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Community Health Center em Oxford, Reino Unido. Medicina Familiar, Medicina Geral e Comunitária e Medicina de Família e Comunidade (MFC) são diferentes denominações para a especialidade médica que se destina a oferecer uma assistência de caráter integral, contínuo e personalizado para indivíduos, famílias e organizações comunitárias. Atua sobre a totalidade da população, não havendo restrições quanto ao sexo, idade ou condição de saúde presente. No Brasil, os primeiros programas de residência datam de 1976 em Porto Alegre (Murialdo), Rio de Janeiro (UERJ) e Recife (UFPE). Foi reconhecida pelo Ministério da Educação, por intermédio da Comissão Nacional de Residência Médica em 1981, com o nome de Medicina Geral Comunitária. Em 2002 ganha nova nomenclatura por intermédio de uma resolução conjunta do Conselho Federal de Medicina, Associação Médica Brasileira e Comissão Nacional de Residência Médica, tendo como sua representante a Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (SBMFC). Ainda hoje a especialidade encontra resistência corporativista de algumas áreas. O principal campo de atuação do médico de família é a prestação de cuidados primários, o que caracteriza esse profissional como o especialista em manejar os problemas de saúde mais frequentes que acometem a população sob sua responsabilidade. Capacitado para atender a pacientes desde o nascimento, os médicos de família, em um sistema estruturado, podem lidar com até 90% dos problemas de saúde. Nesta especialidade médica, o indivíduo é observado na sua componente biológica, psicológica e social. A Família, como unidade, é igualmente seu objeto de estudo. Admite-se que a doença de uma pessoa afeta toda a sua família, sendo o inverso igualmente verdade. A dinâmica familiar pode afetar positiva ou negativamente a evolução da doença. Essencialmente esta especialidade desenvolve-se junto da comunidade, oferecendo cuidados próximo daqueles que são os seus utentes. Além de dar resposta à maioria dos problemas de saúde, o Médico de Família deve adotar toda uma série de gestos de Medicina Preventiva assim como compreender a dinâmica familiar que envolve os seus utentes. Características[editar | editar código-fonte]O médico de família e comunidade é, por excelência, um médico de Atenção Primária à Saúde, ou seja, deve ter um vínculo com seus pacientes antes mesmo deles adoecerem, e quando esses sentirem algo deve ser o primeiro médico a ser consultado. Dessa forma, nessa especialidade os médicos estão em uma posição privilegiada para fazer promoção de saúde, prevenção de doenças, diagnóstico precoce, e mesmo o tratamento de doenças que façam parte de sua capacidade clínica — na MFC não existe dicotomia entre prevenção e cura. A visita domiciliar (ou domiciliária) é parte importante da semiologia para os médicos de família e comunidade, mas as consultas são realizadas prioritariamente no consultório médico, a não ser em contextos específicos como o dos pacientes acamados. Outro recurso importante é o conhecimento da comunidade em que paciente habita, o que engloba desde infraestrutura até valores culturais; esse aspecto é mais importante na Estratégia Saúde da Família (conhecido até 2005 como Programa de Saúde da Família ou PSF). O médico de família e comunidade atende a pessoas de todas as idades e gêneros, de maneira continuada e integral, trabalha em equipe interdisciplinar. Segundo a literatura mundial este profissional é resolutivo em 80 a 90% das questões que demandam assistência `a saúde. Esta especialidade resgata a relação médico-paciente prejudicada pela grande fragmentação, muitas vezes prejudicial[1] decorrente da ultra-especialização da medicina. A Estratégia de Saúde da Família inciou-se pelo setor público (SUS) e posteriormente foi adotada também no setor privado, sendo a Caixa de Assistência as Funcionários do Banco do Brasil (CASSI) a primeira empresa do país a implantar este modelo com excelentes resultados na condição de saúde das pessoas que utilizam estes serviços, em consequência obteve-se redução de custos e aumento da satisfação de seus associados. Um pouco de história[editar | editar código-fonte]Naturalmente, existem várias concepções sobre a Medicina de Família e Comunidade. Sua origem nos remete à década de 70, quando essa proposição chegou a faculdades de medicina da América Latina como reforma curricular, como um reação à tendência à especialização e consequente desumanização do atendimento. Várias tendências podem ser identificadas nessas concepções. Desde sua vinculação a uma reforma social e de estado, como aconteceu com a Medicina de Família e Comunidade de Cuba e na China, que propuseram os conhecidos médicos de pés descalços, até a proposição dos países industrializados de Saúde Comunitária, passando necessariamente pelo Family Practice da reforma do sistema de saúde da Inglaterra do pós-guerra, que é considerado um modelo de acesso universal adotado por muitos outros países. Princípios da Medicina de Família e Comunidade[editar | editar código-fonte]Diferentemente das outras especialidades médicas, a MFC não se explica e se aplica apenas mediante as atividades e procedimentos que desenvolve. A MFC é caracterizada por um corpo de conhecimentos que não se restringe a uma parte da pessoa, mas que define a abordagem da pessoa como um todo, sendo seus princípios: [2]
Definições para médico de família e comunidade[editar | editar código-fonte]Conforme Wonca Europe[editar | editar código-fonte]
Conforme Olesen, Dickinson e Hjortdahl[editar | editar código-fonte]
Conforme Leeuwenhorst Group[editar | editar código-fonte]
Característica desejável para a prática do médico de família[editar | editar código-fonte]The Doctor. Samuel Luke Fildes, 1891. Características desejáveis para todos os médicos, porém de maior importância para a prática do MFC:
Título de especialista[editar | editar código-fonte]O título de especialista pode ser obtido por meio de um programa de Residência Médica, com duração de dois anos, ou realizando uma prova da sociedade de especialidade, desde que o médico comprove ter, no mínimo, quatro anos de experiência. Corresponde a 4% do número total de vagas para Residência Médica existentes no país.[6] Ver também[editar | editar código-fonte]
Referências
https://www.cremesp.org.br/?siteAcao=Jornal&id=1417
Ligações externas[editar | editar código-fonte]
Qual a função do Médico de Família e Comunidade?A Medicina de Família e Comunidade é a especialidade clínica que se ocupa da manutenção e a resolução dos problemas de saúde freqüentes nos indi- víduos, famílias ou comunidades, independentemente da idade, do sexo, do órgão ou sistema afetado.
O que é Saúde da Família e Comunidade?As Estratégias de Saúde da Família e Comunidade têm o objetivo de desafogar o sistema hospitalar público e otimizar o bem estar da população promovendo saúde de qualidade nos níveis primários de atenção.
Quais são os quatro princípios fundamentais da medicina de família e comunidade?1) O Médico de Família e Comunidade é um profissional qualificado; 2) A prática da Medicina de Família é influenciada pela comunidade; 3) O Médico de Família e Comunidade é um recurso de uma população definida; 4) A relação profissional-pessoa é fundamental no desempenho do Médico de Família e Comunidade.
O que faz uma médica da Família?Sua atuação é baseada na relação médico-paciente, que deve ser individualizada para cada pessoa. Além disso, esse especialista tem o papel de evitar que as pessoas façam exames desnecessários, procedimento, consultas e intervenções que não sejam indicadas ou que possam trazer mais riscos do que benefícios.
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