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História das Ferrovias no Brasil
Em São João del Rei (MG), o Museu Ferroviário preserva a história da antiga Estrada de Ferro Oeste de Minas, criada em 1872. Seu percurso ligava a cidade de Sítio (atual Antônio Carlos) à Estrada de Ferro D. Pedro II (posteriormente, Central do Brasil), partindo daí para São João del Rei. Com novas concessões, a ferrovia Oeste de Minas se estendeu a outras cidades e ramais, alcançando, em 1894, um percurso total de 684 km, e foi considerada a primeira ferrovia brasileira de pequeno porte.
As dificuldades e desafios para implantar estradas de ferro no Brasil eram muitos. Procurando atrair investidores, o governo implantou um sistema de concessões, que se tornou característico da política de infra-estrutura do período imperial. Entre o final do século XIX e início do século XX os recursos, sobretudo dos britânicos, alavancaram a construção de linhas férreas.
A expansão ferroviária, além de propiciar a entrada de capital estrangeiro no país, tinha, também, o objetivo de incentivar a economia exportadora. Desta forma, as primeiras linhas interligaram os centros de produção agrícola e de mineração aos portos diretamente, ou vencendo obstáculos à navegação fluvial. Vários planos de viação foram elaborados na tentativa de integrar a malha ferroviária e ordenar a implantação dos novos trechos. Entretanto, nenhum deles logrou êxito em função da política de concessões estabelecida pelo governo brasileiro.
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08/02/2022 - 18:03
ASCOM | Texto e Fotos: Rubens Santana | Secretário de Comunicação: Alessandro Freire
Considerado um megaempreendimento para o desenvolvimento de Montes Claros e das regiões Norte, Noroeste e Nordeste de Minas e vales do Jequitinhonha e Mucuri, o projeto de implantação e construção da Estrada de Ferro Minas/Espírito Santo pela Petrocity Ferrovias foi debatido na tarde desta terça-feira, 8, na Câmara dos Vereadores da maior cidade do Norte de Minas.
O vice-prefeito de Montes Claros, Guilherme Guimarães, participou representando o prefeito Humberto Souto. Além de vereadores e representantes de entidades de classe da região, a audiência pública híbrida teve a participação de integrantes do Governo do Estado e de deputados estaduais.
Guilherme Guimarães destacou: “sabemos da amplitude e importância de uma ferrovia. E, nesse sentido, trazendo mais uma ferrovia integrada com transporte modal rodoviário, a região só tem a ganhar. É uma grande perspectiva, com futuro promissor para todos os envolvidos”.
Ainda em seu pronunciamento, Guilherme enfatizou que é de fundamental importância que o município de Montes Claros conheça antecipadamente o projeto para delimitar termos, de forma a evitar conflitos como os que existem hoje em relação às margens da linha férrea que já corta a cidade.
Edilson Torquato, secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, frisou que a nova linha férrea “vem ao encontro de todo o investimento que o município e o Estado têm feito, principalmente na implantação do novo anel rodoviário, que pode ser um braço para o escoamento da produção na região”.
Presidente da Petrocity Ferrovias, José Roberto Barbosa afirmou que "os debates são de fundamental importância, por iniciar o processo de implantação da ferrovia. Aqui está sendo o ponto de partida, onde vamos debater com autoridades e comunidades para apurar todos os dados necessários que vão nos ajudar na elaboração da nossa proposta”.
Com previsão de investimento da ordem de R$ 5 bilhões, o empreendimento irá contar com um aporte financeiro de investidores estrangeiros. De início, o projeto prevê a construção de uma nova estrada de ferro às margens da BR-381, com Terminais de Transbordo em Barra de São Francisco, Grão Mogol, Montes Claros e Unaí.