Quais fatores são responsáveis por favorecer o crescimento de uma população?

O crescimento demográfico mundial passou por diversas alterações, tendo se intensificado após a Revolução Industrial.

A população mundial, ao longo dos anos, vem apresentando sucessivas oscilações em seu crescimento demográfico. Dessa forma, nota-se que as taxas de crescimento, isto é, o padrão de aumento da população no mundo, não são constantes, sendo mais agudas em determinados períodos da história e menos intensas em outros momentos.

Observe a tabela abaixo:


O crescimento demográfico mundial na Era Cristã *

Com a leitura das informações, percebemos que no primeiro ano da Era Cristã, as estimativas apontavam que a população mundial das civilizações não ultrapassaria os 250 milhões de habitantes. Assim, a população mundial levou mais de mil e seiscentos anos para dobrar de tamanho e pouco menos de duzentos anos para dobrar novamente. Em 1950, já éramos 2 bilhões e meio de habitantes e, trinta e sete anos depois, passamos para os 5 bilhões.

Diante desses dados, como explicar essa alteração repentina no ritmo do crescimento mundial?

A principal causa para a intensificação dos crescimentos demográficos, que se intensificaram a partir do século XIX, foram as sucessivas revoluções industriais e as consequentes elevações nas taxas de urbanização em todo o mundo.

Dessa forma, podemos dizer que houve uma “explosão demográfica” mundial, que ocorreu em determinados momentos na história. Em razão desses repentinos crescimentos, certo alarmismo se estabeleceu e teorias populacionais entraram em confronto sobre a relação entre os recursos naturais e a população do mundo.

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Uma das representações mais correntes sobre os rápidos crescimentos populacionais que ocorreram em todo o mundo foi chamada de geração do “baby boom”, em que o número de filhos se intensificou após o final da Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Atualmente, com o aumento do desenvolvimento econômico em algumas regiões do globo e através da adoção de medidas como o planejamento familiar e o controle de natalidade em alguns países (como no caso da China), o crescimento populacional mundial, em média, vem sendo menor nos últimos anos.

Por esse motivo, muitos autores referem-se às explosões demográficas dos séculos XIX e XX como integrantes de diferentes transições demográficas que marcaram os diferentes períodos da história. O que se percebeu é que, com o passar do tempo e a promoção de avanços tecnológicos, as taxas de mortalidade diminuíram repentinamente, enquanto as taxas de natalidade demoraram para acompanhar essa queda.

As atuais projeções estimam que a população mundial esteja em 7 bilhões de habitantes. Apesar de ser uma grande quantidade de pessoas, observa-se que os avanços nos meios agrícola e tecnológico propiciaram um grau de desenvolvimento capaz de sustentar a população. O que se percebe atualmente é que o principal desafio não é produzir riquezas para o total de habitantes, mas sim propiciar a sua distribuição mais justa.

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* Fonte dos dados: VESENTINI, J. W. Geografia: o mundo em transição. São Paulo: Editora Ática, 2012. p.240.

Por: Rodolfo F. Alves Pena

Em uma sociedade de consumo, o desenvolvimento social está diretamente relacionado à capacidade de produção e consumo. É isso que os países levam em conta quando avaliam o desempenho do seu Produto Interno Bruto, o PIB.

Publicado em 1953 pela primeira vez, o cálculo do PIB, criado pelo economista britânico Richard Stone, é a medida universal para que os países meçam o desempenho da sua economia, façam a comparação entre tempos diferentes e também entre o seu desempenho e o de outras nações.

Saiba mais sobre como o PIB é medido, para que serve e as variáveis que influenciam seu crescimento.

O Produto Interno Bruto (PIB) refere-se a todos os produtos e serviços produzidos em um país. É, portanto, a soma de todos os bens e serviços finais cujo valor é calculado na moeda local.

No Brasil, o cálculo do PIB é feito trimestralmente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que leva em conta a produção dos setores agropecuário, industrial e de comércio e serviços.

Esse indicador é usado, principalmente, para comparar o desempenho econômico entre países ou a evolução de um país ano após ano ou mesmo em trimestres diferentes.

Como o PIB é medido?

Os bens produzidos são calculados apenas na ponta, para que não haja duplicação da contagem. Portanto, “se um país produz R$ 100 de trigo, R$ 200 de farinha de trigo e R$ 300 de pão, por exemplo, seu PIB será de R$ 300, pois os valores da farinha e do trigo já estão embutidos no valor do pão”, como explica o IBGE. Portanto, não são incluídos nessa conta os itens primários e intermediários, só o produto final.

O resultado do PIB é divulgado trimestral e anualmente, mas é a soma anual a principal medida  usada pelos países para estabelecer comparações de crescimento ao longo do tempo.

Para calcular o PIB, o IBGE usa 12 índices diferentes de produção, entre eles, o Balanço de Pagamentos do Banco Central, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF), entre outros índices atrelados ao consumo das famílias e à produção setorial.

Esse conjunto de bens e serviços carrega também o valor dos impostos cobrados ao longo da cadeia e repassados ao consumidor na hora da compra.

Qual a diferença entre PIB e Tesouro Nacional?

O PIB não calcula a riqueza de um país, o indicador mais apropriado para isso é o Tesouro Nacional, que funciona como um caixa de dinheiro, onde se deposita o valor que o país recebe e guarda o que resta depois de pagar as contas.

O PIB, porém, indica apenas o fluxo de novos bens e serviços finais produzidos ao longo de determinado período. Tudo que foi produzido antes é excluído da conta. Se um país não produz nada nesse período, o seu PIB é nulo.

Oferta e demanda no cálculo do PIB

O PIB pode ser calculado de duas maneiras: a partir da demanda dos consumidores ou pelo caminho inverso, pela oferta de produtos. Apesar dos caminhos diferentes, os resultados desses cálculos são iguais.

Para calcular a demanda do país é levado em conta o consumo das famílias, ou seja, a soma de todas as despesas da população com bens e serviços. Entra na conta o consumo apenas no mercado interno. O investimento das empresas em máquinas e demanda também entra no cálculo da demanda e é chamado de Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF). Os gastos do governo, incluindo o pagamento de funcionários públicos, e o volume de bens que o país exportou menos o que ele importou também compõem essa equação.

Por outro lado, na conta das ofertas está o que é produzido de bens e serviços pelos setores de serviço, indústria e agropecuária, com maior participação para o serviço, que inclui educação, transporte, comércio, entre outros. A Indústria é a soma da produção dos bens manufaturados, que tem perdido participação no Brasil desde os anos 1980, e a agropecuária é toda atividade agrícola e de criação de animais voltada para o consumo, que costuma ser a boia de salvação da economia nacional quando ela não está bem.

O que é PIB per capta e para que serve?

O tamanho da população que o PIB precisa atender forma outro indicador importante, o PIB per capta. Para entender o conceito, vamos comparar dois países com PIBs semelhantes, como Brasil e Canadá. O PIB do Brasil era de R$ 7,4 trilhões ao final de 2019, praticamente o mesmo PIB do Canadá. Porém, o país da América do Norte possui menos de 40 milhões de habitantes, enquanto o Brasil tem 211 milhões de pessoas. Ou seja, o Brasil produz quase a mesma coisa que o Canadá para atender uma população mais de cinco vezes maior. Isso significa que o PIB per capta do Canadá é muito maior que o do Brasil, apesar de o PIB ser o mesmo.

Essa divisão do PIB pelo número de habitantes tem a intenção de retratar o tamanho da produção anual de um país comparado ao da população, como se todos os indivíduos fossem contemplados como uma mesma fatia da economia. A conta é apenas uma abstração para mensurar a produção distribuída.

Por que PIB e PIB per capta não são suficientes para mostrar toda a realidade da economia?

É possível que um país tenha um PIB ou mesmo um PIB per capta muito grande, mas por essa produção estar concentrada em uma pequena parte da população, a situação econômica e social da maior parte das pessoas não seja boa. O nome disso é desigualdade.

Há países, porém, que possuem PIB e PIB per capta mais moderados e não figuram entre as maiores economias do mundo, mas que conseguem oferecer uma qualidade de vida melhor para os seus habitantes. Por isso, o Produto Interno Bruto e seu subíndice não são suficientes para, sozinhos, retratar a situação socioeconômica de uma nação.

O que faz o PIB crescer?

Apesar de a vida das pessoas depender de muitas outras coisas além do crescimento do PIB, esse indicador é fundamental para que as políticas econômicas e sociais sejam trabalhadas e proporcionem melhora de vida à população. Um PIB em crescimento oferece mais chances de desenvolvimento econômico e social.

Para um PIB crescer, um dos fatores que mais influencia é o consumo das famílias. Por isso, na sociedade de consumo, o PIB é um indicador tão importante. Com a população comprando mais, as empresas precisam investir para atender o crescimento da procura e aumentar seus lucros. Isso eleva o PIB.

Em uma situação como essa, de aquecimento da economia, o governo tende a receber mais impostos e ampliar suas operações por meio das empresas estatais. Investimentos em educação, mão de obra e tecnologia também alimentam esse ciclo e passam a dar maior competitividade às empresas, que passam a vender mais produtos para outros países. A venda de produtos em maior quantidade que a compra no mercado internacional favorece a balança comercial e beneficia o crescimento do PIB.

Diante desse cenário, a expectativa é de aumento do número de empregos e dos salários das pessoas. Isso tudo não é tão simples como pode parecer, e também não está protegido de contratempos, como pressões inflacionárias, que podem comprometer essa espiral positiva, aumentando os preços, diminuindo o consumo e reduzindo o crescimento da economia. O equilíbrio entre o crescimento econômico e a crise pode ser bastante delicado.

Como o PIB influencia os investimentos?

O maior impulsionador do PIB é o consumo das famílias. Junto com os investimentos privados, essa variável é responsável por cerca de 80% do PIB brasileiro. Em momento de crescimento do PIB, os investimentos no setor produtivo geralmente são mais interessantes porque oferecem rendimentos maiores do que em renda fixa ou na poupança.

Porém, a situação pode mudar se o crescimento da economia for acompanhado de crescimento da inflação. Nesse momento, o Banco Central entra em ação e passa a usar os juros como ferramenta para tentar conter o aumento dos preços. Para isso, é usada a taxa básica de juros da economia, a Selic. Essa taxa sobe para aumentar os juros e diminuir a quantidade de crédito no mercado.

Porém, a Selic não impacta apenas os juros usados pelos bancos para oferecer crédito aos consumidores e às empresas. Ela serve também para regular a rentabilidade de muitos investimentos do mercado financeiro. Em cenário de juros altos, a tendência é haver uma mudança dos investimentos do setor produtivo (indústria, agropecuário, comércio e serviços) para o setor financeiro. Enquanto os juros são usados para desaquecer o consumo e a produção, eles favorecem os investimentos em renda fixa, como títulos públicos, letras, debêntures, entre outros.

Quais são os fatores que contribuem para o crescimento da população?

Inúmeros fatores influenciam o crescimento populacional, mas os principais são natalidade, migração, qualidade de vida, geração de empregos e desenvolvimento social.

Quais foram os principais fatores que contribuíram para o crescimento da população brasileira?

O intenso crescimento brasileiro se deve, sobretudo da cultura de famílias com um grande número de filhos, dos fluxos migratórios que ocorreram ao longo do processo de povoamento do país, a melhoria das condições médico-sanitárias, além da criação de vacinas e métodos de tratamento de doenças.

Quais são os tipos de crescimento populacional e quais os fatores que controlam esse crescimento?

Existem, assim, dois principais tipos de crescimento populacional: o crescimento vegetativo ou natural e o crescimento absoluto. Para melhor compreender esses dois importantes termos, é importante revisarmos alguns conceitos básicos de demografia, como a taxa de natalidade, a taxa de mortalidade e o saldo migratório.

Quais são os fatores que controlam o tamanho da população?

Determinantes do tamanho populacional.
Determinantes do tamanho populacional. Os determinantes do tamanho populacional são divididos em quatro fatores:.
Taxa de natalidade. É a descrição do número de nascimentos ocorridos em um ano..
Taxa de mortalidade. ... .
Taxa de imigração. ... .
Taxa de emigração..