O Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a COVID-19 definiu as comorbidades com maior risco de desenvolver formas graves da doença e que, portanto, devem ser priorizadas para a vacinação. As comorbidades contempladas no grupo prioritário estão descritas no quadro 1 [1,2,3]. Quadro 1. Descrição das comorbidades incluídas como prioritárias para vacinação contra a COVID-19.
Fonte: Ministério da Saúde (2021)[1]. Destaca-se ainda que na abrangência das pessoas com comorbidades e das pessoas com deficiência permanente encontram-se contempladas doenças raras que implicam em maior risco para os desfechos desfavoráveis da COVID-19, como exemplo citam-se doenças que causam imunossupressão como Síndrome de Cushing, lúpus eritematoso sistêmico, Doença de Crohn, imunodeficiência primária com predominância de defeitos de anticorpos; doenças que causam comprometimento pulmonar crônico como a fibrose cística; doenças que causam deficiências intelectuais e/ou motoras e cognitivas como a Síndrome Cornélia de Lange, a doença de Huntington; e outras doenças raras como anemia falciforme e talassemia maior [1]. Diferentes bases de dados foram integradas ao SI-PNI e ao aplicativo ConecteSUS para identificar automaticamente os cidadãos que fazem parte dos grupos prioritários da Campanha, com a realização de um pré-cadastro. A ausência na base de dados do público-alvo não deve ser impedimento para recebimento da vacina, desde que o indivíduo comprove integrar algum grupo prioritário, por meio de exames, receitas, relatório médico, prescrição médica e/ou cadastro já existente nas unidades de saúde. Nesses casos, o profissional de saúde poderá habilitar o cidadão no SI-PNI para receber a vacina [1,3]. Gestantes, puérperas e lactantes, com ou sem comorbidade, independente da idade dos lactentes também são considerados grupos prioritários [2]. Além disso, crianças e adolescentes entre 12 e 17 anos com deficiência permanente, com comorbidades ou que estejam privados de liberdade também foram incluídos no calendário de vacinação [4,5]. O quadro 2 define os imunizantes indicados nas populações específicas. As comorbidades incluídas, bem como as orientações referentes à comprovação das condições prioritárias, são as mesmas já descritas no Plano Nacional de Operacionalização (PNO). Quadro 2. Populações e imunizantes indicados.
2. Devido à ocorrência de um caso de EAPV grave, com Síndrome da Trombose e Trombocitopenia, em gestante após administração da vacina da AstraZeneca, foi interrompida a vacinação de gestantes e puérperas com qualquer vacina de vetor viral (Janssen e AstraZeneca), associadas a esta síndrome. Fonte: TelessaúdeRS, adaptado de Ministério da Saúde [2]. Referências:
Como citar este documento:Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia. TelessaúdeRS (TelessaúdeRS-UFRGS). Quais as comorbidades são consideradas prioritárias para a vacinação contra a COVID-19? Porto Alegre: TelessaúdeRS-UFRGS; 7 Out 2021 [citado em “dia, mês abreviado e ano”. Disponível em: https://www.ufrgs.br/telessauders/posts_coronavirus/quais-as-comorbidades-sao-consideradas-prioritarias-para-a-vacinacao-contra-a-covid-19/. |