Marina PitaDireto de São Paulo
Os profissionais com deficiência contam com a ajuda de serviços e produtos para se adaptarem ao ambiente de trabalho. Listamos aqui algumas soluções utilizadas nos escritórios, principalmente para facilitar quem trabalha com computadores.
Programa permite mexer o mouse com a cabeça
Foto: Reprodução
Mouse de cabeça
O mouse de cabeça foi desenvolvido pela Indra Tecnologias Accesibles, uma organização que desenvolve sistemas e dispositivos para pessoas com deficiência. Ele consiste em um sistema que ligado a uma webcam identifica os movimentos faciais para movimentar o mouse na tela do computador. São necessários movimentos leves para mudar o cursor na tela e os cliques são realizados quando o usuário abre e fecha a boca. O software, que pode ser baixado grátis na
página //www.tecnologiasaccesibles.com/pt da instituição, ajuda pessoas com deficiência motora ou com restrição de movimentação.
Telefone para deficientes auditivos
O telefone para pessoas com deficiência auditiva, denominado pela Anatel como TTS - Terminal Telefônico para Surdos - é um sistema de comunicação telefônico onde pode-se digitar mensagens em um teclado e visualizar em uma tela as mensagens enviadas e recebidas. Através dele, o usuário poderá se comunicar em
tempo real com outro Telefone para Surdos por meio de ligação direta ou qualquer telefone fixo ou celular, com auxílio da Central de Intermediação Surdo Ouvinte (142).
Voice stick
Esse aparelho que parece uma caneta é um scanner que reconhece as palavras escritas (uma linha por vez), transformando-a em sons. O dispositivo promete auxiliar pessoas com deficiência visual na leitura de textos, cartões de visita, folders e etc. Essa versão é importada, uma criação do designer Sungwoo
Park, mas versões nacionais vêm sendo desenvolvidas.
Teclado virtual
O teclado virtual é um software desenvolvido pela Indra Tecnologias Accesibles, uma organização que desenvolve sistemas e dispositivos para pessoas com deficiência. Ele permite que pessoas com deficiência motora possam escrever por meio de qualquer dispositivo de controle, como um eixo de comando de cadeira de rodas. O software que pode ser baixado grátis na página //www.tecnologiasaccesibles.com/pt da
instituição.
Impressora de textos em braile
A impressora braile permite que pessoas com deficiência visual possam, por exemplo, imprimir gráficos, diagramas e imagens para analisá-los.
Ampliador de textos
O ampliador Ruby aumenta textos em até 14 vezes para pessoas com visão reduzida. Sua pequena dimensão é pensada para que seja portátil.
Navegador em braile
O Focus 40 Braille permite a navegação em ambiente Windows e na internet de forma mais
agradável ao deficiente visual. As suas configurações são facilmente controladas a partir do software JAWS®. A localização das teclas e o desenho das células Braille facilita a navegação. O modelo conta com Bluetooth.
Fonte: Especial para Terra
A tecnologia assistiva busca eliminar barreiras entre pessoas com deficiência e o seu entorno, garantindo mais qualidade de vida, independência e inclusão social. Conheça algumas ferramentas! #Ferramentas#TecnologiasDigitais Segundo a Convenção Sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, “as pessoas com deficiência têm impedimentos de natureza física, intelectual ou sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade com as demais pessoas”. Logo, o que determina a deficiência não é o limite individual, mas sim a união entre impedimentos e as
barreiras que existem no entorno. A tecnologia assistiva (TA) é o ramo que visa eliminar essas barreiras, para aumentar a participação, inclusão social, autonomia, qualidade de vida e independência das pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida. Diversos profissionais se debruçam em desenvolver aparatos tecnológicos, plataformas e aplicativos para garantir a aplicação
da TA e facilitar a vida de quem tem deficiência. Várias dessas soluções fazem parte do nosso dia a dia, como os semáforos sonoros, rampas de acesso, ou o corretor automático do teclado – que ajuda, por exemplo, quem tem dislexia. Softwares ampliadores de tela e os elevadores nos ônibus são outros exemplos. Desde 2010, a partir do
Programa de Implantação de Salas de Recursos Multifuncionais, são disponibilizadas para as escolas públicas de ensino regular um conjunto de equipamentos de informática, mobiliários, materiais pedagógicos e de acessibilidade para a organização do espaço de atendimento educacional especializado.
Através destes recursos como teclado com colmeia – que facilita a digitação de pessoas com mobilidades reduzidas-, lupa eletrônica e alfabeto em Braille, o acesso à aprendizagem das crianças com deficiência é assegurado. Muitas vezes, as estratégias que auxiliam estes alunos não dependem necessariamente de uma tecnologia complexa. Adaptar o espaço, usar canetas mais grossas, aplicar material de apoio ou até mudar a cultura escolar, já tornam o espaço acessível e inclusivo. Marcelo Sales, UX designer e especialista em acessibilidade digital, defende que é equivocado considerar que aplicativos inclusivos são usados somente por pessoas com deficiência. Todos os produtos digitais precisam ser pensados em termos de inclusão para garantir uma cultura não excludente. No YouTube, por exemplo, é possível assistir a vídeos em qualquer idioma
habilitando as legendas automatizadas. “Esse é um exemplo onde eliminamos barreiras de comunicação, não necessariamente com foco apenas em PCDs. Acessibilidade digital é sobre eliminar barreiras, sejam elas de comunicação ou funcionalidades”, comentada. Ele conta que existem Diretrizes de Acessibilidade para o Conteúdo da Web (WCAG ), baseadas em quatro princípios fundamentais: perceptível, operável,
compreensível e robusto. “Todo conteúdo precisa estar perceptível aos olhos e ouvidos, precisa ser operável por mouse, teclado ou voz; a informação tem que ser clara, e previsível, de forma a evitar ambiguidades. Os sites e apps precisam ser robustos para funcionar em qualquer lugar, e com qualquer tecnologia assistiva, como um leitor de tela – muito utilizado por pessoas com deficiência visual”, complementa Marcelo. Ao falar sobre deficiências, é importante ter em mente o conceito
de multiplicidade. As pessoas com deficiência não seguem um padrão e têm necessidades distintas. Por isso, reunimos abaixo uma lista de aplicativos e sites que agem de forma a ampliar a mobilidade, comunicação e habilidades de aprendizado: Hand Talk O aplicativo é um tradutor simultâneo de idiomas e utiliza uma persona 3D, chamada Hugo, para realizar a tradução digital e automática para os surdos que utilizam
a Língua Brasileira de Sinais (Libras), e também para aqueles que querem se comunicar mesmo não tendo conhecimento sobre Libras.A
acessibilidade por meios digitais
Be My Eyes
O aplicativo permite que qualquer um possa “emprestar” sua visão através da câmera do celular, conectando pessoas com deficiência visual a voluntários. Por meio da fala e imagem, problemas cotidianos, como verificar a data de validade de uma caixa de leite, podem ser resolvidos rapidamente.
Guia de Rodas
O app mapeia estabelecimentos comerciais com acessibilidade para pessoas que utilizam cadeira de rodas ou tenham mobilidade reduzida. A ideia é que os usuários observem o ambiente e relatem a existência de rampas ou a largura da porta, disponibilizando a informação para todos.
TapTapSee
O aplicativo utiliza a câmera do dispositivo (tablet ou celular) e as funções do VoiceOver para tirar uma foto ou gravar um vídeo de qualquer coisa e identificá-lo em voz. É desenvolvido para pessoas com deficiência visual e muito útil para ler rótulos de produtos, bula de remédio, entre outras atividades do dia a dia.
Seeing AI
Outro aplicativo gratuito que utiliza a câmera do smartphone e inteligência artificial para descrever pessoas, textos e objetos para quem não enxerga ou tem baixa visão. Usa a visão computacional e redes neurais para identificar objetos, cores, textos, cenas e até mesmo características físicas e expressões faciais de uma pessoa. Pode ser utilizado para organizar documentos em pastas e reconhecer as legendas das fotos nas redes sociais.
Head mouse
Mouse virtual desenvolvido especificamente para pessoas com problemas de mobilidade. Pessoas que não tenham movimentos nos braços podem usar o computador e navegar pela internet. É acionado com movimento, como por exemplo, o piscar dos olhos.
eSSENTIAL Accessibility
Tecnologia assistiva para computadores pessoais que auxilia os usuários com dificuldades de controlar o mouse, de usar o teclado ou de ler na tela. Funciona como um navegador com recursos de acessibilidade, permitindo, por exemplo, controlar o cursor com movimentos do rosto e comandos de voz.
SofiaFala
O software ajuda a aprimorar a comunicação verbal daqueles que têm dificuldade no desenvolvimento da fala, como pessoas com síndrome de Down. Capta sons e imagens, produzidos durante a execução do exercício fonoaudiológico, e depois os analisa, oferecendo dois tipos de respostas sobre a performance do usuário: uma lúdico-educacional, com orientações para o paciente e/ou o responsável pelo treino; outra, com dados métricos e estatísticos para o fonoaudiólogo avaliar, acompanhar e orientar a evolução clínica do usuário.
Expressia
Aplicativo de comunicação que apoia o diálogo de pessoas não verbais. É possível criar cartões com figuras, fotos, texto, voz e músicas, e agrupá-los em pranchas temáticas de acordo com o contexto da comunicação. Em seguida é preciso tocar nos cartões em sequência para compor frases e expressar ideias e pensamentos. Também pode ser utilizado por profissionais com alunos ou pacientes. A função Estimulação Cognitiva cria atividades personalizadas de associação, ordenação ou contação de histórias.
TelepatiX
O app ajuda na comunicação de pessoas com limitações de movimento severos, através de um alfabeto percorrido por uma varredura sequencial de linhas e colunas. O próprio usuário consegue escolher a velocidade dessa varredura. Tocando em qualquer parte da tela, a pessoa seleciona linhas e colunas com as letras. A seleção também pode ser feita pelo piscar dos olhos por meio da utilização de outros acessórios. O app sugere palavras a cada letra escolhida e, depois de escrever, é possível ter a frase lida.
AVA
O aplicativo realiza a transcrição de áudio para textos. A ideia é possibilitar que pessoas com perda auditiva possam participar de conversas com ouvintes, acompanhando as falas de cada um por meio dos textos. É necessário apontar o celular para quem está falando e as frases irão aparecer na tela.
Tecnologia assistiva: 11 ferramentas que dão acessibilidade a pessoas com deficiência
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