Gregório de Matos foi um dos maiores poetas brasileiros do período do Barroco. Além de poeta, Gregório foi advogado durante o período colonial. Show É conhecido como o “Boca do Inferno”, sendo famoso por seus sonetos satíricos, donde ataca, muitas vezes, a sociedade baiana da época. Dono de uma personalidade rebelde, Gregório criticou diversos aspectos da sociedade, do governo e da Igreja Católica. Por esse motivo, foi perseguido pela Inquisição e condenado ao degredo em Angola no ano de 1694. BiografiaGregório de Matos Guerra nasceu em 23 de dezembro de 1636 na cidade de Salvador, Bahia. Filho de Maria da Guerra e Gregório de Matos, pertencia a uma família abastada cujo pai era um nobre português. Gregório estudou no Colégio dos Jesuítas, na Bahia e, em 1691, formou-se em Direito em Coimbra, Portugal. Trabalhou como juiz, no entanto, sua grande paixão era a literatura. Retornou ao Brasil, exercendo os cargos de vigário-geral e tesoureiro-mor, entretanto, foi afastado por se recusar a usar batina. Faleceu com 59 anos dia 26 de novembro de 1696, na cidade de Recife. O motivo de sua morte está associado a uma febre que contraiu quando foi condenado ao degredo em Angola. Obras e CaracterísticasA obra de Gregório de Matos reúne mais de 700 textos de poemas líricos, satíricos, eróticos e religiosos. Inseridas no movimento do barroco, reúnem pitorescos jogos de palavras, variedade de rimas, além de uma linguagem popular e termos da língua tupi e outras línguas africanas. No entanto, Gregório não publicou seus poemas em vida, tendo muita controvérsia sobre a autoria de alguns escritos. Inicialmente, alguns de seus poemas foram publicados pelo historiador Francisco Adolfo de Varnhagen, visconde de Porto-Seguro, no livro "Florilégio da Poesia Brasileira" (1850) editado em Lisboa. Atualmente, podemos encontrar grande parte de sua obra. Saiba mais sobre a Sátira. Poemas de Gregório de MatosPara melhor compreender melhor o estilo e a linguagem de Gregório de Matos, leia dois sonetos do poeta: À cidade da Bahia“A cada canto um grande conselheiro. Em cada porta um freqüentado olheiro, Muitos mulatos desavergonhados, Estupendas usuras nos mercados, Contemplando nas cousas do mundo“Neste mundo é mais rico, o que mais rapa: Mostra o patife da nobreza o mapa: A flor baixa se inculca por Tulipa; Para a tropa do trapo vazio a tripa, Leia também:
Frases de Gregório de Matos
Licenciada em Letras pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) em 2008 e Bacharelada em Produção Cultural pela Universidade Federal Fluminense (UFF) em 2014. Amante das letras, artes e culturas, desde 2012 trabalha com produção e gestão de conteúdos on-line. |