Publicidade Publicidade Já escrevemos antes aqui na SUPER sobre o instinto assassino. Todo ser humano tem, e ele aparece mesmo naqueles momentos banais em que pensamos “Aaai, que vontade de matar!”. E mal dá para imaginar o quão frequente esse instinto
deve ser nas madrugadas de quem dorme ao lado de um roncador. Parece exagero? Saca só esses fatos sobre roncos. O recorde mundial de ronco mais alto já gravado é de 92 decibéis. Uma conversa, em geral, chega a 60 dbs. Um aspirador de pó, 70 dbs. O ronco está mais próximo de um trator (98 dbs) ou de uma serra elétrica (100 dbs). Na Inglaterra, o jornal Daily Mail fez sua própria medição e
encontrou uma vovó que ronca a 111 dbs. É mais do que um jato voando baixo (103 dbs). Obviamente, o respectivo vovô dormia sempre em outro quarto. Essas estatísticas são engraçadinhas e é assim que a gente lida com ronco: fazendo piada. É uma abordagem quase universal na sociedade ocidental – até porque roncar é comum demais. Quase metade dos homens de meia idade roncam, e até um quarto das mulheres também. Levar roncos muito a sério seria dar murro em ponta de faca… Se não fosse por dois motivos. O primeiro é de saúde. O ronco aparece quando, durante o sono, suas vias aéreas ficam semiobstruídas, a língua “desce” em direção à garganta, a boca abre e gera as vibrações – que incomodam todo mundo, menos o próprio roncador. Muitas vezes, tudo isso é “benigno”, sem relação a nenhum problema de saúde. Mas, em alguns casos, pode ser causado por apneia do sono – quando a obstrução leva a pessoa a parar de respirar várias vezes. E isso precisa ser investigado. Já o segundo motivo é emocional: roncar é um fator de risco, bem mais alto do que você imagina, para o
divórcio. Segundo especialistas, ele fica em terceiro lugar, depois de infidelidade e das finanças. Achou estranho? A gente explica. Uma pessoa com apneia do sono “acorda” toda vez que perde o ar, mas não percebe. Isso pode acontecer mais de 300 vezes em uma noite, o que significa que ela não consegue descansar. Mas pelo menos é um sofrimento que ela não percebe. Já quem dorme com ela… Continua após a publicidade A pesquisadora Rosalind Cartwright, do Centro Médico Rush, em Chicago, é uma das poucas cientistas do mundo a estudar a relação entre casamento e apneia do sono. Seu centro de pesquisa até criou um quarto de casal, em que é possível fazer um estudo polissonográfico dos dois membros do casal, simulando exatamente a situação que eles vivem no dia a dia. Em um dos casais
estudados, o exame revelou que a “eficiência do sono” da esposa que dormia com o marido roncador, era de apenas 73% (o normal é de 85% para cima). Isso quer dizer que, de 8 horas que ela passava na cama, dormia de fato menos de 6 horas. Seu sono era interrompido mais de trinta vezes pelos roncos. Cada roncão mais alto capaz de acordar significava 4 minutos de sono interrompido… Somando 2 horas insones por noite. O lado bom é que o estudo envolveu um tratamento com uma máquina de Pressão Positiva Contínua nas Vias Aéreas (CPAP na sigla em inglês). A máquina em si (que é como uma máscara) pode ser bem barulhenta. Mas nesse casal deu certo. A esposa começou a dormir 82% da noite. Ela também completou um quiz sobre satisfação no casamento. Antes do tratamento? Sua pontuação era 1,6. Duas semanas depois com o uso do CPAP, subiu para 7. Como é que se explica um efeito tão grande? Não é uma questão de ronco em si – e sim no impacto que o sono tem em qualquer relacionamento. Antes de tudo, o ronco tende a trazer um problema de comunicação. A vítima do roncador jamais consegue explicar o impacto completo do problema, porque a experiência de quem ronca é muito mais branda. E isso pode ser extremamente frustrante. Mas o principal é que a ciência está recheada das pesquisas mais malucas sobre falta de sono e romance. Um dos exemplos recentes mais legais é um estudo que fala sobre trabalho em equipe e gratidão. Usando diários de sono e jogos em que os casais precisavam resolver problemas juntos, o estudo notou que, quando uma pessoa dormia mal no dia anterior, se sentia menos grata pelo que o parceiro fazia. Ele, por sua vez, se tornava mais egoísta, colocando suas prioridades à frente das do casal. Isso trazia um efeito bola de neve: o trabalho em equipe piorava, a outra pessoa se sentia pouco priorizada e também ficava mais egoísta. Para isso, bastava que um deles dormisse mal – imagine os dois, como acontece com frequência entre roncadores e seus pares. Como tratamentos definitivos para ronco (principalmente não-apneico) ainda não existem, muitos casais escolhem dormir em quartos separados. Psicólogos chamam isso de “divórcio do sono” – e ele é um golpe pesado na intimidade do casal. Não só sexual, aliás: o momento antes de dormir é geralmente usado para fazer planos, tomar decisões e resolver problemas. Com um impacto tão grande na vida pessoal, é curioso pensar que só 10% das pessoas com apneia do sono são diagnosticadas e tratadas. E é nessa parte que o parceiro não-roncador (por mais irritado e cheio de sono que esteja) pode agir: segundo outra pesquisa de Rosalind Cartwright, o apoio dele é determinante para que o roncador procure ajuda e busque tratamento. Se tudo falhar, tem sempre novas startups testando novos travesseiros, aplicativos e gadgets para, pelo menos, terceirizar a tarefa de acordar o roncador quando a coisa fica feia, ou cancelar o barulho com frequência sonora. Só não deixe o problema virar só piadinha: ter que ouvir mais de 40 dbs à noite já é considerado poluição sonora pela OMS. Continua após a publicidade
Ronco é a terceira maior causa de divórcios É um trator? É um avião? Dormir com um roncador pode ser um fator de risco para o divórcio que só fica atrás de infidelidade e falta de grana Transforme sua curiosidade em conhecimento. Assine a Super e continue lendoO que fazer para dormir com uma pessoa que ronca?Ouça música nos fones de ouvido. Se tiver fones e um dispositivo para tocar música, pode tentar usá-los para bloquear o som do ronco e ajudar você a dormir à noite. Prefira músicas lentas e calmantes. As canções mais altas e rápidas podem tornar mais difícil pegar no sono.
O que eu faço para o meu marido parar de roncar?Algumas dicas simples de como parar de roncar são:. Elevar a cabeceira da cama. ... . Utilizar travesseiro anti-ronco. ... . Evitar dormir de costas. ... . Utilizar uma faixa anti-ronco. ... . Usar um clip anti-ronco. ... . Usar um adesivo nasal. ... . Utilizar sprays nasais. ... . Evitar tomar remédio para dormir.. Quando o ronco atrapalha o relacionamento?O ronco é um motivo de discórdia e brigas entre os casais. Quando um dos dois ronca e não faz nada a respeito disso, está colocando o seu relacionamento em risco. As pessoas costumam brincar e fazer piadas sobre o ronco alheio, mas você sabia que o ronco é a terceira maior causa dos divórcios?
O que fazer quando o marido ronca muito alto?O ronco tem solução. Dependendo do caso, o indivíduo pode ter que se submeter a uma cirurgia devido à hipertrofia da adenoide ou a um desvio de septo, por exemplo. Em outros casos, precisa tratar da rinite alérgica.
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