O que são frutos climatéricos e frutos não climatéricos como é o comportamento de cada um de acordo com os gráficos?

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O que são frutos climatéricos e frutos não climatéricos como é o comportamento de cada um de acordo com os gráficos?

O que são frutos climatéricos e frutos não climatéricos como é o comportamento de cada um de acordo com os gráficos?

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por tais motivos, frutos não 
climatéricos só apresentam a capacidade de amadurecer naturalmente enquanto 
estão ligados à planta-mãe (SOUSA E SILVA; FINGER; CORRÊA, 2008). De 
acordo com Anese e Fronza (2015), esse tipo de fruto deve ser colhido apenas 
quando seu processo de amadurecimento estiver completo, visto que somente 
assim apresentará todas as características esperadas para o seu consumo. 
Quando um fruto não climatérico é colhido ainda imaturo, permanece com 
baixo teor de açúcar e elevada acidez, e dificilmente ocorrem mudanças em 
sua coloração, independentemente do período em que permanece armazenado 
até o consumo. O que pode ser observada é a instalação do processo de senes-
cência do fruto, em que ele perde água e murcha. Desta maneira, observa-se 
a morte dos tecidos sem que o fruto tenha atingido as características que o 
tornaria apto para o consumo, demonstrando um comportamento totalmente 
contrário aos frutos climatéricos. Exemplos de frutos não climatéricos podem 
ser observados no Quadro 3.
9Fisiologia pós-colheita
 Fonte: Adaptado de Pompelli ([2016]). 
Frutos climatéricos Frutos não climatéricos
Abacate Abacaxi
Ameixa Cacau
Banana Cereja
Damasco Framboesa
Feijão Groselha
Figo Laranja
Goiaba Lima
Kiwi Limão
Maçã Melancia
Mamão Morango
Manga Quiabo
Maracujá Romã
Melão Tâmara
Pêra Toranja
Pêssego Uva
 Quadro 3. Exemplos de frutos de respiração climatérica e não climatérica 
De acordo com Calbo, Moretti e Henz (2007), por volta da década de 1950, 
após o desenvolvimento de técnicas cromatográficas, especialmente a gasosa, 
verificou-se que, em frutos denominados climatéricos, o aumento da respira-
ção era sempre acompanhado por um pico de evolução de etileno, e que este 
aumento pode variar de duas a quatro vezes mais durante o amadurecimento 
dos frutos quando em condições ótimas de temperatura. A elevação da tem-
peratura costuma acelerar o amadurecimento e antecipar o pico climatérico.
Fisiologia pós-colheita10
De acordo com Calbo, Moretti e Henz (2007), frutos como o tomate, em condições de 
temperaturas reduzidas (abaixo de 8°C), simplesmente deixam de apresentar o pico 
climatérico, fato que demonstra a influência da temperatura no amadurecimento dos 
frutos e indica que o frio atua como um método de conservação.
A Figura 1 ilustra os gráficos de representação do comportamento de frutos 
climatéricos e não climatéricos através de curvas construídas com base na 
taxa respiratória dos frutos em função do tempo, demonstrando também a 
produção do etileno em paralelo. Quanto maiores forem a produção de etileno 
e a respiração, mais rápido será o amadurecimento e a senescência do fruto.
Figura 1. Gráfico do amadurecimento de frutos climatéricos e não climatéricos. A, pré-
-climatérico; B, pico climatérico; C, pós-climatérico.
Fonte: Adaptada de Pompelli ([2016]).
Amadurecimento de frutos
Tempo
Não climatérico
Etileno
Etileno
Climatérico
A
B
C
Ta
xa
 re
sp
ira
tó
ria
Segundo Anese e Fronza (2015), o etileno é responsável por induzir o 
amadurecimento do fruto, enquanto o processo respiratório atua degradando as 
substâncias de reserva, especialmente açúcares, ácidos orgânicos e vitaminas. 
Os autores dão ênfase ao fato de que as transformações induzidas por esses dois 
processos metabólicos formam produtos que tornam o fruto sensorialmente apto 
11Fisiologia pós-colheita
para o consumo e agradável ao paladar (ANESE; FRONZA, 2015). De acordo 
com Lacerda, Enéas Filho e Pinheiro (2007), entre as principais alterações dos 
frutos durante o amadurecimento é possível citar como de maior importância:
  o amolecimento de seus tecidos, devido a lises enzimáticas ocorridas 
nas estruturas que conferem rigidez ao fruto, como a parede celular, o 
amido que sofre hidrólise através de amilases, a pectina que é quebrada 
por pectinases, entre outras macromoléculas;
  a alteração do sabor decorrente da redução da quantidade de ácidos 
orgânicos e compostos fenólico como taninos (que apresentam amargor 
acentuado), em conjunto com o acúmulo de açúcares que aumentam 
a doçura;
  a alteração de cor decorrente do acúmulo de pigmentos como carote-
noides nos cromoplastos e antocianinas nos vacúolos em função de sua 
síntese, associada à degradação da clorofila, que apresenta pigmento 
verde, que passa a perder sua tonalidade;
  a produção de ésteres aromáticos e aldeídos que constituem os compostos 
voláteis responsáveis pelo cheiro característico de cada fruto.
No caso dos frutos climatéricos, essas alterações acontecem no fruto 
independentemente de ele estar ligado à planta-mãe ou destacado dela. Já para 
frutos não climatéricos, tais transformações ocorrem exclusivamente enquanto 
o fruto está conectado à planta-mãe (ANESE; FRONZA, 2015).
3 Fitormônios e durabilidade de frutos
Todas as fases do desenvolvimento vegetal são controladas por hormônios. 
Quando os hormônios são sintetizados por vegetais, são também chamados 
de fi tormônios ou fi torreguladores, e podem atuar tanto na ativação quando 
na inibição de processos fi siológicos. Conforme Pes e Arenhardt (2015), os 
hormônios são compostos orgânicos que as plantas produzem naturalmente, 
porém podem ser sintetizados por processos químicos. Existem inúmeros tipos 
de fi tormônios, porém os que apresentam relação com o amadurecimento e 
a durabilidade de frutos são as auxinas, giberelinas e o etileno, sendo este 
último, sem dúvidas, o de maior importância.
As auxinas apresentam como característica inibir a abscisão dos frutos. 
Segundo Pes e Arenhardt (2015), este tipo de hormônio, quando em altas 
concentrações, atua promovendo a queda dos frutos. Portanto é importante 
Fisiologia pós-colheita12
que, no caso de frutos não climatéricos, que só amadurecem ligados à planta, 
essa concentração elevada de auxinas não aconteça precocemente ao amadu-
recimento total do fruto. Já em baixas concentrações, esse fitormônio favorece 
a fixação dos frutos. Tais condições podem ser observadas na Figura 2.
Figura 2. Influência do fitormônio auxina na queda ou permanência de frutos à planta-mãe.
Fonte: Adaptada de Asteraceae (2015a).
Alta
concentração
Baixa
concentração
Queda precoce
dos frutos
Mantém os
frutos na planta
Aia
É possível aplicar auxinas em plantas, conforme o objetivo que se tenha. 
Altas doses de auxina em uma planta funcionam como um método químico 
de raleio de frutíferas, enquanto baixas doses podem ser aplicadas objetivando 
manter os frutos na planta por mais tempo, como uma alternativa para garantir 
a produtividade. Este tipo de prática é comumente utilizado no manejo de 
macieiras (PES; ARENHARDT, 2015).
As giberelinas são fitormônios que apresentam relação com o desenvolvi-
mento e com a maturação de frutos. Especialmente em frutos partenocárpicos, 
como é o caso da banana, por exemplo, em que não ocorre fecundação e o fruto 
não apresenta sementes, uma vez que estas são naturalmente abortadas, são 
as giberelinas a classe de hormônios responsável pela indução do crescimento 
do fruto. A presença de elevadas quantidades de giberelinas atua atrasando a 
maturação de fruto; portanto, no caso de frutos não climatéricos, altas quan-
tidades desse fitormônio prejudicam o desenvolvimento das características 
sensoriais desejáveis. Contrariamente, no caso de frutos climatéricos, que 
continuam a amadurecer pós-colheita, a aplicação desse hormônio pode ser 
utilizada como um método de conservação, objetivando manter frutos cítricos, 
13Fisiologia pós-colheita
por exemplo, como o limão, verdes por mais tempo, ou ainda para auxiliar 
no escalonamento da produção de frutos que apresentam pico climatérico.
De acordo com Pes e Arenhardt (2015), o etileno é conhecido como o 
fitormônio do amadurecimento, uma vez que é o único hormônio vegetal 
gasoso que apresenta como principal função estimular o amadurecimento, 
que constitui a fase final da maturação dos frutos. Segundo Anese e Fronza 
(2015), a síntese e ação desse fitormônio no fruto induz a ocorrência das

O que são frutos climatéricos e não climatéricos?

Algumas frutas continuam a amadurecer mesmo depois de serem colhidas: são as chamadas frutas climatéricas. Bons exemplos são a banana, o abacate, a manga, o mamão, a pêra, o maracujá e outros. Outras frutas param de amadurecer assim que são colhidas: são as frutas não climatéricas.

O que são frutos não climatéricos?

Os frutos não-climatéricos são os que não apresentam aumentos na taxa respiratória e na produção de etileno. Portanto, a respiração desses frutos ge- ralmente apresenta decréscimo gradual durante o amadurecimento. Ou seja, eles só podem ser colhidos quando reúnem características adequadas ao consumo.

O que são vegetais climatéricos e não climatéricos?

Ou seja, frutos climatéricos são aqueles que podem amadurecer após serem colhidas. Estas produzem muito mais etileno que as não climatéricas, que não podem amadurecer depois de removidas da planta.

Qual a diferença de resposta ao etileno entre frutos climatéricos e frutos não climatéricos?

Frutos podem ser classificados em relação à atividade respiratória como climatéricos – os que possuem rápido e acentuado aumento na atividade respiratória e produção de etileno, culminando com o amadurecimento – ou não climatéricos – os que apresentam atividade respiratória que, em geral, declina após a colheita ( ...