Quem toma anticoncepcional, todos os dias, sempre no mesmo horário, não tem período fértil e, portanto, não ovula, diminuindo a chance de engravidar, porque, como não há óvulo maduro, este não pode ser fecundado. Isso ocorre tanto nos anticoncepcionais de 21, 24 ou 28 dias, e também no implante anticoncepcional.
Os anticoncepcionais orais inibem a ovulação, mas também alteram o endométrio uterino e o muco cervical, potencializando a prevenção da gravidez. No entanto, se a mulher esquecer de tomar algum comprimido, especialmente na primeira semana da cartela, há chance de engravidar porque ela poderá ovular e liberar um óvulo que ao encontrar-se com o espermatozoide, que pode sobreviver no interior da mulher por 5 até 7 dias, poderá ser fecundado.
Engravidar nesse período é praticamente impossível. O endométrio está descamando e não há uma condição favorável para a gestação.
Então, por que algumas mulheres dizem que tiveram um filho após transar menstruadas? Acontece que durante o período fértil é possível haver um escape, pequeno sangramento que às vezes ocorre devido a alterações hormonais. E isso é confundido com a menstruação.
Menstruar na gravidez é possível?
Ao engravidar, a mulher deixa de ovular e, portanto, não tem como menstruar. Mas isso não quer dizer que ela não pode ter sangramentos --que em alguns casos são confundidos com o período.
Sangramentos durante a gestação nem sempre indicam problemas. O sangramento de implantação, por exemplo, pode surgir quando o embrião se "instala" no endométrio. Exames ginecológicos e relações sexuais também podem provocar uma eliminação pequena de sangue. Isso ocorre pois a vagina e o colo do útero tendem a ficar mais sensíveis, além de receberem maior aporte sanguíneo na gravidez.
Mas o sangramento também pode ser sintoma de algo mais sério, como uma gravidez ectópica --que ocorre fora da cavidade uterina. Portanto, ao notar qualquer sangramento, é importante a gestante procurar seu médico para identificar sua causa.
Fontes: Bruno Dourado, ginecologista e obstetra formado pelo Hospital Federal dos Servidores do Estado do Rio de Janeiro e Alessandro Scapinelli, ginecologista do Hospital Israelita Albert Einstein, membro da SOGESP (Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo).
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