Praticar atividade física regularmente tem efeitos positivos em mais de 20 doenças e condições relacionadas com a saúde, incluindo a depressão, o cancro da mama ou a diabetes tipo II. “Há, ainda, evidência forte para um efeito na aptidão cardiorespiratória e muscular, no peso e composição corporal, na saúde óssea, na funcionalidade e autonomia física, e na função cognitiva”, refere a Direção-Geral da Saúde (DGS). Estes dados mostram que praticar exercício físico é benéfico, mesmo depois de um longo período de sedentarismo. “É sempre benéfico voltar. A DGS diz mesmo que qualquer atividade física é melhor que nenhuma”, assegura o personal trainer Hugo Vieira Pereira. Show
No entanto, há que ter em conta as diferenças entre exercício físico e atividade física (ver caixa no fundo da página). Sendo uma prática mais estruturada, o exercício físico requer alguns cuidados. “Muitas pessoas não têm consciência da sua falta de preparação física e acabam por se magoar, seja através de lesões musculares ou articulares”. Por outro lado, é importante gerir o esforço para assegurar a manutenção do novo hábito de forma duradoura. “Se o meu regresso significar ter sensações de cansaço muito dolorosas, vou acabar por desistir”, explica o especialista. Foi a pensar em si, que já não pratica exercício físico há muito tempo ou que nunca praticou mas está decidido a experimentar, que escrevemos este artigo. Siga os cuidados que lhe indicamos de seguida, reveja as recomendações sobre a quantidade e intensidade de exercício físico indicada para cada fase da vida e Comece Hoje. Cuidados antes de começarPara evitar lesões e assegurar a continuidade da atividade, siga as recomendações dos especialistas: + Conheça o seu corpoAntes de começar, é fundamental saber, de forma básica, como funciona o organismo. Com a ajuda de livros e websites especializados, aprenda, por exemplo, a identificar os principais grupos musculares e a distinguir entre um músculo alongado (esticado) e um tonificado (fortalecido), sugere a American College of Sports Medicine (ACSM). Há também que saber adequar o tipo de exercício e as expectativas de progresso. “Como têm o corpo em formação, as crianças devem fazer menos trabalho mecânico do que os adultos”, diz o personal trainer, Hugo Vieira Pereira. Já os idosos devem ter em conta que, por razões fisiológicas, a adaptação aos exercícios e os progressos são mais lentos. + Respeite o seu ritmoSe nunca fez exercício ou está parado há muito tempo, é fundamental que haja um período de adaptação. “Respeite o seu corpo e esteja atento aos sinais de fadiga e lesão. Se tiver dor numa zona, pare imediatamente”, aconselha Hugo Vieira Pereira. E acrescenta: “Muitas vezes, as pessoas querem regressar e ser logo maratonistas ou ciclistas, mas esquecem-se que esses atletas treinaram a vida toda”. Seja realista, aconselha Hugo Pereira Vieira. Se não conseguir correr, comece por marchar; se quiser andar de bicicleta, escolha um percurso plano antes de experimentar BTT. “Depois deve ir progredindo, à medida que se sentir bem.” + Avalie a sua condição físicaConhecer a sua atual preparação física é essencial para, mais tarde, poder aferir o seu progresso. De acordo com o ACSM, pode avaliar a sua aptidão muscular e aeróbica, a flexibilidade e a composição corporal, registando quatro variáveis: o seu perímetro da cintura; o valor da pulsação antes e depois de fazer uma caminhada de 1,5 quilómetros; o número de flexões que consegue fazer de uma vez; a distância que consegue alcançar com as mãos, sentado e de pernas esticadas. + Prefira modalidades de que gostaEmbora pareça óbvio, há quem não escolha o tipo de exercício com base nas suas próprias preferências. “Optar por uma atividade de que se gosta e para a qual, de preferência, se tem algum jeito, é uma estratégia para não desistir rapidamente e voltar à vida sedentária”, diz Hugo Vieira Pereira. Pode também ir com um amigo ou treinar com um grupo com que se identifique. “É um incentivo para continuar”, salienta o personal trainer. + Conheça bem a modalidadeSe optar por uma atividade pouco conhecida, informe-se sobre a mesma. “Ouviu falar de ultimate frisbee [desporto colectivo que usa um disco] e quer experimentar? O mais sensato é investigar sobre a atividade e pedir aconselhamento a quem já pratica”, recomenda o especialista. “Por ser uma atividade extenuante, requer preparação física e, por isso, tem de ser iniciada aos poucos”. + Diversifique o tipo de exercíciosSe é daquelas pessoas que rapidamente se sente desmotivada com o exercício físico, não se limite a uma única atividade, diz Hugo Vieira Pereira. Experimente combinar, por exemplo, uma aula de grupo de ginástica localizada com caminhada. Além de se tornar menos monótono, é uma forma de minimizar o risco de lesões, já que fazer exercícios diferentes permite trabalhar grupos musculares diferentes. Quanto exercício físico devo praticar?Para poder passar à prática, relembramos as recomendações da Organização Mundial da Saúde: Crianças | 60 minutos de atividade física de intensidade moderada a
vigorosa por dia. Para interpretar devidamente estas recomendações, lembre-se que:
Descubra as diferençasAtividade física | Abrange qualquer movimento da musculatura do corpo que resulte num gasto de energia acima dos valores de repouso. Inclui tanto modalidades desportivas como outro tipo de tarefas, desde jardinar a passar a ferro. Fonte: Direção-Geral da Saúde (DGS) Se tem bexiga hiperativa, leia aqui sobre exercícios que ajudam a fortalecer o pavimento pélvico. URO_2019_0014_PT, AGO19 Quais são as recomendações básicas para fazer exercícios físicos com segurança?Sete cuidados básicos na prática de exercícios físicos. Consulte seu médico. ... . Não se esqueça de fazer o aquecimento. ... . Escolha o melhor lugar. ... . Intensidade gradual. ... . Tempo e frequência. ... . Mantenha a postura. ... . Ouça os sinais do corpo.. Quais são as recomendações de exercícios físicos?Para saúde e bem-estar, a OMS recomenda pelo menos 150 a 300 minutos de atividade física de moderada intensidade por semana (ou atividade física vigorosa equivalente) para todos os adultos, e uma média de 60 minutos de atividade física aeróbica moderada por dia para crianças e adolescentes.
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