Qual o transporte correto de uma vítima não traumática que apresenta quadro de inconsciência?

      Os primeiros minutos que se sucedem a todo acidente, principalmente nos casos mais graves, s�o important�ssimos para a garantia de vida da v�tima, principalmente se forem bem aproveitados pelo Socorrista.

As chances de sobreviv�ncia diminuem drasticamente para as v�timas de trauma que n�o recebem cuidados m�dicos especiais dentro de uma hora ap�s o acidente.

Se o acidentado tiver a sorte de ter um Socorrista por perto, que possa prestar-lhe os Primeiros Socorros, aumentam as suas chances de recupera��o.

Da parte de quem presta o aux�lio, h� uma verdadeira corrida contra o tempo, onde os seus conhecimentos t�cnicos (de primeiros socorros) t�m de ser praticados com rapidez e efici�ncia.
O autocontrole � fundamental pois, sem ele, atitudes irrespons�veis podem por em risco a vida do paciente e a sua pr�pria.

Dentre tantas provid�ncias que se fazem necess�rias nesses casos, o Socorrista deve ter bem clara em sua mente, aquelas realmente produtivas.

A sequ�ncia l�gica a ser seguida pelo Socorrista, na maioria das situa��es de acidentes, pode ser resumida nas cinco (5) etapas seguintes:

  • Primeiros Socorros
  • Entrevista
  • Sinais Vitais
  • Exame da Cabe�a-aos-p�s e
  • Transporte do acidentado.

1 - Primeiros Socorros

� importante que se conhe�am os mecanismos da inj�ria. Certas les�es s�o "comuns" a certos tipos de acidentes: fraturas s�o associadas a quedas e colis�es; queimaduras s�o frequentes em inc�ndios e explos�es; perfura��es dos tecidos moles do corpo, costumam ser provocadas por ferimentos � bala; e assim por diante.
Assim, as les�es decorrem, em geral, de colis�o de ve�culos, quedas, inc�ndios, explos�es, assaltos (coronhadas, navalhadas, tiros, etc.), afogamentos e acidentes de barco, arma de fogo, envenenamentos, acidentes com m�quinas, eletricidade (inclusive raios), picadas e mordidas de animais, e outras causas.

Acontece que, muitas vezes, o acidente ocorre quando a v�tima est� sozinha e, chegando aux�lio, o Socorrista depara-se com aquela pessoa inconsciente e n�o sabe, de imediato, a causa da les�o e/ou da gravidade da mesma.

Na presta��o dos Primeiros Socorros, conv�m

OBSERVAR:

1 - Local: seguro ou perigoso ? perto ou longe do Posto M�dico ou Hospital ? h� necessidade e meios de remover dali o acidentado ?

2 - Acidentado: est� consciente ? tentando dizer-lhe algo ou apontando para alguma parte do seu (dele) corpo ? est� sozinho ? (se h� v�rios corpos, pode-se suspeitar, por exemplo, de envenenamento por Mon�xido de Carbono).

3 - Curiosos: escute o que dizem. Pe�a ajuda. Afaste os que estiverem s� atrapalhando.

4 - Agente causador: caiu algo sobre o paciente ? h� fuma�a ? est� pr�ximo de um trator tombado ?

5 - Ferimentos: o acidentado est� caido numa posi��o anormal (com o bra�o torto, por ex.) ? h� sangue ?

6 - Sintomas: o Socorrista deve apurar os seus sentidos, de modo a poder ver, ouvir e cheirar, � procura de sintomas. O v�mito, por exemplo, � indicativo de algumas les�es espec�ficas; urinar sangue � sinal de fratura de bacia; etc. Observar se o acidentado apresenta sintomas como: n�usea, sede, fraqueza, inquieta��o, medo, etc. Esses sintomas ser�o muito �teis ao serem passados, posteriormente, ao M�dico que atender o acidentado.

VERIFICAR

  • pele (fria, viscosa, quente ?)
  • olhos (emba�ados ? pupilas dilatadas ?)
  • face (p�lida ou rubra ?)
  • l�bios (azuis ou descolorados ?)
  • pulso (r�pido ou fraco ?)
  • respira��o (ofegante ou quase inexistente ?)
  • outras.

Quanto ao

N�VEL DE CONSCI�NCIA

da v�tima, verificar:

  • A = alerta (acordado)
  • F = fala
  • D = dor
  • I = inconsciente (n�o responde)

2 - Entrevista

Se no local do acidente, estiverem outras pessoas (al�m do acidentado e do Socorrista), � importante que se obtenha(m) dela(s) as informa��es e a ajuda de que necessita, para o melhor atendimento da v�tima.

As informa��es a serem obtidas pelo Socorrista nesta "entrevista" r�pida, podem estar relacionadas a:

  • causas e hora do acidente
  • conhecimento ou parentesco da v�tima
  • indica��o de ant�dodos e endere�os �teis
  • idade, h�bitos, doen�as e rem�dios usados pelo acidentado
  • conhecimento pr�vio de Primeiros Socorros
  • etc.

A ajuda que se pode obter dos "curiosos" presentes, diz respeito a:

  • transporte do acidentado
  • sa�da � procura de aux�lio e/ou de materiais
  • captura do animal pe�onhento que causou o acidente
  • dire��o da viatura de socorro (no caso de carro particular)
  • etc.

3 - Sinais Vitais

Sinais vitais s�o indicativos do funcionamento normal do organismo e diz respeito a:

3.1 - pulso
3.2 - respira��o
3.3 - press�o arterial
3.4 - temperatura corporal
3.5 - n�vel de consci�ncia
3.6 - dilata��o das pupilas
3.7 - cor da pele.

3.1 - PULSO

O que se chama comumente de "pulso" est� associado �s pulsa��es ou �s batidas do cora��o, impulsionando o sangue pelas art�rias, e que podem ser sentidas ao posicionarmos as pontas dos dedos em locais estrat�gicos do corpo. Esses locais s�o apontados, nas figuras acima e ao lado:
As pulsa��es devem ser contadas durante 30 segundos, e o resultado multiplicado por 2, para se determinar o n�mero de batidas por minuto. Ou, como mostra o texto da figura acima, contam-se os batimentos durante 15 segundos e multiplica-se por 4.

A interpreta��o deste resultado, nos adultos, � mostrada na tabela a seguir:

 

  Uma forma expedita de calcular o que deveria ser a press�o m�xima normal de adultos at� 40 anos de idade � mostrada abaixo:

HOMENS = idade + 100. Exemplo: 36 anos + 100 = 136 mmHg = press�o 14, aproximadamente.
MULHERES = idade + 90. Exemplo: 36 anos + 90 = 126 mmHg = press�o 13, aproximadamente.

3.4 - TEMPERATURA CORPORAL

A temperatura corporal � medida em term�metros (de merc�rio ou digitais) colocados, durante alguns minutos, com a extremidade que contem o bulbo (no primeiro caso) nas axilas ou na boca do paciente.

A temperatura corporal normal � 36,8oC. A partir de 37,5oC j� se configura a febre.
Normalmente, as temperaturas elevadas, indicam algum tipo de infec��o no organismo.

3.5 - N�VEL DE CONSCI�NCIA

Alguns traumas provocados por acidentes, podem alterar o n�vel de consci�ncia do indiv�duo.

A verifica��o desse n�vel pode ser checada do seguinte modo:

A = Alerta. Se o acidentado estiver alerta (ou acordado), provavelmente n�o deve ter sido alterado o seu n�vel de consci�ncia.

F = Fala. Deve-se procurar fazer perguntas ao acidentado, neste caso, para saber se sua fala foi afetada e qual o seu n�vel de consci�ncia.

D = Dor. Um terceiro est�gio do n�vel de consci�ncia, ainda mais grave, � quando o acidentado n�o fala, mas geme de dor.

N = N�o fala. Este � o caso extremo ou o mais perigoso. Possivelmente o paciente est� desacordado (desmaiado) ou em estado de coma.

3.6 - DILATA��O DAS PUPILAS

A dilata��o das pupilas (ou da menina dos olhos) � uma rea��o normal do organismo � diminui��o da luz incidente no globo ocular. Quando a intensidade luminosa aumenta, ela se contrai.
Altera��es nesse mecanismo s�o provocadas por certas les�es, como por exemplo, as do cr�neo.

O Socorrista deve observar, inicialmente, se os di�metros ou as aberturas das pupilas s�o iguais nos dois olhos. Em seguida, com uma lanterninha, verificar se elas se contraem com a incid�ncia do foco.

3.7 - COR DA PELE

Altera��es na cor da pele, normalmente rosada nas pessoas de cor branca, podem ser usadas para diagnosticar certos tipos de acidentes. Sen�o vejamos:

a)Cor vermelha: press�o alta, ataque card�aco, �lcool, queimaduras, sol excessivo, doen�a infecciosa, CO2, etc.

b)Cor branca: choque, ataque card�aco, anemia, dist�rbios emocionais, desmaio, etc.

c)Cor azul: asfixia (sufoca��o), hip�xia (falta de oxig�nio), dispn�ia, ataque card�aco, envenenamento, etc.

d)Cor amarela: doen�a do f�gado.

e)Cor preta e azul: derramamento de sangue abaixo da superf�cie da pele.

4 - Exame da Cabe�a-aos-p�s

Uma vez verificados os sinais vitais, o Socorrista deve proceder a um exame minucioso do acidentado, literalmente da cabe�a aos p�s. Neste exame:

4.1 - OLHE: para poss�veis descolora��es da pele, deformidades, penetra��es, ferimentos, aberturas no pesco�o e qualquer movimento anormal do t�rax.

4.2 - OU�A: mudan�as no ritmo da respira��o, sons estranhos ao respirar e ru�dos de ossos quebrados.

4.3 - CHEIRE: odores estranhos vindos do corpo do paciente, h�lito e roupas.

4.4 - SINTA: as deforma��es, flacidez, pulsa��es, endurecimentos ou maciez anormais, espasmos e temperatura da pele.

5 - Transporte do Acidentado

O transporte do acidentado, dependendo do tipo de acidente, dispensa at� algumas das 4 etapas anteriores, ou seja, se o caso for muito grave, deve ser providenciado de imediato.

Muito cuidado deve ser dado ao ferido com suspeita de fratura da coluna cervical pois, neste caso, movimentos indevidos podem agravar a les�o.

As v�rias t�cnicas de imobiliza��o dos membros, aconselhado antes do transporte dos acidentados e o melhor meio de conduzir o paciente ao Hospital, s�o mostrados no Cap�tulo deste trabalho relativo aos FERIMENTOS.

Alguns m�todos de transporte s�o mostrados a seguir:

 

Qual o transporte correto de uma vítima não traumática?

Transporte pelas extremidades Neste transporte um socorrista se posiciona ajoelhado junto à cabeça da vítima, enquanto o outro socorrista se ajoelha ao lado da vítima ao nível de seus joelhos, o primeiro socorrista levanta o tronco da vítima e o segundo socorrista a traciona pelos braços em sua direção.

O que deve ser feito quando a vítima está inconsciente?

Caso a vítima esteja inconsciente, o melhor a se fazer é deitá-la na posição lateral de segurança e aguardar pelo socorro (192). Em caso de vítimas conscientes, é preciso tentar levantar os níveis de açúcar no sangue.

Quais são as primeiras verificações diante de uma vítima inconsciente?

AS VÍTIMAS INCONSCIENTES TÊM PRIORIDADE DE ATENDIMENTO! movimentação da vítima. Na hora de verificar os sinais vitais, converse com a vítima, passando segurança e procurando tranquilizá-la. Faça perguntas e observe se as respostas são lógicas.

Qual a posição ideal para transporte de uma pessoa vítima de trauma?

A vítima deve estar consciente. Os socorristas se posicionam de pé, ficando de frente um para o outro. Seguram firmemente o seu próprio punho direito com a mão esquerda. Com a mão direita seguram o punho esquerdo do companheiro.

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