente.
E A sequência de aminoácidos determina a função de uma proteína, mas não tem relação com sua forma.