Composta por quatro estados – Espírito Santo (ES), Minas Gerais (MG), Rio de Janeiro (RJ) e São Paulo (SP) –, a região Sudeste é a mais populosa e a que tem maior concentração populacional do território brasileiro. É também a região mais rica do País e a que possui a única megalópole do Brasil, São Paulo.
O relevo da região Sudeste é bem variado: por um lado, encontramos superfícies elevadas, como as serras da Mantiqueira, da Canastra e do Mar; e por outro, planícies costeiras, largas, que formam amplas baixadas litorâneas.
No que se refere ao clima, a região apresenta vários tipos. O clima tropical predomina no litoral, com temperaturas altas e duas estações bem marcadas: o verão, chuvoso, e o inverno, seco. E nos planaltos, o clima tropical de altitude, com grandes variações de temperatura.
A vegetação da região Sudeste varia de acordo com o clima, mas a maior parte da vegetação dessa região é formada pela Mata Atlântica, que se encontra bastante devastada por causa da urbanização e da expansão agrícola. No Estado de Minas Gerais, predomina a vegetação de Cerrado e de Caatinga.
O Sudeste possui vários rios importantes, como o Rio Tietê, Rio Paraíba do Sul, Rio Paraná, Rio Doce, além da nascente do Rio São Francisco, na Serra da Canastra, em Minas Gerais. Esses rios são muito aproveitados para a produção de energia elétrica.
A população da região Sudeste é predominantemente urbana, ou seja, mora em cidades, e se caracteriza por uma grande diversidade étnica e cultural.
Os primeiros habitantes da região foram os índios, e depois ocorreu a ocupação portuguesa, no século XVI. Posteriormente, os negros foram trazidos para realizarem o trabalho escravo. Porém, foi no fim do século XIX que se expandiu essa diversidade populacional, quando o Sudeste recebeu imigrantes de vários lugares do mundo, para trabalharem nas lavouras de café: vieram italianos, alemães, japoneses e libaneses. E, posteriormente, espanhóis, poloneses, holandeses, franceses, entre outros. Além dos estrangeiros, a região também atraiu milhares de brasileiros, principalmente da região Nordeste.
A Embrapa possui 9 Unidades na região Sudeste: três no estado do Rio de Janeiro (Embrapa Agrobiologia, Embrapa Agroindústria de Alimentos e Embrapa Solos), duas em Minas Gerais (Embrapa Gado de Leite e Embrapa Milho e Sorgo) e cinco no estado de São Paulo (Embrapa Informática Agropecuária, Embrapa Instrumentação, Embrapa Meio Ambiente, Embrapa Territorial e Embrapa Pecuária Sudeste).
A Região Sudeste do Brasil, corresponde a 10,85% do território nacional. É a região mais populosa e economicamente mais desenvolvida do país, com grande concentração industrial, financeira e comercial.
O relevo da Região Sudeste apresenta contrastes entre as superfícies elevada, que variam de 500 a 1200m, destacando-se as serras do Mar, da Mantiqueira, do Espinhaço e a Serra Geral e as amplas baixadas litorâneas do Espírito Santo e Rio de Janeiro.
O clima predominante no litoral é o tropical atlântico e nos planaltos o clima é o tropical de altitude, com temperaturas apresentando grandes variações.
A vegetação de Mata Atlântica e cerrado, foi devastada, ao longo do tempo, pela urbanização, com a extração da madeira, com o desenvolvimento das culturas de laranja, cana-de-açúcar e soja.
Estados da Região Sudeste
Os Estados do Sudeste do Brasil são quatro:
- Minas Gerais (capital Belo Horizonte)
- São Paulo (capital São Paulo)
- Rio de Janeiro (capital Rio de Janeiro)
- Espirito Santo (capital Vitória)
História e Economia da Região Sudeste
Com o declínio da cana de açúcar no nordeste e com a descoberta de ouro e pedras preciosas na região de Minas Gerais, no fim do século XVII, na década de 1690, ocorreu uma intensa migração para a Região Sudeste.
Ciclo da Mineração
Os colonizadores que antes se concentravam no litoral, partiram para o interior, formando núcleos urbanos, que se desenvolveram em torno das áreas da mineração, que depois se transformaram em cidades, entre ela destacam-se Ouro Preto, São João del Rei, Mariana e Sabará, todas em Minas Gerais.
A capital Salvador, foi transferida para o Rio de janeiro, por se encontrar próxima da mineração.
Por volta de 1760, com a decadência do “ciclo do ouro”, em virtude dos elevados impostos pagos ao colonizador, da falta de técnicas para minas profundas e com o esgotamento das jazidas minerais, a população migrou para os atuais estados de São Paulo e Rio de Janeiro.
Ciclo do Café
Buscando outras atividades lucrativas e com solo propício, a cafeicultura foi a solução do problema, seu desenvolvimento foi rápido. O sucesso do café, na Região Sudeste, foi tanto, que tornou-se necessário buscar mão de obra no exterior principalmente na Itália.
Ferrovias e rodovias foram construídas para escoar os produtos das fazendas de café e de outras agriculturas. Muitas cidades surgiram ao redor dessa região.
A crise na economia mundial em 1920, reduziu a exportação do café para os Estados Unidos e para Europa.
Com a segunda guerra mundial, veio a falta de produtos e a necessidade de fabricá-los.
Industrialização
Com grande número de mão de obra e dinheiro em caixa, lucro da cafeicultura, a Região Sudeste tornou-se logo a área mais industrializada e de maior concentração de população do país.
A construção da Rodovia Anchieta e a existência da Estrada de Ferro Santos- Jundiaí, que já em 1938, ligava São Paulo ao Porto de Santos, agilizou as importações e exportações.
O Porto de Santos é hoje o maior do país.
Ao longo dessas vias surgiu o chamado o ABCD paulista, formado pelas cidades de Santo André, São Bernardo, São Caetano e Diadema, integrando à região metropolitana.
As indústrias instaladas nas três maiores cidades do país, São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, são bastante diversificadas, como vários outas cidades da Região Sudeste, fabricam alimentos, aviões, equipamentos elétrico, eletrônicos, navios, automóveis, etc.
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